sábado, 26 de maio de 2012

Hickory, dickory, dock

Achei realmente fascinante a forma como Poirot se enrolou numa série de pequenos roubos ocorridos numa república estudantil.

A secretária dele cometeu três erros numa carta. Não é um absurdo??? Poirot ficou tão intrigado, mas tão intrigado, que resolveu olhar pra ela! E percebeu que ela era gente humana como qualquer outra gente humana! E que talvez estivesse com alguma preocupação... e o que seria?

E o que seria é que a Sra Hubbard, irmã da srta Lemon (a secretária super eficiente de Poirot) está com algumas dificuldades na administração da pensão de estudantes. Coisas esquisitas estão acontecendo... sumiram lâmpadas, bijuterias, maquiagens... uma mochila e um cachecol foram encontrados aos pedaços...

Poirot, bruxo como ele só, escuta essa estória, pede a lista de coisas desaparecidas e já sabe que vai rolar um crime. Claro que não fala nada pra Sra Hubbard senão matava a véia, mas foi até lá pra conhecer os estudantes e deixar o seu recado: "se alguem aqui estiver pensando em cometer um crime, não cometa."

Você já falou com um adolescente? É mais ou menos assim:

- Coloca uma blusa que vai fazer frio.
- Tá bom.

E o cara vai embora sem a blusa. Porque ele sabe que não vai fazer frio nada. E depois faz frio e ele se ferra, mas c´est la vie. O que eu quero dizer é que assim que Poirot vira as costas, alguem é suicidado. E enquanto Poirot e o policial responsável pela investigação vão costurando a lógica dos pequenos roubos, mais alguns crimes acontecem. Mas no final tudo é revelado - como sempre. Um caso do passado e uma ousadia juvenil.

Tive a sensação de finalmente estar lendo algo "fresco", depois de tantos livros lidos seguidos, da mesma autora.

Morte na Rua Hickory
Agatha Christie
Ed. Nova Fronteira
150 páginas
Nota: 7/ 10

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