domingo, 13 de maio de 2012

Conto da fada

A Casa da Mãe é um lugar mágico. Lá as feridas se curam e os problemas desaparecem entre afagos, beijos e bronquinhas. Porque na Casa da Mãe você perde a autoridade, a altura, o título. A Casa da Mãe não tem medo da diretoria.

A Casa da Mãe tem seu cheiro próprio - você abre a porta e já sabe que tem café fresco, bolo no forno, almoço de rei. Odor de presença, de limpeza, de realidade desejada.

A Casa da Mãe tem sempre uma cama quente, uma toalha limpa, uma comida da infância e uma lembrança de que já passou, já passou.

A Casa da Mãe é iluminada, mesmo que o sol tenha se escondido, mesmo que a chuva tenha caído. Tem um brilho que se esgueira pelos cantos e revela detalhes poéticos e saudades.

Saudades... a Casa da Mãe as vezes tá alí no peito, na moldura. E umedece os olhos, mas aquece o coração, porque reconhecesse a honra e o privilégio de um dia ter estado por lá.

A Casa da Mãe funciona como uma orquestra. A maestrina rege com o olhar e a sinfonia encanta pela simplicidade.

Só me resta fechar os olhos e absorver a obra com todos os poros.

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