domingo, 25 de dezembro de 2011

Les cinq cochons

"Há dezesseis anos uma mulher fora condenada por assassinar o marido. Ao morrer na prisão, deixou uma carta para sua filha de cinco anos, Carla, afirmando sua inocência.
Carla sabe que precisa do melhor detetive do mundo para esta missão quase impossível: revolver o passado à procura do verdadeiro assassino, para limpar o nome da sua mãe inocente."

Tchan tchan tchan tchan! Eu posso ouvir a trilha do Missão Impossível enquanto leio estas linhas. Você não? O melhor detetive do mundo, of course, é Poirot. E a partir de uma cantiga de ninar inglesa e vai lá e pimba! Nem os mortos estão livres da sagacidade do personagem.

Caroline é casada com Amyas, pintor genial e mulherengo. Ele leva Elsa, sua nova musa, para passar uma temporada na casa deles enquanto termina o retrato dela e... termina envenenado. A culpa é da esposa, claro, que não suportou a ideia de ser trocada. Ooooou será que não?!

Poirot primeiro vai falar com os responsáveis pelo caso. Os advogados de acusação e defesa, o juíz, o superintendente da polícia. Depois vai atrás dos participantes da tragédia, os "cinco porquinhos":

Philip Blake, o melhor amigo da vítima, é o porquinho que foi ao mercado. Direto, bem sucedido, enérgico e uma pontinha de ressentimento que a gente só descobre lá pro final do livro.

Meredith Blake, irmão de Philip, é o porquinho que ficou em casa. Pacato, resignado, sem vontade própria, dono do veneno que foi administrado pra vítima. Um velhinho sem graça.

Elsa Greer, a última musa e amante, é o porquinho que comeu rosbife. Calculista, subiu na vida através de vários casamentos bem planejados. Linda, vigorosa, e (aparentemente) o motivo do crime.

Cecilia Williams, a governanta, é o porquinho que não ganhou nada. Mulher forte, simples, responsável pela educação da irmã mais nova de Caroline. Apesar de sua vida não ter mudado nada com a sequência dos fatos, o que viu mudou completamente o rumo da história.

Angela Warren, irmã de Caroline, é o porquinho que gritou. Na época do crime era uma adolescente geniosa e amada por todos. Mimada ao extremo pela irmã que se sentia em dívida por ter desfigurado um lado de seu rosto num acesso de fúria quando criança.

Tomados os depoimentos, o cabeça de ovo pede que todos porquinhos escrevam a sua versão dos fatos - e aqui está a especialidade da dona Agatha: através de cada narrativa ela imprime o caráter de cada um dos personagens, e cruzando essa análise psicológica com os dados relatados pela polícia no início do romance chegamos à conclusão, surpreendente.

E já vou avisando que são dois sustos! Prepare a água com açucar!
 
Este porquinho foi ao mercado
Este porquinho ficou em casa
Este porquinho comeu rosbife
Este porquinho não ganhou nada
Este porquinho gritou "cuim, cuim, cuim..."
 
De tanto falar em porquim porquim porquim lembrei desse vídeo aqui ó:
 

Um comentário:

  1. Só para varias: sempre me surpreendendo heim... Bom ano para você lindona!!!

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