terça-feira, 31 de maio de 2011

La reina del crime

Esse é dos bons!

Dona Agatha coloca todo mundo num barco navegando no Rio Nilo e pimba! Mata um deles. Já botou reparo como ela gosta de fazer isso? Colocar uma galera num lugar onde eles não podem sair e deixar nós, incautos leitores, tão ilhados quanto os personagens?

Uma galera mesmo: socialite americana e seu marido novo, ex-melhor amiga e ex-noiva do marido novo (oi?), um jovem rabugento e sua mãe, uma jovem rabugenta e sua mãe (adivinha se eles terminam juntos), um advogado inglês, um advogado americano, um arqueólogo, um médico, uma velha senhora da sociedade inglesa com uma sobrinha e uma enfermeira, Poirot e o coronel Race.

E morre gente viu? Morre a linda e rica socialite americana, assassinada enquanto dormia. E esse crime acaba puxando outros... aí você fica vidradão no livro, não larga nem pra comer.

Tudo gira em torno de Linnet, linda, loura e ricaaaaaa que inventa de casar com o noivo da melhor amiga. Aí Jackie, a trocada, fica puta da vida e começa a perseguir os pombitchos. E isso vai gerando um terror psicológico tão grande que o casal não tem mais sossego. Eles tentam fugir mas Jackie sempre está onde eles estão... sinistro hein.

Como eu já contei aí em riba, Linnet é assassinada, mas Jackie tem o álibi perfeito. E aí???

Pra variar um cadinho o desfecho é genial. Dona Agatha coloca algumas complicações menores no meio pra dar uma bagunçada geral - cleptomaníacos, golpistas, bêbados... mas acho que mesmo que se ela não tivesse inventado nada eu não chegaria sozinha no assassino. Quero dizer... até adivinhei quem era (cof cof) mas NUNCA iria desvendar a forma como o crime foi cometido!

Sensacional.

Morte no Nilo
Agatha Christie
Ed. Nova Fronteira
237 páginas
Nota: 9/ 10

domingo, 29 de maio de 2011

Já dizia o poeta


Foi falta, juíz!

Gente,
dei uma comida de bola master no Desafio Agatha. Li o "Poirot perde uma cliente" e não fiz a resenha. E isso foi mais ou menos em fevereiro...... ou seja, não lembro da estória pra postar o resumão básico. E era emprestado, então não tenho mais o exemplar aqui pra chupinhar alguns pedaços e mentir descaradamente.

SOOOOOOOOOORRY!!!!

Vou ficar devendo. Já tô no próximo (Morte no Nilo) e prometo que não esquecerei minhas obrigações resenhísticas novamente.

´cause you know darlings, shit happens!

Where you came from...

Kings Of Leon
When the road is carved of yonder
I hope you see me there
It's in the water, it's where you came from
It's in the water, it's where you came from

When the crowd begin to wonder
And they cry to see your face

It's in the water, it's in the story
Of where you came from
Your sons and daughters in all their glory
It's gonna shape up
And when they clash and come together
And start rising
Just drink the water where you came from
Where you came from

Your road, it was cold from yonder
Never sold yourself away

It's in the water, it's in the story
Of where you came from
Your sons and daughters in all their glory
It's gonna shape up
And when they clash and come together
And start rising
Just drink the water where you came from
Where you came from

It's in the water, it's where you came from
It's in the water, it's where you came from

And when they clash and come together
And start rising
Just drink the water where you came from
Where you came from 


sábado, 28 de maio de 2011

Confissões

Eu sei gente, tô amarga.
Mas tenham fé! A vida é feita de fases... principalmente as vidas femininas!
É já a Roda gira novamente e tô em cima mais uma vez.
E prometo que posto mais coisas engraçadinhas pra adoçar a vida...

Mas, por hora, minha melhor produção é fel mesmo!

Reescrevendo o tempo

Num tempo de sentimentos rasos e palavras fáceis,
eu, que já escrevi estas linhas tortas, reitero.
Porem desisto de contar as tuas fibras
ou buscar sentido entre seus dedos.
Não insisto em alcançar um significado além das manchas no lençol,
um motivo divino, um alento perfumado pelos teus sorrisos.
Descarrego um mar de sal em meu umbigo
ergo os olhos vermelhos, inchados, e nunca tão belos.
MomentaneaMente estou presente
e me basto em mim mesma.

Nostalgias

A dona Catarina cortava meus cabelos. Eu, tão pequena, ainda tinha cachinhos alourados que se espalhavam pelo chão da sala ampla e iluminada naturalmente pela enorme janela de vidro sem cortinas, enquanto olhava fixamente suas mãos mexendo daqui pra alí, tesoura entre os dedos, tic tic tic.

Eu em silêncio profundo, ela não me recordo ao certo se conversava com minha mãe ou apenas respirava profundamente, tic tic tic. Minhas impressões são poucas...

E mesmo assim dona Catarina nunca saiu da minha memória.

Uma presença sem contornos definidos. Talvez baixinha, talvez de óculos, talvez de camisa listrada e colete de lã. E dedos ágeis, tic tic tic. Uma cadeira alta, um espelho, um balcão no canto da sala. A casa dela era nos fundos da minha, a entrada era pela rua debaixo. Dava-se uma volta imensa para chegar no lugar que eu enxergava por cima do muro.

Num dia chuvoso recebemos a notícia de que dona Catarina morreu. Atravessando a rua descuidada, o caminhão não conseguiu párar a tempo... escutei uns rabichos das conversas adultas, das lamentações costumeiras, "só sofre com a morte quem está vivo" e outras coisas assim.

Não sofri. Eu era tão criança... mas aquela sala, naquela casa, naquele clima, tic tic tic... até hoje consigo reviver aquela sensação de segurança das crianças bem cuidadas pelos pais, sempre que eu entrava naquela sala enorme, com a luz entrando pelo janelão sem cortinas.

Dona Catarina cortava meus cabelos e me dava recordações para o futuro.

Meus cabelos não são os mesmos. Nem a minha casa. Há alguns bons anos me mudei daquela de onde eu via os fundos da casa da dona Catarina... que hoje sei que é apenas um lugar abandonado em que os ratos fazem a festa e o mato toma conta - dizem os atuais vizinhos.

Daquilo tudo sobrou apenas estória pra contar.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Hein?!

Eu, ou talvez o não eu, ou quem sabe a ausência de mim mesma tem tornado a existência um tanto quanto difícil.
Acho que preciso de um abraço...

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Vamos virar

People´s,
dias 4 e 5 de Junho vai rolar a Virada Sustentável. Bora participar?
Clica aqui pra conhecer a programação.

Não.

Olhar pra frente ou caminhar de olhos fechados
não faz muita diferença quando não se quer ir.
O tempo empurra, o caminho desliza sob os pés
e o corpo segue, sem registrar nada na pele
esperando por dias melhores
aspirando por sensações maiores....

Trajetória

Estou um mês atrasada, quase nada... antes tarde do que mais tarde!!!

Acho que devido aos últimos acontecimentos que agitaram minha vida, minha cabeça e meus hormônios, 30 dias de atraso na leitura é perfeitamente aceitável...

Enfim, apresento-lhes a resenha de Abril (ficção): O pêndulo de Foucault, Umberto Eco - que não se limitou em ser apenas extremamente criativo, tambem tinha que ser italiano! Uuuuh... sexy!

Esse livro é uma provocação. Ele inicia moroso, prometendo nada, dizendo coisas que simplesmente não conectam. É um teste minha gente, não desistam. Porque quando você começa a "sacar" as coisas, pronto. A estória te agarra de uma forma que você começa a participar do Plano.

O Plano, a idéia central do livro. A obsessão dos três protagonistas - e logo a sua também. Mr. Eco é genial. Ele reconta toda a estória do mundo com uma pegada de conspiração mundial ocultista diabólica. E consegue enfiar todo mundo nessa: templários, cabalistas, árabes, russos, Hitler...

E fica tranquilo que vai ter um monte de passagem que você vai boiar. Noooooooormal. O cara é mestre em semiologia, entende master esse papo de objeto, signo, interpretante e por associação, simbologia e mitologia. Então relaxa, ele tem pelo menos uma vida a mais de conhecimento acadêmico do que eu ou você, reles mortal.

Eu resumo pra você não sofrer! Casaubon, Belbo e Diotallevi trabalham numa editora em Milão, e recebem todo tipo de textos e manuscritos para publicação. Aí num belo dia se deparam com uma mensagem que pode ser um grande segredo templário (ou rosacruciano, até agora não me decidi). E como eles não tinham nada pra fazer resolvem destrinchar o tal do mistério... e vão pesquisando, desenvolvendo, criando mesmo um plano que começou nos primórdios da humanidade e perdura até hoje.  Uma coisa meio Pink e Cérebro, vamos dominar o mundo. Mas o Plano começa a tomar vida e acaba engolindo eles todos. Sen - sa - ci - o - nal.

Pronto, basicamente é isso. É que Mr. Eco tem um jeito de narrar que é impossível não rir até doer a barriga em várias passagens. Sério.

"(...) No meio, um altar redondo, ornado de vários motos ou emblemas, do tipo NEQUAQUAM VACUUM...
- Né quá quá? Assinado Pato Donald?
- Isso é latim, está sabendo? Quer dizer o vácuo não existe." (p. 207)

O pêndulo de Foucault
Umberto Eco
Edições Bestbolso
676 páginas (isso mesmo, livro pra macho!)

terça-feira, 24 de maio de 2011

Intending to be Zorba the Buddha

“It is just a question of opening your eyes. I don’t bother about Buddha; I am worried about people who are not Zorbas. How will they become Buddhas? They don’t have the basic material out of which a Buddha is made.


“And this poverty has been given to people by our religious leaders. They have been told not to be materialists. They have been told to be celibate. They have been told to live in poverty. They have been told that life is out of sin. All these things have destroyed their Zorbas. Otherwise, every man is a born Zorba the Greek.


“And if everything goes according to me, every man will die as Zorba the Buddha. Between the Greek and the Buddha there is not much distance, but first you must be the Greek.”

Fonte: http://www.osho.com/Topics/TopicsEng/Zorba1.HTM

Os diabólicos...

Vocês não amam Umberto Eco?

Leio, releio, treleio... e sempre piro o cabeção. Mega fã.

Tô quase acabando O pêndulo de Foucault. Tinha lido esse livro quando era adolescente. Ok, faz tempo isso. Não lembrava de milhares de detalhes (é impossível lembrar de todas as loucuras que Mr. Eco inventou), mas uma coisa nunca saiu da minha linda cabecinha: o cara é extremamente irônico e criativo. Ademais o estilo dele permanece em todos os seus romances, que esta que vos escreve devora avidamente de tempos em tempos.

Um dos meus escritores de cabeceira.

Believer

Enrosca tua vontade na minha
aperte meu pescoço, morde a minha nuca
e deixe seus suspiros em meus ouvidos.
Me entrega teus desejos, teus sentidos
e te recebo entre meus dedos,
e num instante estamos perdidos...
num presente infinito.
Eu, mulher lobo, dominando teu corpo
oferecendo a boca e manchando os lábios de vinho.

Inferno Astral???

Eu arrebentei um menisco.
Mas afinal, quem precisa de menisco?

Talvez semana que vem eu fique homeless.
Mas eu acredito firmemente nos 50% de chance que me favorecem!

Os projetos estão afundando, tipo um Titanic.
Oportunidade para exercitar a criatividade...

Eu sou uma otimista, diz aí.

Afogados

Desfiar fibra por fibra
ver sofrer lágrimas raivosas
sufocar a angústia com as mãos nuas
dedos manchados de sangue
trincar os dentes e sorrir.
Porque eu sou Mulher, eu sou a minha própria Medicina.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

As sete meditações ilimitadas

Amor Ilimitado
Que todos os seres tenham a felicidade e sua causa.

Compaixão Ilimitada
Que todos os seres sejam livres do sofrimento e de sua causa.

Alegria Ilimitada
Que todos so seres jamais se separem da grande felicidade que está além de todo o sofrimento.

Equanimidade Ilimitada
Que todos os seres sempre vivam em equanimidade, livres da atração por uns e da aversão por outros.

Saúde Ilimitada
Que todos os seres se recuperem das doenças causadas pela poluição física e mental, e gozem da saúde relativa e absoluta agora e sempre.

Regeneração Ecológica Ilimitada
Que todos os seres relaxem em um meio ambiente interno e externo puro e saudável agora e sempre.

Paz Ilimitada
Que todos os seres desfrutem de paz interna e paz no mundo agora e sempre.

Mensagem compartilhada pela Fernanda Lima do blog Tudo de Om

domingo, 22 de maio de 2011

Uma das músicas da minha vida



Something
George Harrison

Something in the way she moves, attracts me like no other lover
Something in the way she wo--os me
I don't want to leave her now, you know I believe and how
Somewhere in her smile she knows, that I don't need no other lover
Something in her style that shows me
I don't want to leave her now, you know I believe and how
You're asking me will my love grow,
I don't know, I don't know
You stick around now it may show,
I don't know, I don't know
Something in the way she knows, and all I have to do is think of her
Something in the things she shows me

Fire in the hole!

Imagine que você está dormindo, tranquilo. Algo te desperta... você olha em volta, tem algo estranho rolando... um cheiro de queimado, fumaça, a casa tá pegando fogo!!!!

Passado o choque inicial rola o instinto de sobrevivência básico. Pergunta que não quer calar:

O que você salvaria num incêndio?

Ok, pode me chamar de louca, mas as vezes fico pensando nisso... e pelo jeito eu não sou a única!!! Olha só a idéia que resultou neste blog (muito legal by the way).

Ah... o que eu salvaria? Hum... este notebook, um par de tênis, minha calça Levis preferida, documentos (porque é um porre ter que tirar tudo de novo), livros (não consigo me decidir qual, acho que o que couber numa braçada), box do Led Zeppelin e do The Doors, foto da Zezé, do Francisco da D. Ana e da D. Luiza, sino indiano, óleo ananda, japamalas e a minha imagem de Nossa Senhora de Fátima (presente de Francisco). E meu mat, of course.

Dificil isso hein. Certeza que amanhã mudarei de idéia sobre todas essas coisas.... bom, tomara que minha casa nunca pegue fogo!

Sou de gêmeos... sabe como é.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Amélia!

Acordei meio tarde... rolava um solzinho bom... e a minha casa parecendo a zona franca de Manaus... ok ok, não dá mais pra enrolar (infelizmente).

Primeiro é pôr um som alto. Muito alto. Pra esquecer que o resto do mundo existe. Depois um balde de café. Sem açucar porque sou macho.

Cabelo pra cima e roupa folgada, man repeller total. Três horas de ginástica aeróbica direcionada: esfregando chão, tirando pó, lavando roupa, louça... e espirrando feito doida porque sou alérgica a poeira - mas quem não é???

Pausa forçada - aula na hora do almoço. Lá vai a maluca tomar uma ducha rápida e sentar em padmasana para alguns pranayamas... afinal, se centrar é preciso!

Aula fofa porque a minha aluna merece...

Volto as 14h e descubro que minha fantasia de Amélia não serve mais! Almoço, Criminal Minds, academia, banho, pernas pra cima. Nessa ordem.

Amélia só no próximo surto!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Expedição Rio Pinheiros

Final de semana passado rolou uma iniciativa muito legal de envolver uma galera bacana na recuperação do Rio Pinheiros. E eu tava lá! Exibida que sou me inscrevi no grupo dos escritores, e domingão pela manhã tava lá no alto do Edifício Pinheiro Neto desenvolvendo algumas linhas para amolecer corações e gerar visibilidade para a causa!

Visitem o site do projeto Expedição Rio Pinheiros e vejam todas as formas de expressões que o rio inspirou! Tem texto, foto, som...


Trabalhando...


Muito bom saber que podemos ajudar de alguma forma, né? E modéstia a parte, o meu grupo foi sensacional. Só saiu coisa boa.

O texto criado compartilho abaixo. Comentários são sempre bem vindos!


Aridez


Que sujeira! Que cheiro de morte... hum... sinistro andar por esta trilha que antes estava coberta pela água... que sensação estranha andar pelo caminho aberto pela secura de um rio!

Quantas coisas antes ocultas... plantas e animais mortos, muita sujeira, objetos que podem nos contar tantas coisas...

Mas... ôpa, o que será isso?! Parece um caderno... sim, sim, é um caderno... como pode estar conservado? Veja isso, estava meio enterrado no lamaçal... e mesmo assim não se dissolveu na imundície, no lodo esverdeado que agora enxergamos. Você consegue pegá-lo? Cuidado, cuidado para que não se desfaça entre seus dedos!

Olhe só! É uma ruína! É o que sobrou de uma época (de uma era!), de uma pessoa... quem seria o dono? Hum... o nome está ilegível... muitas páginas também. E foi usado completamente. Agüentou tudo o que poderia agüentar e foi descartado, simplesmente abandonado nas águas turvas desse falecido rio.

Imagino que sejam idéias renegadas – mas não o suficiente para serem destruídas. Quem sabe o proprietário imaginasse que um dia estas palavras seriam descobertas, acabariam sendo lidas, apreciadas, talvez estudadas, quem sabe até expostas como as últimas palavras pescadas num ex-rio!

(barulho das folhas sendo manuseadas)

Hum... escute isso:

Meu corpo árido como um leito de rio que um dia secou.
Um caminho vazio, um encanto quebrado,
e um olhar embaçado de quem um dia esperou.

Poesias... veja esta mancha... aqui o rio interferiu no texto! Mudou o curso da estória! Virou um co-autor!

(mais barulho de folhas, flap flap flap)

Aqui consigo distinguir mais alguns pensamentos. Escute:

Meu coração seco como esta terra morta.
A secura do peito, uma promessa na garganta

Uma promessa... nosso rio foi uma promessa também, um dia, há tanto tempo atrás... continuemos:

e um olhar empedernido de quem um dia desejou

Nosso olhar também estava empedernido pelo concreto, não? Nem percebemos que o rio estava se esvaindo... desaparecendo... para mim foi como se tivesse acontecido num átimo! Pluft! Lá se foi o rio...

Veja, há continuações:

e ardeu furiosamente em si mesmo,
num grito sem eco, numa vontade solitária.

Teria o rio lutado? Teria sobrevivido se tivéssemos olhado, ou melhor, se tivéssemos enxergado a sua beleza, o seu poder, ou talvez nada disso, se tivéssemos apenas percebido a sua utilidade??? Talvez seu sofrimento pudesse ter despertado nossa compaixão, apiedado os nossos olhares!

E o cheiro desse rio? Que tanto me fez torcer o nariz... antes não tivesse fechado o vidro do carro, a janela da empresa, a porta da casa. Quem dera eu tivesse erguido minha voz para despertar quantos forem necessários, todos os que sentissem como agora me sinto...

E chorou todas as lágrimas
rezou todos os terços
e, lamúrias, se esgotou.

Fechei meus olhos, ignorei os gorgolejos, tapei o nariz. Virei o rosto, emudeci a alma. O rio deixou de existir para mim. E de tanto ser negado deixou de existir para si. Desistiu.

E agora é tarde...

O sangue engrossou nas veias.
Escureceu milhares de noites, morreu mil mortes
desistiu

Eu tambem já fiz!

A Laura (faz teeeempo que não falo dela!) do Laurices participou de uma brincadeirinha que achei batuta. Curti, faço também e convido-os para continuar! Bora confessar coisas vergonhosas e pecadinhos mortais... ahahahahah...
Adicionei uns comentários pra ficar mais vergonhoso ainda... hehehehe...

A brincadeira é riscar da lista coisas que você já fez:

01. Pagar uma bebida aos amigos.
02. Pegar num tubarão.
Pegar um tubarão?! Boiei...
03. Dizer “eu te amo” sentindo amor de verdade.
04. Abraçar uma árvore.
Faço isso sempre! A loca do Ibirapuera!!!
05. Achar que vai morrer. (enfatizo a palavra "achar")
Adolescentes... sabe como é...
06. Ficar acordado a noite inteira e ver o nascer do sol.
07. Não dormir por 24hrs.
08. Cultivar e comer os teus próprios vegetais.
Esse é o próximo passo!
09. Dormir sob as estrelas.
10. Mudar a fralda de uma criança.
11. Ver uma estrela cadente.
12. Ficar embriagado.
Hum... algumas vezes...
13. Doar coisas pra caridade.
14. Olhar para o céu e achar o cruzeiro do sul.
15. Ter um ataque de riso na pior altura possível.
E nos lugares mais improváveis!!!
16. Fazer uma luta de comida.
Óbvio que não! Sou radicalmente contra disperdício de comida!!!
17. Apostar e perder.
Váaaaarias vezes...
18. Convidar um estranho para sair.
19. Fazer guerrinha de papel.
20. Gritar o mais alto que puder.
21. Pegar num cordeiro.
Pode ser num elefante!?
22. Andar de montanha russa.
23. Dançar como um louco e não se preocupar se estão olhando.
24. Falar com sotaque por um dia inteiro.
25. Estar mesmo feliz com a tua vida.
Sempre, Graças!
26. Ter dois hard drives para o computador.
27. Conhecer o teu país.
Tô tentando... vagarosamente...
28. Cuidar de alguém embriagado.
29. Ter amigos fantásticos.
Todos eles!!!
30. Dançar com um estranho.
E foi... estranho!
31. Roubar uma placa/sinal de trânsito.
32. Fazer um passeio de noite na praia.
33. Ficar de coração partido mais tempo do que se esteve realmente apaixonado.
Adolescentes... sabe como é...
34. Sentar na mesa de um estranho num restaurante e comer com ele.
35. Imitar uma vaca.
36. Fingir que se é um super-herói.
37. Cantar karaoke.
E espantar todo mundo!
38. Mergulhar.
39. Beijar na chuva.
Hum... algo que precisa ser feito logo!
40. Brincar na lama.
41. Brincar na chuva.
42. Apaixonar-se e não ficar de coração partido.
Difícil.....
43. Visitar locais ancestrais.
44. Fazer uma arte marcial.
45. Entrar num filme.
46. Ser penetra numa festa.
47. Ficar sem comer 5 dias.
Cinco????
48. Fazer um bolo sozinho.
49. Fazer uma tatuagem
Tô quase!
50. Receber flores sem razão.
51. Representar num palco.
E quase morrí de vergonha....
52. Gravar música.
53. Ter um caso de uma noite.
E estória pra vida toda!
54. Guardar um segredo.
55. Cantar bem alto no carro e não parar quando perceber que tem gente olhando.
56. Sobreviver a uma doença em que se podia ter morrido.
É... vi a luz branca! Mentira, fiquei tão mal que não vi nada...
57. Perder dinheiro.
58. Cuidar de alguém com dor de cotovelo.
59. Fazer uma festa legal.
60. Partir o coração de alguém.
61. Fazer um piercing.
62. Andar de cavalo.
63. Fazer uma grande cirurgia.
64. Comer sushi.
65. Ter uma foto sua no jornal.
Mas já tive texto publicado em jornal!
66. Mudar a opinião de alguém sobre alguma coisa em que acreditas profundamente.
Não sei se me orgulho ou me envergonho disso...
67. Fazer de um inseto um animal de estimação.
68. Selecionar um autor importante que não trabalhou na escola e lê-lo.
69. Comunicar com uma pessoa sem partilharem uma língua comum.
70. Escrever a sua própria linguagem no computador.
Mas já tive meu próprio alfabeto!
71. Pensar que está vivendo um sonho.
72. Pintar o cabelo.
73. Ter relação com alguém do mesmo sexo.

Comprometedor isso...
74. Comer meleca.
75. Salvar a vida de alguém.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Fuga

Um passo após o outro, pé a frente, pé atrás
corro, evaporo, desvaneço
mais um passo, calcanhar, dedos dos pés
minha base, instável, vento na cara.
O cabelo assanhado é a realidade batendo
o suor me esquenta, as bochechas queimam
mais um passo, e outro, e mais outro...
sigo firme, inspiro expiro
e me calo.

Singelo

Sorriso largo
Abraço forte
Coração pleno
Acalento.

Suspiro doce
Arrepio suave
Olhar perdido
Consentimento.

Descobertas ritmadas
Sensações descontroladas
Extase infinito...
Acolhimento.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Teaser - parte 1

A sugestão do teu gosto embriaga
A possibilidade do calor das mãos fascinam
Minhas, ou tuas.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Minha vida parece um seriado...

A vida fica muito melhor com trilha sonora.
Certo?

Curtindo demais um certo CD personalizado. Clica aqui e escuta uma comigo.

Escuta essa...

I´d love to be a good house wife. God, I´d be a house wife any time. Just give me a good man.

Crescente

Sempre fico impressionada como a Lua Crescente é ardilosa comigo...

As maiores encrencas me acontecem quando essa lua aponta no céu. É o princípio traumático de muitas coisas, já tô sabendo... e agradeço eternamente que tudo se desenrola muito bem!

Mas a virada da Lua é sempre surpreendente. Haja pranayama pra aceitar, confiar, receber e agradecer.

IndoaIndia!

Gent´s, olha que máximo esse blog: http://indoaindia.blogspot.com/

O cara inventou de ir de São Paulo à India de bi - ci - cle - ta. Fiquei verde de inveja!!!!

Que máximo, fiquei fã.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Santosha

Perfeição de dia, presença no momento, viver intensamente o seu perfume.
A felicidade está, realmente, nas coisas mais simples.

Ser árvore

Faz um tempo que o livro do Iyengar tava me acompanhando. Indico pra quem curte os caminhos do yoga, é bem didático, muito simples de pôr em prática e um excelente companheiro nas horas difíceis.
Muito tranquilo de ler, e muito inspirador.

A árvore do ioga
A eterna sabedoria do ioga aplicada à vida diária
B. K. S. Iyengar
Ed. Globo
232 páginas

domingo, 8 de maio de 2011

The pretender

Desejava ardentemente. Com uma fúria graciosa enquanto cruzava as coxas por baixo da mesa. Mordeu o lábio, olhou por cima do ombro, respirou profundamente. Quem lhe dera ter controle de todos os pensamentos...

Sonhos claros como teus olhos assombravam-lhe as noites, mal dormidas, encharcadas num suor ansioso dos que querem com todos os poros, e aflitos, não encontram.

Agora suspirava... um sopro pesado de abandono, de quem aceita a condição dos perdidamente apaixonados. Trocou a posição das pernas. Sacudiu os cachos, ajeitou a blusa. E fingiu que nada tinha acontecido.

E por que não se apaixonar?

Cada dia é um nascimento
uma janela que se abre para o sol
um caminho para o infinito campo de possibilidades
um convite, uma música
uma poesia viva que se escreve diante dos olhos.

Cada noite é uma morte
um aquietamento, recolhimento
um fechar de asas num canto seguro
um aprendizado e um abandono
um epílogo que permanece ecoando ao cerrar os olhos.

Cada vida é uma infinidade de vidas
um eterno surgir e fenecer a cada pulsar
e nos olhando, parecemos os mesmos
mas infinitos somos, a cada olhar.

Jai Ma!


"Saudações a Divina Mãe Durga, que existe em todos os seres na forma de inteligência, misericórdia, beatitude, que é a consorte do Senhor Siva, quem cria, sustenta e destrói todo o universo".

In utero

Honra e benção à todas as mães, que se fizeram passagem e transformação, que doaram seus tempos, seus corpos, seus pensamentos, incondicionalmente, para que nós pudéssemos sorrir hoje.

Honra às mães que já se foram, mulheres que nos carregaram em seus ventres e hoje carregamos em nossas células, em nosso sangue, sempre amadas, sempre presentes.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Realmente...

... chantagem emocional é um dos golpes mais baixos que um ser humano pode usar...

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Razões que a razão desconhece

Estou com saudades de uma coisa que ainda não aconteceu... como pode???

A trilha é essa aqui.

Cantiga pra não morrer

Quando você for se embora,
moça branca como a neve,
me leve.

Se acaso você não possa
me carregar pela mão,
menina branca de neve,
me leve no coração.

Se no coração não possa
por acaso me levar,
moça de sonho e de neve,
me leve no seu lembrar.

E se aí também não possa
por tanta coisa que leve
já viva em seu pensamento,
menina branca de neve,
me leve no esquecimento.

Moça de sonho e de neve,
me leve no esquecimento,
me leve.

Ferreira Gullar

Amargor

A saudade tem o gosto metálico de um acorde rasgando o ouvido.
Da ferrugem que escorre na língua quando mordo a boca.
Da cinza que mancha os dedos, do álcool que turva os olhos.
A saudade é uma companheira torpe
que te aprisiona entre os dedos gelados do tempo.
Do que foi ou do que poderia ter sido.
A saudade é uma prostituta, fascinante
que te devora e cobra o seu preço
e deixa rastros no seu corpo, na sua cama.

A saudade corrói, mesmo consentida.

Pra ler ouvindo Jellybelly. Muito alto. MUITO MESMO.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Frase do dia

Don´t make decisions when you´re angry
Don´t make promises when you´re happy.

Não tome decisões quando estiver nervoso
Não faça promessas quando estiver feliz.

Ai que saudades da India!

Esta é Laxman Jhula - a ponte que liga as duas margens do Ganges em Rishikesh. Adivinha onde está o macaco....


Achoooooooooooou!!!!



Arejar atrás dos olhos, a alma

Dirijo o olhar escuro para o canto da parede
umedecido pelo esquecimento
pelas horas que passei projetando idéias (sem sentido) em minha cabeça.
E agora me vejo só, nessa esquina sem janelas
entregue ao som do bater incansável do relógio,
e tentando decifrar o sabor daquela mancha.
Um odor acre arde nas narinas e me desafia a ficar um pouco mais
a entregar um pouco mais
a entreter um pouco menos.
Ouço a minha própria voz e me assusto
sinto que meus olhos clareiam pouco a pouco...
e enxergo além dessa parede manchada pelos meus sentidos.

terça-feira, 3 de maio de 2011

New Moon

Can you see me, through this powerful Moon?
She´s hiding me from outside... She´s showing me off, my inside...
Can you see me?
Delivered to the Earth... Mother, Wise, Earth.
Into her arms, hearing my heart beating
holding your hands, we´re all one in circle.
Join the Circle.
Be as one with me...


segunda-feira, 2 de maio de 2011

Got the flu

I´m totally on drugs!
High on drugs...

Puta gripe!!!!! Le - sa - da.

Parte ruim: cancelei várias aulas hoje... sad.

Parte boa: Assistindo on line as paletras da Segunda Vermelha!

Parte boa 2: Daqui a pouco, no CQC, Marco Luque de chapinha!!!

Ativismo Menstrual

ATENÇÃO, ATENÇÃO MULHERADA!
HOJE É A SEGUNDA VERMELHA!

Hoje é dia de celebrar o poder do ciclo, a inteireza feminina, nosso morrer e renascer mensalmente! Vamos nos conectar para viver, aprender, intuir e sentir o que somos - e sempre seremos: mulheres selvagens.

 
Veja aqui maiores detalhes do projeto (os porquês, os comos, os quandos e ondes): http://ayurvedaparamulheres.blogspot.com/2011/05/campanha-2vermelha-2011-1-milhao-de.html


Se você puder (e quiser), hoje as 20h acesse o link http://www.campanhasegundavermelha.org/  e acompanhe a transmissão da campanha 2ª Vermelha.



.::Realização Brasil::.

Coletivo
Clã dos Ciclos Sagrados

.::APOIO::.
Instituto de Cultura Hindu Naradeva Shala

Não-posse

A promessa de luz após a escuridão é vendaval que empurra os pés à frente.
Deixa o corpo ir e mantenha a mente firme
pois a liberdade intoxica e deixa o corpo em êxtase
mas tudo o que é necessário já está aqui.

Suspiro

E lado a lado, compartilhávamos o calor do rosto, o gosto da amizade
não sei dizer ao certo quando ou como nossas respirações se confundiram.
De repente felicidade seja simples... perder-me entre seus lábios
e viver apenas isso, tuas impressões em meus ouvidos
minha inteireza renovada entre sorrisos.
E algo inesperado, ainda questionado,
mas certamente merecedor de ser desfrutado.