O sol batendo na cara, as rugas vincando, e continuamos andando.
Com pés cansados, coluna curvada, roupa rasgada, caminhamos.
Seguimos porque é preciso. Continuamos porque somos impelidos.
Desenhando na areia nossos passos, o peito ardendo e a boca seca.
Deixando para trás atalhos e desvios, olhos úmidos, corações partidos.
Quebramos os copos, rasgamos as fotografias.
Buscando não sabemos bem o que, mas buscando seguimos.
Mesmo sabendo do sofrimento
de tentar apagar a paisagem que se torna morna debaixo do sol escaldante
de deixar para trás rostos conhecidos.
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