terça-feira, 19 de julho de 2011

So sad

Aí D. Agatha postou-se em sua escrivaninha em estilo vitoriano, olhou pela janela à sua frente e pensou:

"Ah, que se dane. Já escrevi um putamerdaquelivrosensacional. Agora vou dar uma enrolada". E assim nasceu Cipreste Triste!

É minha gente, não espere que os gênios sejam geniais todos os dias. Assim como nós reles mortais acordamos com dia de cabelo Bozo, os gênios acordam em dia de neurônio cansado. Super normal.

Aí o que a preguiçosa fez? Contou a mesma história que já havia contado alguma vez lá atrás, numa visão diferente. E antes que perguntem em qual livro, mesmo que eu me lembrasse do título não diria porque esses dias levei uma bronca ao contar o final de um enredo resenhado. Pois é, a censura chegou neste blog!!!

Mas sem crise.
Aí acontece assim: uma mulher está em julgamento, acusada de ter matado uma mocinha por quem o ex-noivo (que não era ex na época) se apaixonou. E tem um doutor que corre atrás do Poirot e pede que ele faça um milagre e consiga que a acusada seja absolvida - sendo ela culpada ou não. E o nosso cabeça de ovo preferido aceitou a incumbência. Isso eu achei bacanudo, é o jeito Agatha de surpreender o leitor. Quem diria que o detetive empoado iria se meter num absurdo desses...

Mas aí ela fica meio que rodeando o drama da acusada, descrevendo situações na 3ª pessoa, tão chaaaaato... contando sobre o julgamento, os depoimentos... não tem jeito, quando não caio de amor pelos personagens não lhes dou muito crédito.

Sabe quando o Poirot reúne o circo todo pra dramatizar a solução do caso? Pois é, não teve. Chaaaaato...

Cipreste Triste
Agatha Christie
Editora Nova Fronteira
204 páginas
Nota: 2/ 10

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