Vamos apoiar esta causa? Não dói, é fácil, e é econômico!!!
Sábado, 26 de Março, desligue tudo das 20h30 as 21h30. Fique no escuro contra o aquecimento global!
Esta é a 3ª vez que o Brasil participa oficialmente da Hora do Planeta. O evento começou em 2007 em Sydney, e de lá pra cá foi crescendo... crescendo... em 2010 mais de 1 bilhão de pessoas aderiram à causa em várias cidades do mundo. É gente bagarai!!!
Hoje é dia 31 de Janeiro, Lua Minguante, Verão. Finalizando o primeiro mês do ano. Que tal uma prática de agradecimento e preparação para o mês vindouro?
Sente-se confortável diante da representação de sua devoção. Pode ser uma imagem, um altar, quem sabe um livro. Talvez você sinta necessidade de acender uma vela, colocar flores frescas, queimar um incenso. O importante é ter esse espaço Sagrado.
Feche os olhos e faça algumas respirações profundas. Sinta o corpo todo se expandindo com a respiração. Volte-se para dentro, para o movimento, e para além do movimento, as sensações que essas respirações trazem. Acalme-se, centre-se.
Quando estiver preparado procure focalizar os acontecimentos importantes do mês que finaliza hoje. Lembre-se das pequenas e das grandes vitórias, das presenças importantes, dos presentes, mudanças necessárias... Concentre-se nas coisas boas, assimilando as bençãos e agradecendo cada uma delas. Seu coração é todo gratidão.
Agora focalize os acontecimentos que não trouxeram alegrias. A vida é a roda da fortuna... algumas vezes estamos em cima, outras tantas estamos embaixo. Procure abrir o coração e entregar a dor ao Infinito. Você não é essa raiva, essa frustração, esse desespero. Deixe esses sentimentos agora. Agradeça. Seu coração é todo gratidão.
Faça mais algumas respirações profundas. Expire lentamente. Sinta-se tranquilo, e agora procure visualizar o que deseja para o próximo mês. Concentre-se nisso por alguns minutos.
Faça uma oração sincera e presente, e finalize esta prática.
"(...) Atrás das persianas fechadas, no jardim sem viço e queimado pelo calor forte, o verão inflamava-se com suas últimas forças, como um incendiário que, na sua fúria alucinada, ateasse fogo a tudo antes de fugir para o fim do mundo."
É, ela já tinha cantado essa bola no livro "Os crimes ABC". Um crime cometido durante uma partida de cartas, quem seria o assassino... atendendo ao desejo de Poirot essa é a trama de "Cartas na mesa".
A vítima é um cara meio esquisitão, que gostava de um visu meio mefistotélico (palavras da própria autora) e colecionava segredos. E, tonto que era, faz um jantar para 4 detetives e 4 pretensos criminosos. É lógico que isso não poderia dar certo... e não deu. Depois da comilança os convivas iniciam uma partida de bridge, e ao final descobrem o anfitrião mortinho da silva.
E aí?
Quatro suspeitos que inicialmente não tinham uma relação muito profunda com o morto. Os detetives partem para as investigações e descobrem váaaaaaaaaaarios esqueletos nos armários... todo mundo tinha um motivo! Mesmo não conhecendo assim, tão bem, o morto da silva.
Foi bacana ver os métodos investigativos de outros personagens, além do protagonista master Poirot. Um complementando o trabalho do outro... mas claro que o ápice é do belga e a cena final é sempre o seu discurso de como chegou naquela conclusão (correta, always)
Dona Agatha vai jogando a gente pra cá e pra lá durante a leitura. A cada entrevista eu pensava "é ele, claro". Em seguida apareciam outros motivos melhores que os primeiros e eu mudava meu palpite. No final, nada menos que três deles foram acusados em algum momento - com consequências si - nis - tras.
Não faz parte dos meus preferidos, mas ainda assim muito bom!
Cartas na Mesa Agatha Christie Ed. Nova Fronteira 206 páginas Nota: 7/ 10
Na capa de uma revista TPM me chamou a atenção esta propaganda:
No detalhe:
O texto diz:
"Com a taxa de poluição e esgotamento dos recursos naturais aumentando no mundo, a nossa juventude está crescendo obesa enquanto utiliza os carros como sua única fonte de transporte. Na outra ponta os skatistas estão sendo criticados, perseguidos e presos, quando na verdade eles estão promovendo um estilo de vida ativo e tornando-se líderes no transporte com o uso de energia alternativa. (...)"
Pois é cambada, literatura infanto-juvenil. Minha escolha foi Moby Dick, de Herman Melville. Bem fácil de ler apesar de todos aqueles termos tecnicos que só a marinha britânica consegue entender. But it´s ok, não atrapalha o andamento da leitura.
A estória é sobre o capitão Acab e sua sede de vingança! Ele quer pegar a tal da Moby Dick de qualquer jeito, depois que a cachalote gigante comeu a sua perna.
A baleia era bem conhecida dos marinheiros em geral. Um animal gigantesco, branco, inteligente e extremamente violento que nunca foi derrotado, deixando atrás de si vários navios estraçalhados e tripulantes mortos.
Todo mundo queria mesmo era pescar umas baleiazinhas, tirar o óleo e voltar pra casa ricos e felizes. Mas o capitão do Pequod não sossegou enquanto não deu a volta no mundo todim até ficar de frente à Moby Dick. Mesmo com o barco carregado de outras baleias que havia caçado, vai ele pro mar atrás da baleia branca assassina. E adivinha só o que acontece...
Todo mundo morre no final!!!!
Quer dizer, todo mundo menos o narrador, um dos marujos de primeira viagem que fazia parte da expedição.
Herman Melville não é nenhum gênio da literatura mundial. Esta é a sua obra prima - e sinceramente não conheço nenhum outro livro dele. A grande sacada aqui é que ele realmente trabalhou em navios pesqueiros e usou de seus conhecimentos para escrever as situações da forma mais realista possível. Daí a enxurrada de termos tecnicos.
Na época em que o romance foi lançado (1.851) o relato do protagonista Ismael causou um certo furor, combinando o realismo das descrições e os lances psicológicos tanto da tripulação quanto do capitão do navio - principalmente este último, atormentado pela perseguição à baleia que virou sua meta de vida.
Moby Dick Herman Melville Ed. Abril Cultural 188 páginas
A Jolie não pula, não escapa de emboscadas espetaculares e nem bate em ninguém. Ela só desfila o filme inteiro!
Ela é uma mulher linda e misteriosa que cruza o caminho de um turista americano (Jhonny Depp, o motivo da minha ida ao cine). Aí o pobre turista americano é confundido com um golpista britanico, namorado da fofa misteriosa. Aí ela se apaixona por ele e é isso. O final é previsível.
A mulher está sen-sa-ci-o-nal. Cabeçuda como sempre, mas linda. E esse filme é uma ode à beleza dela.
Amigotes, pra quem estiver em SP e tiver disponibilidade de tempo nos dias 19 e 20 de Fevereiro indico um workshop que marcou o início de uma mudança total na minha vida:
Ayurveda para mulheres, com a Sabrina Alves. O workshop será no espaço de yoga Shivalaya, no Brooklin.
"Eu sou Senhora do sangue sagrado. A meretriz dos sucos vaginais. Sou aquela que encarna o pecado e habita as grotas infernais. Fui eu que te dei o desejo que desenhei no teu corpo todos os riscos do sexo. Fui eu que te embalei nos braços e disse a todas que eras mulher. Sou eu que ainda te guio nos descaminhos que inventaste. Sou eu que sustento as violações de um corpo que mutilaste. Tu, que és parte de mim mesma, esqueceste o lugar que te gerou. Tomaste um rumo avesso e contrário e renegaste quem te criou. Mas tu és lua, mulher e loba, e serás assim até o instante final. Não serás ferida, porque és cura. Não será dor, porque és prazer. Não serás culpa, porque és vida. Não serás certeza, porque és abismo!"
Fragmento de texto retirado do livro: A panela de Afrodite - Márcia Frazão
Este post foi retirado do blog A Alta Sacerdotisa, da Gaia Lil. Mulheres, vale muito a visita.
Bom, há um tempo atrás comentei sobre o azeite temperado que é a graça dos meus lanchinhos e saladas nowadays (aqui ó). Disse também que iria passar uma receitinha de pão muito fácil e bom pra comer com bastaaaaante azeite temperado.
Como promessa é dívida - e hoje fiz o pão e consegui tirar umas fotos para ilustrar a receita - abaixo passo as coordenadas. É muito fácil, mesmo:
Num bacião gigante eu dissolvi dois tabletes de fermento para pão em um copo de água morna (200 ml). Em seguida acrescentei 1/4 do copo de óleo de soja, 1 colher de sopa de açucar e 1/2 colher de chá de sal. Fica uma água suja meio nojenta mas já tem cheiro de pão - por causa do fermento.
Daí acrescentei 250 g de farinha de trigo integral e 250 g de farinha de trigo refinada. Se você fizer só com a farinha branca a massa fica mais leve. Mas eu gosto de "sustança", sabe?
Agora é sovar. Mexer muito pra dar liga. Quando juntou tudo num bololô de massa eu joguei na pedra da pia e descarreguei todo meu amor pelo pão. É uma terapia gentem.
Voltei a massa pro bacião gigante, cobri com uma toalha de mesa e deixei descansar por 1 hora. O bicho cresce que é um orgulho! Modelei dois pãezinhos e num deles acrescentei um pouco de alecrim; deixei descansar mais 20 minutinhos.
Daí foi pro forno pré-aquecido, assar em 220º. Demorou uns 40 minutos - mas eu não gosto da casca muito queimada, aí é do gosto de cada um, certo? Olha que beleza de pão:
E como eu já previa, sensacional com azeite temperado!
Passei pelas crônicas ácidas de David Sedaris, radialista e comediante estilo stand up comedy nos Estados Unidos.
São textos rápidos e de pouca consistência. O grande lance é a ridicularização de sí e da própria família, dando a impressão de que são todos meio desajustados. Mas... quem não é?
O uso de drogas na adolescência, o homossexualismo, a morte da mãe, preconceito contra estrangeiros, tudo vira piada. Situações constrangedoras são descritas impiedosamente - como quando foi confundido com um "sacana batedor de carteira" no metrô de Paris.
A primeira parte do livro trata de fatos de infância e adolescência nos Estados Unidos. A convivência com o pai que queria que os filhos fossem músicos, a mãe escandalosa e mais cinco irmãos. Daqui sairam as crônicas mais divertidas... como quando ele vai aprender a tocar guitarra e queria batizar o instrumento de "Oliver" assustando o professor (que era anão). Ou quando ele resolve virar artista e se matricula em uma escola de desenho só para ver os modelos pelados.
A segunda parte o autor dedicou ao período em que viveu na França com o namorado. Mais chatinho e com alguns erros crassos de revisão. É nessa segunda parte que está a crônica que dá nome ao livro, a respeito da sua dificuldade em aprender o francês.
Um livro dispensável.
Eu falar bonito um dia David Sedaris Companhia das Letras 245 páginas Nota: 4/ 10
A partir da próxima semana estarei dando aulas práticas de yoga também no Espaço Yki, em Moema. Estamos montando turmas, quem estiver a fim é só ligar e agendar!
Espaço Yki Av Jandira, 254 Próximo ao Shopping Ibirapuera Tel: (11) 5051-3505/ 5052-4255
Há algum tempo atrás escrevi um post sobre o lixo (aqui). O assunto naturalmente me levou a um questionamento profundo do ato de consumir. Mas isso vai exigir uma escrita um pouco mais apurada e refinada, mais pra frente vai rolar um post.
Na verdade comecei essa lenga lenga pra indicar um serviço muito bacana que conheci através da Monicat´s, do blog Em Construção. É o site Trocando Livros. Sacada genial. Faz um tempo que me cadastrei mas estava testando o selviço. Funcionou muito bem e então indico.
É assim: você se cadastra e cria uma lista dos livros que você já leu e está a fim de trocar. Livros em bom estado, of course. Aí os incautos transeuntes olham a sua lista e oh! Era esse livro que eu queria! Eles solicitam o livro, você recebe um mail com as informações para envio (despesas de envio por sua conta, mas se não for a Biblia que está enviando não vai ficar caro não) e pronto. Você ganha um crédito, ou seja, o direito de pedir um livro também.
Quanto mais gente se cadastra, mais rico fica o acervo. Portanto usem e divulguem. Bárbaro compartilhar os livros que você não está mais a fim e é uma alternativa aos sebos - que também adoro e sou consumidora assídua.
By the way, o livro que solicitei foi o Moby Dick - minha sina no Desafio Literário Janeiro. Chegou!!!! Ufa....
Estou num mood jazzístico faz um tempo. Minha nova diversão é chafurdar naquela parte de CD´s que fica separada do restante dos sons dos simples mortais nas megastores da vida, sabe? Porque jazz é chique e requer uma fronteira.
Entro naquela sala envidraçada e me sinto mais culta. Não é só o som, é toda uma aura de "trompete-no-ouvido-vinho-na-boca-e-um-livro-existencialista-nas-mãos" que acompanha no pacote.
Hum, ok, você é uma pessoa normal. Então deixaremos a viagem lisérgica de lado e vamos focar no som, som!
Descobri que o som do trompete é mágico. Veja só, quando escrevo não gosto de ouvir músicas porque sou assim, um ser em movimento e o som me desconcentra fácil. Mas o som do trompete me faz viajar no meu próprio texto!!! Escrevo muito melhor (nos meus parâmetros of course) com Miles Davis do lado. Mágico.
E Chet Baker? Sexy is back.
Estranhamente saxofone me irrita. Lembro do Kenny G. e me dá até um frio na espinha. Eca eca eca. Mas trompete, trombone e afins é outra estória. Como pode né? Aloka dos instrumentos de sopro. Acho que o som do sax é muito agudo. Gosto de sons mais dramáticos, o que posso fazer? Mesmo sendo uma senhoura de muito respeito a adolescência depressiva não sai de mim.
Minha última aquisição é esse aqui ó:
Se liga no trompete na capa
É uma trilogia! O senhor dos anéis dos CD´s! Um deles fica aqui no note, o outro no som do quarto e o outro no som da cozinha. Em rodízio!
Pra quem está iniciando no caminho do jazz é um excelente começo. Só o meló do meló. Nina Simone, Billie Holiday, Sara Vaughan, Chet Baker, Miles Davis, Stan Getz, Charlie Parker...
Pra quem vai ficar em Sampa com tempo livre durante o feriadão, a Carol do blog Kitsch Chic (recomendo!) dá a dica:
Vai rolar uma mostra de cinema e moda no Centro Cultural Banco do Brasil, com direito à debates e mesa redondas. A entrada é franca, mas tem que retirar o ingresso com antecedência, ok? Abaixo a programação pra facilitar a sua vida - porque eu sou fofa. E ainda vou negritar o que eu vou tentar assistir - porque sei que é bom ou porque ouvi dizer que é bom e fiquei curiosa...
20 de janeiro - Quinta-feira 15h30 - O GURU DO SEXO, de Daisy Von Scherler Mayer, 94' 17h15 -VIOLÊNCIA E PAIXÃO, de Luchino Visconti, 121' 19h30 - PALESTRA: A Mídia Influenciando Tendências Participação de Carlos Lima - Imprensa Jovem e Priscila Brunetti - Rádio USP
21 de janeiro - Sexta-feira 15h30 - BARBARELLA, de Roger Vadim, 98' 17h30 - NOIVO NEURÓTICO, NOIVA NERVOSA, de Woody Allen, 93' 19h30 - MEU TIO, de Jacques Tati, 116'
22 de janeiro - Sábado 15h00 - MARIA ANTONIETA, de Sofia Coppola, 122' 17h30 - VIRIDIANA, de Luis Buñuel, 91' 19h30 - A SEREIA DO MISSISSIPI, de François Truffaut, 123'
23 de janeiro - Domingo 15h00 - MEDÉIA, de Pier Paolo Pasolini, 110' 17h00 - A BELA DA TARDE, de Luis Buñuel, 100' 19h00 - A ÉPOCA DA INOCÊNCIA,de Martin Scorsese, 138'
25 de janeiro - Terça-feira - FERIADO 15h00 - ALDEIA DA ROUPA BRANCA, de Chianca de Garcia, 84' 16h30 - PALESTRA: A História da Moda na Cidade de São Paulo Participação de João Braga e Fernando Zelman 18h30 - O BAILE, de Ettore Scola, 112'
26 de janeiro - Quarta-feira 15h30 - JUVENTUDE TRANSVIADA, de Nicholas Ray, 111' 17h30 - FEIOS, SUJOS E MALVADOS, de Ettore Scola, 110' 19h30 - MESA: Novos talentos da Moda Brasileira Com Jô Souza, José Luis de Andrade e Danilo Blanco
27 de janeiro - Quinta-feira 15h30 - O ANJO AZUL, de Josef Von Sternberg, 94' 17h30 - HISTÓRIAS DE ELLE, de David Tebou, 84' 19h30 - MESA: Moda, Arte e Cinema – Fronteiras e Conexões Com Olívio Tavares de Araújo, Luciano Ramos e Cecira Armitano
28 de janeiro - Sexta-feira 12h30 - DESFILE 15h00 - COCO CHANEL & IGOR STRAVINSKY, de Jan Kounen, 119 17h15 - BRILHO DE UMA PAIXÃO, de Jane Campion, 119' 19h30 - A ELEGANTE POLLY MAGGOO, de William Klein, 101'
29 de janeiro - Sábado 14h45 - LIQUID SKY, de Slava Tsukerman, 114' 17h00 - CINEMA PARADISO, de Giuseppe Tornatore, 123' 19h30 - ROMA - CIDADE ABERTA, de Roberto Rossellini, 97'
30 de janeiro - Domingo 16h00 - A ÁRVORE DOS TAMANCOS, de Ermanno Olmi, 178' 19h30 - MOULIN ROUGE – AMOR EM VERMELHO, de Baz Luhrmann, 127'
Informações: Data: De 18 a 30 de janeiro Horário: Terça a domingo Local: Cinema (70 lugares) Rua Álvares Penteado, 112 - Centro Ingressos: Entrada franca, mediante retirada de senha a partir de 1 hora antes do início do sessão. Sujeito a lotação dos espaços Bilheteria/Informações: Terça a domingo, das 10h às 20h Telefones: (11) 3113-3651/52 Classificação indicativa de acordo com o filme.
Ela olhou novamente aquele par de olhos brilhantes, e sorriu.
Incapaz de virar a cabeça e continuar a viver, como deveria ter feito, chegou mais perto. E o par de olhos brilhantes tambem se aproximou.
Nesse instante, se apaixonaram. O amor é assim, uma coisa louca. Acontece quando você se distrai.
Estendeu os braços, tocou o nariz úmido, sentiu o amor e a alegria daquele ser que se sacudia todo ao seu toque. "Como vou te chamar?" era a sua única preocupação no momento. Não se importou com a falta de grana, ou talvez com as adaptações que teria que fazer na vida. Seu único pensamento era em como chamaria o novo companheiro.
Sabe, quando você nomeia algo ou alguém, você lhe dá poder. Ela sabia disso.
E finalmente soube que a partir dalí tudo seria diferente. Como toda escolha na vida.
Enquanto espero chegar meu livro do Desafio Literário deste mês, vou adiantando outras leituras... veja como sou uma pessoa calma e equilibrada, hoje é dia 19 e estou assim, sentada, tranquila, esperando o livro chegar!
Mentira. Tô tensa. Essa porcaria de livro não chega e já estou me vendo bagunçando todas as estantes do Centro Cultural pra salvar a pele!
Enfim.... enquanto espero calma e relaxada (hã?) li mais um da Agatha! E compartilho a resenha cocês.
Morte na Mesopotâmia! Sou obrigada a confessar que não me impressionou demais mor de que eu ainda me lembrava de como o crime havia sido cometido! Ou seja, perdeu todo o encanto!
Mas deu pra apreciar bem o estilo literário de dona Agatha sem aquela neura de ai-meu-deus-quem-será-o-assassino. Suspense dos bons, 10 personagens, todos confinados num só lugar portanto todos suspeitos e alguns eventos paralelos que de certa forma influenciam na resolução da trama.
Por acaso Poirot estava "passando" por Bagdá e foi chamado para resolver o acinte, digo, o assunto. Só na cabeça da dona Agatha as pessoas passam por acaso em Bagdá, fala sério...
A estória é contada pela enfermeira contratada pelo líder de uma expedição arqueológica para cuidar de sua esposa que está com pitis nervosos. Depois descobre-se que os pitis na verdade são reações de pânico por conta de cartas ameaçadoras que a lady vem recebendo já ha algum tempo. As ameaças finalmente se concretizam e Poirot é chamado pra descobrir quem é o assassino. Enredo simples assim.
Este foi um dos primeiros títulos que lí da dona Agatha, e graças à ele fiquei assim, fã! A forma como o crime foi cometido é realmente engenhosa! Me impressionou tanto que até hoje me lembro!
Morte na Mesopotâmia Agatha Christie Ed. Nova Fronteira - 10ª edição 220 páginas Nota: 8/ 10
Graças ao Bruno Jones, autor do blog Isto é Yoga? (acho que já foi citado por aqui... é uma leitura frequente em minha vidinha) cheguei nos vídeos do Puppetji. E compartilho com vocês.
Certo dia, Chuang Tzu adormeceu e, enquanto dormia, sonhou que era uma borboleta voando alegre por aí. E a borboleta não sabia que estava no sonho de Chuang Tzu. Ele então acordou, voltando a ser, aparentemente, o mesmo de sempre, mas agora não sabia se era um homem sonhando ser uma borboleta ou uma borboleta sonhando ser um homem.
Estive no Centro Cultural no domingo passado, renovando as leituras da quinzena. Me apaixonei pela capa de Firmin, veja você:
Claro que não só de capa se escolhe um livro então fui consultar as orelhas - muito bem escritas, por sinal. E tive que trazê-lo comigo. No mesmo domingo, meio resfriada, lí todim.
É mais ou menos assim: um ratinho nasce entre outros 12 num canto do porão de uma livraria. Quis o destino que esse ratinho desenvolvesse um comportamento quase humano quando começou a comer as páginas dos livros. Desse saborear literal ele aprende a saborear as palavras, a entendê-las, e daí passa a ler todos os livros que pode.
Um rato literato. Ui.
E ele se identifica com o dono da livraria. Passa a frequentar um cinema próximo, onde se apaixona por Ginger Rogers enquanto sonha que é Fred Astaire, produz diálogos imaginários entre ele e os homens que conhece, e começa a se questionar a respeito da vida.
Eu achei que é um livro que emociona. Firmin demonstra uma sensibilidade meio patética e um entendimento meio deprimente do que é a sua vida. Muito humano mesmo. E tem algumas passagens muito boas, por exemplo no início do romance quando ele se indaga a respeito de como começaria a sua autobiografia "(...) concebia a primeira frase como uma espécie de útero semântico cheio de atarefados embriôes de páginas não escritas e brilhantes pepitas de genialidade praticamente pedindo para nascer." (p. 10). Ou ainda mais pra frente "Se existe uma coisa para qual a formação literária contribui bastante é para proporcionar um agudo senso de fatalidade. Nada consegue minar tanto a coragem de uma pessoa quanto uma imaginação prodigiosa" (p. 61).
Firmin faz reflexões tão profundas...
E tem algumas ilustrações bem bacaninhas, de Fernando Krahn:
Music Philosophy is a weekly graphic/typographic interpretation of philosophical song quotes. All the posters look great as an iPhone desktop wallpaper, so feel free to download them. Hope you enjoy.
... fui no Belas Artes no sábado, pra me despedir destas salas que tanto frequentei na época de faculdade... sempre gostei muito deste cinema e sempre estava ora lá, ora no Unibanco - Depois do advento do namorido só vou nos Cinemarks da vida assistir ao Van Damme. C´est la vie.
Fiquei em dúvida do que assistir... tem um "A árvore" com a Charlotte Gainsbourg que me chamou a atenção... tem aquele que está há uns três anos em cartaz, o "Medos públicos em lugares privados"... tem tambem o documentário "José e Pilar"... mas no final acabei me decidindo pelo Woody Allen. Pra variar.
"Você vai conhecer o homem dos seus sonhos" passa longe da genialidade dos últimos filmes dele. Mas ainda assim é gostosinho, bem no estilo do diretô.
Conta a estória de um homem já na meia idade que decide se separar da esposa e curtir a liberdade como se fosse jovem novamente. Arruma uma esposa um terço da idade dele e começa a fazer academia e gastar uma boa grana para sustentar as aparências. Já a sua esposa recorre à uma vidente charlatã para reunir esperanças na vida novamente.
Enquanto isso a filha deles também está com problemas no casamento e se apaixona pelo chefe - que se apaixona por uma amiga dela. E o marido dela, um escritor que tenta emplacar o segundo romance, se encanta com a vizinha do prédio da frente. Ou seja, uma quizumba amorosa.
Eu acho que é o tipo de filme que só quem é fã vai gostar. Tipo, eu gostei, rs. Tem trilha sonora meio jazz, tem aquele clima de filme antiguinho, tem aquelas sacadas irônicas muito... Woody Allen!!!
E sobre o cinema, fiquei espantada com a quantidade de gente que tava lá no sábado a noite! Será que é sempre assim ou estava todo mundo no mesmo mood despedida??
Você ainda vai conhecer o homem dos seus sonhos Diretor: Woody Allen Elenco: Antonio Banderas, Josh Brolin, Anthony Hopkins, Gemma Jones, Freida Pinto, Lucy Punch, Naomi Watts Duração: 98 min. Ano: 2009 País: EUA/ Espanha Gênero: Comédia Dramática
Passei minhas férias no Guarujá, como já postei anteriormente... curtindo família, curtindo praia, curtindo COMER. Hum hum, dilícia.
Eis que mamy´s me apresentou um azeite temperado por ela. Coisa simples e fenomenal, viu? Eu que não sou tonta, hoje que (finalmente!) tive tempo, fui na feira livre e comprei todos os temperinhos necessários para fabricar o meu próprio azeite simples e fenomenal!
Quer tentar? Olha, ficou bom viu.... e é mega facil! Ó só:
Arranja um vidro bem bonito - porque com certeza vai frequentar muito a sua mesa.
Pica bem picadinho alguns dentes de alho, um punhado de salsinha, cebolinha e cebolona. Junta um punhado de semente de coentro fresco, um talo de orégano seco, um cadinho de sal e pimenta do reino e o meu preferido: pimenta dedo de moça.
Coloca todos os temperos dentro do vidro bonito e completa com azeite de boa qualidade. Deixa descansando de um dia para o outro e já pode começar a consumir. E quanto mais o tempo passa, mais os temperos apuram e mais fenomenal fica!
Fácil. E vê bem que bonito fica:
Não coloquei as quantidades porque vai do gosto do freguês. Eu gosto muito de alho, cebola e pimenta então o meu azeite é mais pra "picante". Mas os temperos tambem você vai incrementando conforme o paladar, claro.
Bom, a próxima receita vai ser de pão, pra acompanhar o azeite porreta!!!
Definitivamente voltei à minha boa forma literária. Em dois dias atravessei 215 páginas...
Este "Os crimes ABC" é do meu acervo particular (sempre quis usar esta expressão!!!), datado de 1998... aff, tô véia. E não me lembrava da estória... obviamente não me marcou por demais.
Agora, ao relê-lo, bem, foi uma boa surpresa, gostei um tantão! A volta do capitão Hastings e Poirot pintando os cabelos... é, um pouco mais bem humorado!
Na página 20 (desta minha edição) a autora descreve um crime que Poirot gostaria de solucionar... um crime que será o centro de outro livro dela que eu sei (Cartas na mesa, se não me engano!). Curioso...
Well well, a estória é sobre uma série de crimes em que o nome das vítimas e dos lugares da ocorrência seguiam a ordem alfabética. As vítimas não tinham nenhuma ligação entre sí e os crimes eram anunciados em cartas remetidas para Poirot, avisando qual cidade era a bola da vez. A polícia corre pra cá, corre pra lá, e necas. Todas as cartas terminam em assassinato... e no finalzim o criminoso, aparentemente acuado, se entrega.
Masssssss.... tchan tchan tchan tchan! A verdade não era bem esta! Poirot começa a se coçar e num instante descobre tudo o que realmente aconteceu. Começa a desenterrar um monte de detales que vamos lendo e não percebemos e no final dizemos "puxa, é verdade! Ele tem toda a razão". Engenhoso.
Pode ler que este está aprovado!
Os crimes ABC Agatha Christie Círculo do Livro, 1990 Nota: 9/ 10
Você já reparou na quantidade de lixo que você produz em um dia, em uma semana, em um mês?
Eu já. E fiquei abismada. E o que por um lado me parecia praticidade por outro lado demonstrou-se certamente um mau negócio...
Falo de alguns tipos de produtos... e outras cositas más. Tem embalagem dentro de embalagem. Garrafas tão pequenas que compramos duas para satisfazer uma boca (e dois zóio grande). E plástico, muito plástico.
Quantos absorventes higiênicos já utilizei na minha vida? Quantos chicletes - ah, essa bobagem açucarada, quantos já mastiguei e descartei? Quantas garrafinhas d´água... copinhos descartáveis com o cafezinho sagrado do meio da tarde...
Descartar é prático. Mas não é saudável.
Tenho repensado muitas escolhas na minha vida. E essas novas alternativas requerem um certo esforço de minha parte. Economicamente tem sido vantajoso... e ecologicamente tem sido mais inteligente.
E quando párei para olhar em volta, em como interfiro no mundo ao meu redor, foi inevitável fazer essas escolhas.
Sei que sou apenas uma, necas comparado à população mundial. Mas sou a diferença no meu universo particular.
Seja a mudança que você quer ver no mundo, já dizia um grande Mestre.
Deu muito gosto de ler esse viu? E não deu jeito de adivinhar o culpado... hehehehe...
A estória é sobre uma viagem curta de avião; Durante o vôo uma mulé morre. Espetada por um dardo de zarabatana. Isso mesmo, za - ra - ba - ta - na. Doido, doido.
Aí o culpado só pode ser um dos passageiros, certo? Certo. E um deles é meu inspetorzinho favorito! O único, o fofo, o cabeça de ovo Poirot!
E lá vai ele investigar o crime, com a ajuda dos detetives Japp e Fournier. Aí descobre-se que a mulé morta era uma agiota discreta e conhecida entre os ricos e famosos da Ilha de Caras. Váaaarios suspeitos.... mas quem poderia ter soprado uma zarabatana no meio de um avião sem ninguem ver?
Pois é, um deles deu a entender que foi assim. Mas não foi! Na verdade na hora que lí já me liguei como o crime havia sido cometido - porque eu sou assim, gênia. Mas realmente, o vilão foi surprise!
Minha única ressalva é sobre a tradução desta edição que peguei - Coleção Agatha Christie da editora Record, velhinho velhinho. Tinhas umas frases capengas no meio da estória que ficaram difícil de entender what the hell was going on...
Mas em um frase, um livro muito gostosinho de ler na praia. Recomendo!
A morte nas nuvens Agatha Christie 214 páginas Nota: 8/ 10
Ontem a noite assisti ao filme Na natureza selvagem. Fiquei bem impressionada com a fotografia. Lugares incríveis.
O filme não é linear... vai intercalando as cenas do início e do final da jornada do maluco.
O moleque revoltado com os pais doa todo o dinheiro da poupança e sai andando. Desce até o México e depois sobe até o Alasca. E pelo caminho vai encontrando os tipos mais inusitados. A história não é assim, nada demais. Mas os lugares são sensacionais. E a trilha sonora!!! Eddie Vedder na veia.
Na natureza selvagem (Into the wild) Drama Lançamento: 2007 Direção: Sean Penn Duração: 140 min ---------------------------------------------------------------------------------
O golpista do ano! Fazia um tempo que estava na minha lista! Amei!!!
Jim Carey sempre me deixa assim, meio com medo das caretas dele. Aí num filme declaradamente gay fiquei com mais medo ainda........ mas ele tirou de letra viu? Fez um Steven Russel muito humano...
O cara é policial, tem mulher e filha. Muda de emprego, fica bem de vida. Aí sofre um acidente e sai do armário. Mas sai mesmo, gentem. Cenas explícitas, viu? Aos homofóbicos de plantão, fujam.
Enfim, assumindo seu lado gay ele descobre que a vida colorida que ele quer levar é muito cara. Aí começa a dar golpes. Muitos golpes. O cara é bem inteligente. Desacreditei quando soube que o filme era baseado em fatos reais!
Ele vai preso e se apaixona pelo Phillip Morris (Ewan McGregor, excelente). Começam a namorar e rapidinho o golpista dá um jeito de livrar os dois da prisão.
E sempre dando golpes... volta pra cadeia e foge, volta e foge, volta e foge... uma fuga mais sensacional que a outra.
Eu no Guarujá curtindo os últimos dias de férias... mãe, pai, mar e livros... fazia tanto tempo que eu não tirava férias que nem me lembrava como é bom!!!
É claro que tive váaaaarias baixas:
Primeira noite, febre alta (minha pele não tem resistência nenhuma ao sol!);
Dia seguinte calculei errado a altura de uma onda (hã?!) e ralei o joelho na areia. Doeu viu. Joelho roxo;
Próximo dia, passeio até Perequê e Bertioga. Paramos para comer caranguejo (fiquei com muita pena dos bichos... nunca mais) e eis que borrachudos comeram o meu pé. É o quickkarma, comí caranguejo e comeram o meu pé! PS: tenho alergia à borrachudo - onde deveria ter um pé agora existe uma bolota disforme com dedinhos na ponta.
Francisco passou álcool com arnica nas mordidas e o pé já está quase parecendo... um pé! Dá até pra pisar! Não há mal que sempre dure!!!
Mesmo com toda a minha molenguice delicadeza está tudo muito bom. Nem me importo com as músicas que Francisco tem escutado por estes dias... ele descobriu uma tal de Saudade FM que é de lascar viu?
Eu acho. Toda vez que leio Saramago eu fico assim, fissurada no sarcasmo e no lirismo de suas passagens. O cara é gênio.
Caim era um livro que eu estava namorando desde o lançamento... e só agora consegui ler. Extasiada, diga-se de passagem.
Conta a estória do Caim (dãnn!), que depois de assassinar seu irmão Abel faz um acordo com deus porque afinal de contas, a culpa do assassinato é de deus, claro. Quem mandou ficar escolhendo oferenda?
A partir daí temos várias passagens da bíblia recontadas do ponto de vista Saramaguistico.
Caim conhece e vira o amante preferido de Lilith, a primeira mulher. Depois sai andando e dá de cara com a torre de Babel já zoneada pela confusão das línguas, depois encontra Abraão e o impede de matar o filho Isaac (o anjo se atrasou). Depois assiste a destruição de Sodoma e Gomorra, e então vai trabalhar para Jó até que este começa a ser testado pelo demo e se lasca, e finalmente conhece Noé e acaba dando um jeito de entrar na arca, onde se vinga definitivamente de deus.
Tá certo que a igreja e os católicos apostólicos romanos fervorosos e afins excomungaram o autor... mas gente, desculpa, eu achei que o livro é hilário!!! Quase fiz xixi nas calças lendo algumas passagens...
Saramago transfere as características dos deuses da mitologia grega para o deus que conhecemos através da igreja romana. Então a entidade apresentada no livro é orgulhosa, vingativa, e não entra em batalha perdida.
Eu tinha separado algumas linhas para transcrever procês, mas perdí o marcador. E quem já leu Saramago sabe que é impossível achar algum pedaço específico no meio do texto. Como parágrafo faz falta!
Todo mundo deveria ler Saramago do jeito que é: um romance muito bem escrito. E só. Não é um tratado científico... e até Deus tem senso de humor.
Aaaaaaaaaaaaaamei.
Caim José Saramago Companhia das Letras 1ª edição - 2009
O ano veio, o ano foi, muita coisa aconteceu... aliás, quanta coisa aconteceu!!!
Entre todo o tico tico no fubá que foi a minha vida ainda deu tempo de ler. Muito. E dou Graças! Aí deixo abaixo um The Best Of, pra inspirá-los a, quem sabe, sentar com um livrinho e curtir tanto quanto eu curtí durante o ano que passou.
Bora apresentar-lhes a magnânima... (agora vocês imaginam o som dos tambores rufando)...
... RETROSPECTIVA LITERÁRIA 2010!!! Uhuuuuuuu....
Livro infanto-juvenil mais apreciado:O ladrão de raios, da saga Percy Jackson - por acaso o único do gênero, hehehe
Aventura que me tirou o fôlego: O físico, de Noah Gordon, e a saga do pobre menino pobre Rob Cole
Terror que me tirou o sono: Lygia Fagundes Telles e seu conto "Venha ver o pôr do sol", do livro Antes do Baile Verde... meeeedo....
