domingo, 18 de dezembro de 2011

Flanando

Sigo borboletando entre as prateleiras. Algumas lombadas pedem o toque dos dedos, outras conseguem me fazer parar. Olhos ocupados e mente longe quando a solidão assalta o peito.

A solidão é uma companheira exigente. Instiga brotar da alma a essência do silêncio, o equilíbrio cultivado entre risos e lágrimas pela aceitação do que se é. As vezes ela é dura demais e eu fujo. Me escondo nas multidões e me perco entre os corações alheios da minha presença. Libertador.

Diante de tantos pensamentos, me confesso. Perante as letras, me redimo e na entrega, me encontro. A solidão me fascina e volto logo aos seus braços (tão meus). E no lento inspirar e expirar existimos em uníssono... e isso nos basta.



2 comentários:

  1. Alan Rodrigues de Carvalho22 de dezembro de 2011 às 00:50

    Tem uma escritora aí. E dá pra ser profundo com bem pouco.

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  2. É, ela fica escondida debaixo de um monte de baboseiras!!!! As vezes a gente vislumbra alguma coisa... mas tem que prestar muita atenção!!!

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