quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Eternal repeat

Não consigo parar de ouvir esse mantra.......


Kali Durgue Namo Namah
Jai Mata Kali Jai Mata Durgue

Jai Maa!!!!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Desafio Literário 2012!

Atenção atenção!!!!Já estão rolando as inscrições para o Desafio Literário 2.012!!!
Clica aê no link e descubra tuuuuudo... prazos, temas, sugestões de leitura...

Ó, vou dizer uma coisa, os temas estão beeeem melhores do que deste ano, viu?



Mas...

... esta que vos escreve tem de informá-los que, neste próximo e fatídico ano, não participará deste Desafio... shame on me!

Em minha defesa digo que estou com uma pilha de livros na estante que já estão parecendo um bichinho de pelúcia de tanto mofo.... e infelizmente não se encaixam nos temas propostos! De verdade, preciso desenvolver estas leituras...

Sem contar o Desafio Agatha Christie que ficou relegado a um indigno segundo plano!

Mas divulgo e incentivo a participação de todo mundo. É uma iniciativa muito bacana, um jeito divertido de estimular a leitura nesse país tão analfabeto, só por Deus!!!! É também uma excelente oportunidade de conhecer as pessoas incríveis que deixam esse mundinho virtual cada vez mais interessante...

Aqui deixo os meus mais sinceros agradecimentos à galera organizadora do projeto. Vocês são demais.

E, como sou de gêmeos, sempre posso mudar de ideia.............

No âmago

Well, well... eu e Cortázar estivemos assim, enrolados, durante a última semana. E foi lindo. O cara é o gênio latino americano dos contos. Consegue transmitir uma densidade absurda em tão poucas páginas... Suas narrações vão levando a finais inesperados, devaneios de consciência alterada, e pontos de "virada" sensacionais!

É notável sua marcação de tempo; é como se ele traduzisse música e fotografia em letras.

As armas secretas traz apenas cinco contos, dois deles considerados o supra sumo de Cortázar: As babas do diabo (famoséeeerrimo) e O perseguidor.

"As babas do diabo" é o mergulho de um escritor num momento congelado na memória, um instante que ele criou diante dos olhos, mas que poderia ser qualquer outra coisa além do que imaginou...

"Então tenho que escrever. Algum de nós tem que escrever, se é que isto vai ser contado. Melhor que seja eu que estou morto, que estou menos comprometido do que o resto; eu que não vejo mais que as nuvens e posso pensar sem me distrair, escrever sem me distrair (aí vai passando outra, com as beiradas cinzentas) e recordar sem me distrair, (...)" p. 69

"Michel é culpado de literatura, de fabricações irreais. Não há nada que o agrade mais que imaginar exceções, indivíduos fora da espécie, monstros nem sempre repugnantes. Mas aquela mulher convidava à invenção, dando talvez as pistas suficientes para acertar a verdade." p. 70

Em "O perseguidor" ficou muito claro o amor do autor pelo jazz. Ele vai descrevendo a dissolução de um grande músico aos olhos de um jornalista, que é seu amigo mas ao mesmo tempo tem uma certa repulsa de toda essa mediocridade misturada com genialidade.

"Cartas de mamãe" tambem me impressionou. É perturbadora a angústia dos personagens diante da morte de alguém da família, sempre recordado pelas cartas da matriarca. "Os bons serviços" é no mínimo engraçado... a situação absurda em que uma senhora acostumada a serviços gerais na casa de ricaços se mete me fez rir um bocado!

Eu lí em algum lugar que "As armas secretas" é o ápice desse estilo fragmentado de Cortázar. É realmente o conto mais complicado de se acompanhar... um casal (e consequentemente a narrativa) em tempos diferentes... mas não é o meu preferido. Continuo fã dAs babas do diabo!

As armas secretas
Julio Cortázar
Ed. Civilização Brasileira
191 páginas

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Primeira vez

Comecei a organizar uma lista de 25 coisas que gostaria de fazer nesta vida. É um exercício capcioso, sabe? Estou na catorzima... empacada... mas o que tem me surpreendido é a possibilidade de autoconhecimento na elaboração dessa listagem.

Tenta fazer uma. No mínimo será divertido!

Daí que comecei a pesar os (milhares de) desejos, numa tentativa de definir o que é importante e indispensável para constar numa lista assim - que teoricamente me acompanhará pelo resto da vida, e por isso mesmo passei a observar algumas coisas que tenho feito na minha vidinha diferenciada.... rs.... e me surpreendi com a quantidade de "primeiras vezes" que tem aparecido pelo meu caminho!

Por exemplo, definindo um curto espaço de tempo: de hoje voltando até uns três dias atrás:
  • Fiz bife á parmegiana
  • Participei de uma cerimônia de Mahikari
  • Fiz vrishkasana soooozinha - e não morri
  • Plantei uma bromélia
  • Comecei aulas de canto - e descobri que sou meeeeega desafinada!
Me lembrou dessa experiência aqui, ó: 365 nuncas

Quanta coisa que eu fiz e nem tava registrando! Novas sensações, novos conhecimentos, descobertas!!!! A vida é linda, descabelem-se people.

Enfim, continuo na minha luta pra fechar as 25 coisas... talvez mostre à vocês. Talvez não.


segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Luzeiro

Imagem: Caio Braga

Prover seu sonho
morder sua pele
instar seu sopro
marcar seu lençol.

Beber da alma
(matar a sede)
inebriar os sentidos
perder o chão.

Sofrer seu êxtase
apaziguar seus desejos
dormir seu sono
velar seus mistérios.

Parir um novo sentido
ao iluminar seu rosto.

Brilhar possibilidades infinitas
ao amanhecer diante dos seus olhos
ao entardecer em seu umbigo.

Sebosa?

Então, estou com problemas. Graves. Sérios. Absurdos.

Não consigo ler os contos do Desafio Literário desse mês!!!! Eu até peguei o livro. E tô com bastante tempo pra fazer isso. Mas não consigo me concentrar de jeito nenhum.

O que me leva a duas conclusões: o livro é chato e eu tô sem paciência.

Mas como eu fui atrás do dito cujo e este é o penúltimo passo do desafio, fiz um esforço hercúleo para ler pelo menos o conto que dá nome ao livro - Bola de Sebo.

E abusada que sou, registro aqui a resenha e finjo que cumprí a meta do DL desse mês!

Guy de Maupassant foi um francês muito do safado que morreu de sífilis aos 43 anos. Antes disso escreveu romances sempre usando de situações psicológicas e críticas sociais. A sua produção de contos é fantástica! Prolífica e de excelente qualidade literária. O cara nasceu pra contar estórias de cunho realístico.

Bola de Sebo é o apelido de uma prostituta muito conhecida na época em que se passa o conto. Daí que a França está sendo invadida pelos prussianos e um grupo de cidadãos decide ir para o porto de Havre. Nesse grupo tem gente da nobreza, do clero e pessoas mais simples, além da nossa heroína que aparentemente não se encaixa em nenhuma dessas classes.

A viagem demora mais do que o planejado e, como todo mundo é gente humana, a fome aperta. E ninguém lembrou de levar um sanduichezim. Quero dizer, ninguém exceto a Bola de Sebo, né? Obviamente a gordinha não sairia pra fazer uma viagem dessas sem uma pequena cesta de piquenique!

Essa é das minhas!

Bom, com alguma necessidade básica cutucando os instintos ninguém se apega aos bons costumes. Logo todo mundo esquece o preconceito e aceita as gentilezas da prostituta que acaba dividindo seu lanchinho generoso com toooooodooooos os integrantes do grupo.

E a viagem que se tornou tão longa requer uma parada estratégica para descanso, num hotel dominado por um general alemão. O oficial que não é bobo nem nada sacou que nossa heroína é uma mulher assim, despachada, e exige que ela se deite com ele. ("Se deite"... rsrsrs.... que expressão mais antiquada!).

Mas Bola de Sebo tem brios. E diz não obrigada. Claro que o cara fica puto (sem trocadilhos por favor) e impede todo mundo de ir embora.

Taí o circo armado.

A nobreza, o clero e a pobreza ficam tão indignados quanto a prostituta, e apoiam a sua decisão. Mas com o passar dos dias começam a deliberar se seria assim, um sacrifício tão grande... partindo do princípio de que essa é a "profissão" da moça, porque ficar fazendo doce e prendendo eles lá?

E todos se unem numa estratégia maligna para que a prostituta ceda aos caprichos do inimigo. E ela acaba cedendo.

Pronto, estão todos livres para continuar o caminho!

E depois do sacrifício pelo bem do grupo, vocês não tem ideia do que os verdadeiros prostitutos fazem! Acreditam que eles passam a ignorar a coitada da Bola de Sebo? Chegam ao ponto de deixá-la com fome durante o restante da viagem, uma vez que na afobação da situação ela se esqueceu de preparar o lanchinho básico. E desta vez todo mundo lembrou de levar algo pra comer... e nem tchuns pra ela.

Putada.

Bola de Sebo e outros contos
Guy de Maupassant
Editora Globo
269 páginas

3 coisas que amo e 1 coisa que odeio

Amo amo amo manga madura...


.... amo demais da conta shows ao vivo e a cores....


.... amo muito café + nirdosh...


.... e odeio voltar da praia!!!


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Em estado de ovo

As vezes acontecem coisas que me fazem questionar a qualidade da vida, como um todo, sabe?

Fico imaginando os arqueólogos de 3.516 escavando nossos túmulos, tentando adivinhar como foram nossos dias... mesmo eles sendo resultado indireto dos nossos passos, saberão dizer o que regeu nossas escolhas?

E porque estou filosofando essa hora da manhã?

Porque durante meu café da manhã uma única frase mudou todo o meu pensamento sobre a força que rege a maioria das pessoas que vivem à minha volta: a solidão.

Dia desses um amigo me disse que daria tudo pra ficar sozinho. Eu o entendo, perfeitamente. Estou quase sempre sozinha. E adoro, de verdade. A solidão me fascina, uma boa companheira desde sempre.

Não me entendam mal. Sou um ser sociável de natureza, a humanidade é fascinante - para o bem e para o mal! Mas é tão cansativa... hoje em dia todos estão tão carentes que qualquer relação é meio vampiresca... necessário ter um tempo de "recarga".

Enfim, sou bem resolvida com a solidão.

Tem gente que sofre com ela, mas ok, se vira bem. Chora um pouco, se sacode e bora. Tenho vários amigos que se pudessem escolheriam uma vida mais "povoada", mas se adaptam como dá. A solidão é uma característica do tempo moderno... todo mundo a sente, em algum grau.

Algumas pessoas não se dão nada bem com ela. Não conseguem extrair do sofrimento nenhuma força que poderia movê-los para frente... nenhum prazer em contar apenas consigo, e entram numa neura autodestrutiva. Humor corrosivo, comportamentos de risco. Ficam chatos, amargos, sobretudo tristes.

Agora, tem uma galerinha que fica totalmente mala aberta. Você dá um sorriso e o povo se abre todo, contando desde o dia em que nasceu até o que aprontou na noite anterior. Vem aquela necessidade absurda de compartilhar, não interessa com quem.

Desses eu tenho um pouco de medo - eles atrapalham a minha solidão. E as vezes soltam pérolas que me deixam chocada por um booooom tempo. Tipo a frase que ouvi hoje cedo, durante meu café da manhã. O garçom, menino muito simpático, reclamando da vida solitária e sofrida (a família é do Ceará, mora sozinho aqui há um ano), diante do meu sorriso de 64 dentes (definitivamente preciso aprender a ser menos simpática) declara em alto e bom som:

"Moça, veja, estou cansado de sair, dar beijinhos, amassos aqui, e pronto. Desculpe a expressão, mas já estou cansado de dar o rabo à toa."

Eu sou uma lady. Mantive o sorriso sem mexer nenhum músculo.


Mãe India

Uma saudade louca e uma vontade de voltar correndo pra lá, toda vez que leio o blog da Carline!

Obrigada Chuchuzinha, por levar a gente junto contigo nessa viagem incrível!

Om Namah Shivaya

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Ai ai ai...

... tem dia que tudo o que a gente quer é apertar um desses....


segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Tiembla mi piel

Mas o Almodóvar, hein. Aff. No meio do filme e eu só pensando: pode isso, Arnaldo????

Pode? Pooooode?

Ele poooooode. Não está tão colorido, mas continua mutcho loco. Imaginem só o coitado do Antonio Banderas perdendo a esposa por causa das queimaduras causadas em um grave acidente de carro. E que a mulher estava fugindo com o irmão do marido, um bandidão safado, quando aconteceu o acidente. E que na verdade ela não morreu por causa do acidente em sí, mas sim por causa da aparência dela depois das queimaduras. E que ela na verdade se matou e deixou a filha doidona. E que a filha doidona teve que ser internada um tempão, e quando é solta acaba sofrendo uma tentativa de estupro - claro. E fica mais doidona ainda.


Ah, Almodóvar... quantas desgraças cabem nessa cabecinha brilhante?

Infinitas!

O Banderas é um médico muito do bom que, depois do caso de queimaduras graves da esposa, começa a criar pele artificial em laboratório. E fica tão obcecado por isso que ignora toda e qualquer princípio moral ou ético. Ele cria a pele perfeita, e usa um paciente como cobaia. E esse paciente é in - tri - gan - te!

E vai chegar um momento que você irá dizer "Não creio que ele fez isso!!!" Sim, ele fez!

Almodóvar rules. A pele que habito é sensacional.

domingo, 13 de novembro de 2011

Ruminantes

Eu sou um ser que abusa do direito de ir e vir. Venho e vou o dia inteiro. A pé, geralmente - andar é um excelente exercício!

Mas não era isso que eu queria dizer, péra.

Ah não, era sim. Queria dizer que estava eu andando pela avenida Ibirapuera (aquela mesma do dia da roupa ridícula), andando muito, sob um sol deveras caliente, tipo, fritando ovo na testa. Desidratando a cada passo. Considerando mudar para o Pólo Sul. Invejando os mortais sob um teto. As velhinhas sob um guarda sol. Os ricos e famosos em seus caixotes condicionados. Tá, essa parte é mentira. Odeio ar condicionado com todas as minhas forças.

Mas o que eu vejo?


Uma mulher de biquini! E não é miragem, não. Uma mulher de rua trajando um biquini cortininha e chinelo havaianas. Outfit esquisito pra São Paulo e perfeito para o clima.

E eu, que além de andarilha sou pensadora sem noção, me pego na seguinte elocubração:

A mulher não tem absolutamente nada. E neste minuto as pessoas olham pra ela querendo estar como ela está. Ou seja, neste momento, neste espaço, ela tem tudo.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Bom dia MESMO.

Acordei com o cão no corpo!!!




E a trilha é essa aqui ó.

Você tem um cigarro?

E por causa da Lua Cheia
perco horas em suspiros e contemplações.
Por ela, me desfaço em sonhos claros
em desejos consumados
em surpresas absurdas...

... e abrindo a porta com tanto cuidado, vou me esgueirando suavemente...
saindo assim nas pontas dos pés... fugindo da realidade e entrando no sonho
e já tremendo, já vivendo beijos intensos
imaginando o seu gosto enroscando no meu,
prevendo os movimentos das suas mãos, e das minhas,
sentindo esse perfume que me mata aos poucos...

... nesse encontro tão improvável não consigo conter o riso
e percebo que nesse pensamento somos felizes
fatalmente cúmplices e incrivelmente vivos.
Por causa da Lua, estamos aqui, unidos...


... mas se é tudo invenção,
porque sinto seu perfume entre meus dedos?

Pergunta valendo...

.... meio ponto: se eu estourar algumas pipocas agora vocês acham que meu irmão (que foi se deitar há duas horas) irá achar ruim?!


Ai que vontade que dá...

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Põe o dedo aqui

Hoje esta que vos escreve foi transferir o título de eleitor. Dez anos após a mudança de endereço... sou ágil pacas, sabendo.

Cheguei cedo. Demais. Estava fechado. Fui pra padaria da esquina comer um queijo quente, tomar um suco, e um sorvetim pra rebater. Ouvi várias músicas no mp3 (e cantei junto). Fiz 'mizade com os manobristas. Voltei ao cartório e, para minha felicidade, estava aberto e vazio.

Documentos, assinaturas, confere aqui, confere alí, vamos tirar suas impressões para a biometria. Hein?!

Ao que parece, num futuro não muito distante iremos votar usando somente nossas impressões digitais. Não pude deixar de visualizar toda a população brasileira taxada como uma grande massa analfabeta. Tá certo, bora gravar os dedos na maquininha - pelo menos não suja mais os dedos.

Mundo mudérno.

I´m tired of routine too. Where are my matches?!


Coisas da flor do Lácio...

Coisa é a palavra mais incrível ever!

Já parou pra pensar como a coisa resolve a vida? Substitui perfeitamente nomes próprios, substantivos, adjetivos, vocativos e interjeições! E tem mais, dá pra conjugar! Dá pra variar conforme o gênero! E todo mundo entende!

É uma coisa incrível!!!!

Don´t worry... be happy!

Eu tenho o péssimo hábito de me trocar no escuro. É que a ideia de abrir a janela ou acender a luz assim que eu saio da cama não me apetece... e geralmente dá certo, sabe? Mesmo que as vezes eu saia com uma meia de cada cor, o resultado geral é aceitável.

Daí hoje acordei mais sonsa que o normal. Deve ser resultado da festinha de ontem... enfim, acordei sonada e além de me trocar no escuro, o fiz de olhos fechados. Tipo, aproveitando pra dormir até o último segundo.

E quando despertei, mais ou menos umas dez da manhã no meio da avenida Ibirapuera, olhei pra baixo e... dei muita risada!!!!

Realmente... a partir de hoje estou mudando todo meu guarda roupas para preto. Sabe como é, minimizando riscos.



quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Hoje

Acordei com o sol invadindo as frestas da janela. Barulhos na cozinha, cheiro de café. Alguém está cantando no chuveiro.

Hoje a vida solitária deu um tempo e o vozeirio enche os cômodos desde cedo. A doçura me acolhe com beijos e "bom dias" calorosos. Eu que nem me lembrava do próprio apelido, me vejo assim, descabelada, acalentada, e incrivelmente feliz.

A solidão me fascina, a autonomia me compraz. Mas um dia ou outro me aconchego entre os braços dela, sob o queixo dele, e nutro minhas fibras, sorvo da seiva que me impulsiona cada vez mais alto, e mais longe.



Provérbio árabe

“Não digas tudo o que sabes
não faças tudo o que podes
não creias em tudo o que ouves
não gastes tudo o que tens

porque quem diz tudo o que sabe
quem faz tudo o que pode
quem crê em tudo o que ouve
quem gasta tudo o que tem

muitas vezes diz o que não convém
faz o que não deve
julga o que não vê
gasta o que não pode”


terça-feira, 8 de novembro de 2011

Politiquices

Mas aí eu inventei de ler um livro do Ismail Kadaré. Aquele que escreveu o livro que inspirou Abril Despedaçado. Assistiu? É bom. Triste, mas bom.

Eu vi e gostei. E tive a brilhante ideia de ir até a fonte. Borbolentando pelo Centro Cultural me deparei com esse título aqui ó:


A filha de Agamenon e O Sucessor. Dois em um. Melhor impossível. Mas aí... ai ai ai....

Você sabe onde fica a Albânia? Fica aqui ó:


Pertinho da Grécia, da Itália e de Kosovo, incrustrado na Península Balcânica. Foi lá que nasceu o autor. E ele cresceu durante a Segunda Guerra assistindo toda a desgraceira que se abateu por lá. Claro que tudo isso foi parar direto na obra.

Ou seja, história densa, política, pesaaaaaada. Difícil leitura. Nada apaixonante. Aff que sofrimento. Preciso confessar que quase larguei o livro pela metade umas duas vezes... mas sou brasileira e não desisto nunca! Fui até o final e não mudei de ideia. Não gostei.

Começa com A filha de Agamenon. Basicamente as reminiscências de um jornalista sobre o final do namoro com a filha de um dirigente comunista. O relacionamento deles poderia atrapalhar a carreira do pai, então eles dançaram. Segue em O Sucessor, quando o dirigente já está num momento mais importante e comete um suicídio. Ou é assassinado. Essa é a grande questão dessa segunda parte, bem mais interessante. E contando sobre essa dúvida o autor nos posiciona sobre as estratégias políticas, golpes de estado, intrigas e tiranices dos ditadores em geral.

Enfim, pra quem gosta de politicagem e fatos reais misturados com ficção, é prato cheio.

A filha de Agamenon/ O sucessor
Ismail Kadaré
Companhia das Letras
217 páginas

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Pão & Poesia


E se eu contar pra vocês que lá em Contagem, Minas Gerais, os pãezinhos vendidos nas padarias vêm dentro de um saquinho lindo e cheio de poesia?


E foi um moço chamado Diovvani Mendonça o brilhante mentor da ideia que desde 2.008 encanta e enche as manhãs mineiras de cultura e poesia...


Como fotógrafa sou uma excelente escritora!!!

Divulgando artistas convidados ou inscritos nesse projeto que recebeu o apoio da Secretaria de Cultura de Minas Gerais, e que agora tenho o prazer de compartilhar com vocês!

 Simples e genial.

Coisa boa!

Hoje foi dia do Projeta Brasil - il - il!

Tá, eu deveria ter avisado antes né? Agora Inês já era... só me resta contar para vocês como foi.... rs....

Funciona assim: um dia todim de cinema nacional na Rede Cinemark a R$ 2,00 a sessão. Dependendo do filme, pechincha hein? Aproveitei para assistir ao novo do Selton Mello - o único ator/ diretor nacional que me arrasta para o cinema.

E fui bem feliz, viu?

"O palhaço" é sensível, engraçado, envolvente, emocionante. Sou suspeita porque adoro circo e adoro Selton Mello. Mas já ouvi outras boas opiniões. Então vai sem medo de ser feliz. É nacional (sim, sou preconceituosa) mas é bão!

Olha o trailer pra dar um gostim:


Selton é o palhaço Pangaré, filho do dono do circo e sofrendo de crise existencial. Gente, um palhaço em crise é triste, mas tãaaaaaaaao engraçado.... o cara cheio de responsabilidades e meio perdidão na vida, fazendo os outros rirem mas cheio de tristeza na alma.

As vezes tudo o que precisamos é de um sabático. Um tempo só pra olhar a vida e voltar a se conhecer.

Sabático

As vezes é preciso tomar distância para entender o que está acontecendo em volta.

O caminho é o mesmo, mas a forma de absorver o mundo é diferente a cada passo. E o que me faz feliz vai mudando junto...

Necessário ajustar os mapas de navegação. Sacudir as ideias velhas e seguir em frente. Sempre em frente.


domingo, 6 de novembro de 2011

O caso da caneta de ouro


"Chamo este de o caso da caneta de ouro. Na verdade é sem mistérios. Mas meu ideal seria escrever alguma coisa que pelo menos no título lembrasse Agatha Christie."

Preciso dizer que eu quase caí da cadeira quando lí essa crônica?

É Clarice, by the way.

Na zona

Vocês já ouviram falar da Zona Cerealista? É um lugar... esquisito. Mas bacana. Fica atrás do Mercado Municipal de SP. Toda vez que vou lá (coisa de uma ou duas vezes por ano) sempre fico beeeem feliz.

Porque lá encontro coisas integrais, naturais, turbinantes e o melhor: a um preço justo.

Eu perdidona entre tantas opções

Geralmente tudo o que eu procuro encontro no Empório Roots, então vou direto pra lá. Mas tem várias opções de lojas, tem que ir e fuçar até encontrar o lugar onde você se "acha" mais fácil. Porque é uma doidera de tantos produtos, galera.

Vegetarianos e naturebas em geral, tá aí a dica onde comprar alimentos integrais sem deixar as calças no Pão de Açucar!!!

Pooooor falar em naturebas..... tem uma casa de sucos na Galvão Bueno que, olha, nem sei definir... vou mostrar pra vocês:

Melancia com gengibre... ameixa com água de coco... caqui com laranja... oba oba oba!!!

Olha o tamanho dessas melancias!!!!

Laranja é hors concours né?

Tem várias opções de misturebas, uma melhor que a outra. E o copo é gigante... meio litro!!! Sensacional!

Não sei o número... mas descendo a Galvão Bueno, uma casinha mega simples de esquina, com um monte de coco verde pendurado na porta. Inconfundível. Se passar por lá não deixe de provar, vale a pena.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Bomba!

Sou professora de yoga. Levanto mega cedo, tomo um café bem leve e saio pra vida: mochila nas costas, som na orelha e sol de leve no rosto. Bora trabalhar!

As aulas da manhã não são tão puxadas... mas de qualquer forma quando chego em casa, geralmente, tô com uma fome monstro!!! Hora do segundo café da manhã do dia.

Ultimamente tenho brincado com uma pequena bomba caseira, show de bola, sustenta muito e me dá bastante pique. Divido aqui com vocês.... mas vão devagar porque quando digo bomba, não estou brincando! Se o máximo de exercícios que você faz no dia é levantar pra pegar um copo d´água, passe longe!!!

Mas se você é virado no jiraya como eu (correndo o dia todo e procurando respirar conscientemente durante a correria), vai fundo. Sem medo de ser feliz.

Apresento-lhes ooooorgulhosamente:

Dica de café da manhã estilo Taliban

4 colheres de sopa de granola
2 colheres de sopa de aveia misturada com gérmem de trigo
1 colher de chá de guaraná em pó
1 colher de chá de levedo de cerveja
1 colher de sopa de colágeno em pó
1 pitada de canela
3 tâmaras picadas
1 colher de sopa de linhaça (pode ser o grãozinho, mas tem que mastigar bem)
1 banana nanica picada
1 colher de sopa de mel
Punhado de uva passa
Leite desnatado ou de soja a vontade

Sem medo de ser feliz feliz felizzzzz!!!

Agora beijo tchau que preciso dar as aulas do meio dia!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Filme du bão

Não sou muito fã do McConaughey não... acho que ele sempre faz variações do mesmo personagem, sabe?

Mas o roteiro desse filme é tão bom que dá até pra relevar o protagonista! E tem a Marisa Tomei, linda e sempre perfeita.

Filme de suspense, trama detetivesca. O cara é um advogado contratado pra defender um filhinho de papai. Acontece que o moço é sinistramente esperto e consegue amarrar o advogado numa intriga maluca. Ó - te - mo!


Nada que você diga no final "noooossa que final surpreendente" mas mesmo assim, um filme du bão.

Pensando bem...

... luxo não é comprar marcas descoladas, usar a cor da moda, pintar as unhas com esmalte Chanel.

Definitivamente não é ter sempre o último aparelho celular, trocar de carro a cada novo lançamento, tirar férias uma vez por ano. Luxo não é encher seu filho de presentes para que ele não perceba a sua ausência. Por falar em presença, luxo não é participar de todas as festas, aparecer em todos os canais.

Luxo mesmo é a liberdade.

Pra ficar alguns minutos sob o sol da manhã. Pra passar uma tarde ajeitando a roseira maluca que insiste em brotar pra todos os lados. Pra sair, ou ficar em casa, dependendo da vontade do seu corpo. Pra pintar o cabelo de azul, pra vestir uma camiseta amarela, pra beijar quem a alma deseja, com ardor.

Luxo, de verdade, é tempo.

É ter tempo pra cozinhar a própria comida, e comer tranquilo sem nada atrapalhando o momento. Pra estudar, ler, escrever. Pra prosear com os amigos. Pra malhar e cuidar do corpo. Pra rezar e cuidar da alma. Pra meditar e cuidar do espírito.

Luxo, sem dúvidas, é ter saúde.

Pra brincar com os filhos, os sobrinhos, os netos. Pra viajar todos os dias, nem que seja na maionese! Pra aproveitar bem a liberdade, o tempo, a vida.

Luxo é saber tirar o melhor da vida em sociedade sem que ela limite os seus passos - seu estilo, suas crenças, suas vontades.