sexta-feira, 1 de julho de 2011

Eu sou Mulher

Nossos úteros como caldeirão:
remexemos entranhas e poções
geramos vidas e sonhos
enfeitiçamos olhares que acompanham
o ondular dos quadris.

Nosso seio alquímico
transforma sangue em leite
choro em gozo
num mistério revelado
num momento espiralado
quando a Lua se esconde no céu
e adentramos o caminho sangrento.

O sangue poderoso ofertado à Terra
o abraço quente que nos une em círculo
e as vozes que se levantam em única vibração
"Eu me curo quando curo a outra"
essa é nossa reza, nossa fé
nosso clamor enluarado, nosso luto dolorido
e nossa libertação.

E louvando corpo, mente, espírito
glorificando o Poder Manisfesto
o amor da Mãe, a força da Mulher, a sabedoria da Avó
tantos nomes, tantos lugares, tanto tempo
e sempre o mesmo, Divino Útero,
e todas Elas, em Mim.

Honramos umas às outras, reconhecendo o próprio rosto
no olhar Daquela que abraça à direita
recebendo o calor Daquela que está à esquerda
nos fortalecendo no Círculo.

Ahow!!!!

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