Nesse frio.... aperta o play:
segunda-feira, 30 de abril de 2012
sábado, 28 de abril de 2012
Os abernethies
Eita. Foi é?
Todo mundo protestou, e todo mundo ficou com a pulga atrás da orelha - principalmente o advogado responsável pela partilha. E é ele quem inicia uma investigação suave, assim, como quem não quer nada... até que a responsável pela observação bombástica é assassinada. Desta vez sem sombra de dúvidas. Com uma machadada no meio da testa.
Sutil.
Agora não tem jeito, melhor chamar o Poirot, né não? Mas de leve, porque o advogado não é da família e ele não tem autoridade para tanto. E lá vai o cabeça de ovo se infiltrar na mansão dos Abernethies, disfarçado. E descobre-se que, pra variar, todos têm um segredinho - mas nem todos os segredinhos são assim, tão absurdamente periculosos que justifiquem envenenar o patriarca, assassinar a tia que fala demais, e tentar envenenar a dama de companhia da tia faladora. É, quase rola mais um corpinho na parada.
Engenhoso... realmente não dá pra sacar what´s really happening! Porque talvez um dos crimes não tenha acontecido! Ah que difícil... e quando Poirot faz aquela cena final que ele adora, sabe, de juntar todo mundo pra revelar a verdade afinal, só então lembra-se das várias referências que a autora espalhou pelo texto. É gente linda, presta atenção que está tudo lá.
Realmente engenhoso. Mas o motivo do crime é meio frustrante, na verdade... enfim, não se pode ter tudo!
Depois do funeral
Agatha Christie
Ed. Círculo do Livro
226 páginas
Nota: 8/ 10
Você encontra em:
Desafio Agatha Christie,
Livros
A boa dica do final de semana é:
sexta-feira, 27 de abril de 2012
Pensando exatamente assim!
Mares tranquilos não fazem bons marinheiros
Hoje a palavra do meu dia foi entrega.
Sabe, tem dias em que tudo é mais difícil. O humor não ajuda, o corpo incomoda, os julgamentos estão afiados, auto estima no pé, a cabeça a mil. Os problemas de sempre crescem absurdamente e tem-se a sensação de que nunca serão transpostos.
Dias assim em que nada ajuda. A roupa não combina, a cafeteira não funciona, a água não esquenta, a existência alheia irrita.
Gente, a vida não é bolinho, e as vezes é assim, vocês sabem bem! Todo mundo já teve um dia de Michael Douglas... e a gente sabe que esse filme não termina muito bem... Então pra que surtar? Brigar, perder o centro, esquecer o rumo?
Por que não aproveitar tudo o que é praticado exaustivamente sobre o mat? O yoga acontece a cada respiração, e se você prestar atenção vai perceber que todos os asanas tem um sentido maior, muito além dos limites do entendimento de cada um.
E é ali, quando estou numa postura não necessariamente complicada mas que não me é agradável, bem, é exatamente disso que estou falando. Quando paro de me desafiar, de me testar, e simplesmente me entrego ao movimento da respiração, à minha própria limitação, e relaxo as tensões, finalmente posso entender o que tornava a postura tão incômoda. E a impermanência finalmente alcança seu real significado.
Entregue-se. Esse momento ruim vai passar. É chato, dá vontade de correr para o colo quente e cheiroso da mãe, mas vai passar. Relaxe suas fibras, respire fundo, entregue-se. Provavelmente é uma situação que vai te fortalecer de alguma forma. Ou quem sabe amolecer um coração que endureceu levando golpes da vida... mas você só vai conseguir enxergar essas nuances se estiver consciente do seu momento. E tranquilo, sabendo que tudo vai passar.
E qual foi a palavra do seu dia?
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Só chove, chove
São Paulo é assim: cai uma gota d´água do céu e o trânsito para automaticamente. De uma eficiência incrível. Caiu em cima parou embaixo. E daí não adianta chorar e não tem pra onde correr... bota o som na orelha, puxa a dona Agatha e desencana. Você vai se atrasar mesmo, relaxa.
E estava eu lá, com esse livro cá... e fooooooooi.
Agora que finalmente cheguei no conforto do meu lar, vou contar para vocês como fooooooooooooi. Ease going, rápido, fácil e indolor.
Uma amiga de infância de Miss Marple pede para que ela vá passar alguns dias com a irmã pra checar o que está acontecendo... tem algo esquisito rolando mas ela não sabe exatamente o que é. Só sabe que Carrie Louise, a irmã, está correndo perigo. Intuição feminina rules.
Lá vai a nossa velhinha fofoqueira esperta inocente e simpática! E Carrie Louise mora numa mansão horrenda, onde o marido dela, Lewis Sbrubbles, montou um centro de correção para jovens marginalizados. Oi? Cem deliquentes dormindo no quarto ao lado?!
É. E quem mais?
Mais a filha, a neta, o marido da neta, dois enteados, a governanta e um jovem reformado e recrutado como secretário particular do marido. Grupo estranho, casa estranha, festa estranha com gente esquisita... daí chega o irmão do ex-marido de Carrie Louise (ele faz parte do quadro de diretores do centro de correção) e, durante uma briga dramática entre Lewis e o secretário, esse cara é assassinado - em outro ponto da casa, sinistro. E já no início da investigação descobre-se que alguem está envenenando Carrie, e o ex-cunhado sabia... obviamente esse é o motivo de seu assassinato, então.
Então tá. Você acha mesmo que nesse lugar esquisito com essa gente meio maluca o motivo seria algo assim, tão simples?
Ah! E vou contar pra vocês que meu dia foi péssimo... nada deu certo! Desde acordar com o cabelo torto (manja bonequinho de playmobil quando o cabelo desencaixa? Pois é) até ficar com a chave presa no portão do lado de fora do estúdio debaixo de uma chuva torrencial. E entre um fato e outro absolutamente tudo deu errado. Imagine uma cagada: sim, me aconteceu hoje.
Mas eis que Dona Agatha me salva o dia!!!! Ui!!!!! Além de me acompanhar durante o longo trajeto crowdeado, ela criou uma cena de crime diabólica, inteligente, eeeee.... perfeitamente "adivinhável" para a minha pessoa!!! Ou seja, apesar de tudo estou me sentindo genial: eu sei quem matou e como foi feito!
É peoples beautifuls, eu sou um gênio.
Um passe de mágica
Agatha Christie
Ed. Nova Fronteira
190 páginasNota: 6/ 10
Você encontra em:
Desafio Agatha Christie,
Livros
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Flanando
Entre um compromisso e outro tive um tempinho para fuçar nas revistas e tomar um frapuccino (minha nova mania) na Fnac de Pinheiros.
E folheando a TPM me deparo com a resenha de um livro chamado Acabadora, de Michela Murgia. Ela, italiana, é a sensação do momento em seu país. A estória parece intrigante, mas não foi isso que me fez sentar aqui e escrever estas linhas.
O que realmente me chamou a atenção foi uma pequena entrevista com a autora. Ela disse que antigamente o nosso olhar para o fato de nascer, ficar doente, morrer, coisas naturais da vida, era diferente. Isso tudo acontecia em casa, na família, o contato era próximo e comum. E hoje em dia nos distanciamos disso tudo. Nascemos e morremos em hospitais, assistidos por profissionais da saúde, algo impessoal e desprovido da aura de "naturalidade". Porque não tem nada mais natural do que morrer, minha gente!
Não são estas palavras exatas, mas o sentido é mais ou menos isso aê.
Bárbaro.
Michela Murgia, simples e brilhante.
McGinty, Carpenter, Oliver, Crabs...
Confesso que confundiu-me. Dona Agatha se empolgou nos nomes, dessa vez... e é gente que já morreu, mas deixou filhos, gente que casou e mudou de nome, gente que fugiu e também mudou de nome, filhos adotados que mudaram de nome... não sabia nem quem eu era mais, quando terminei a leitura.
Tudo isso exposto depois que a Sra. McGinty muórreu. De morte assassinada. E o assassino foi preso, julgado e condenado... mas o inspetor que conduziu as investigações ficou com a pulga atrás da orelha e foi jantar com o cabeça de ovo bigodudo.
O motivo da pulga? O réu não era vaidoso suficiente. Tá bom pra você? Pro Poirot tava e lá foi ele investigar.
Achei demais a sacada da autora de hospedar o chato do Poirot numa pensão terrível! Tudo bagunçado, com cachorros correndo pra lá e pra cá, os donos largando as coisas em qualquer lugar (Uma tarde ele entra na sala e se depara com uma bacia de espinafre sobre um sofá) e a cozinheira se virando com os desastres tipo "bom, se queimar o pudim poderemos abrir aquele pote de geléia do ano passado. Tem um pouco de mofo, mas oras bolas, é penicilina pura". Sen - sa - ci - o - nal!!!
De resto, muita interação com esse monte de gente com diversos nomes - a assassinada era diarista, trabalhava cada dia numa casa diferente e o detetive teve que falar com todos. Por um golpe de sorte descobre que a Sra. McGinty talvez soubesse de algum segredo excuso de um dos moradores da cidadezinha.
Verdade seja dita: tive preguiça de acompanhar atentamente a intriga. Mas calma calma que no final dá tudo certo. Sempre dá.
A morte da Sra. McGinty
Agatha Christie
Ed. Nova Fronteira
215 páginas
Nota: 4/ 10
Você encontra em:
Desafio Agatha Christie,
Livros
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Ohyeah!
Paraíso é aquele lugar onde o humor é britânico, os cozinheiros são
franceses, os mecânicos são alemães, os amantes são brasileiros e
tudo é organizado pelos suíços.
Inferno é aquele lugar onde o humor é alemão, os cozinheiros são
britânicos, os mecânicos são franceses, os amantes são suíços e tudo é organizado
pelos brasileiros
E num domingo chuvoso...
... eu e Mr. Eco terminamos a nossa relação! Foi bom enquanto durou...
Esta última cria de Mr. Eco não tocou o meu coração tanto quanto O nome da Rosa ou Baudolino, mas é porque o autor usa de um momento histórico que não me é muito familiar. Aliás, essa é a graça (e a perdição) de Mr. Eco: fazer milhares de referências sobre conhecimentos gerais. E se você não conhece as referências, well, você bóia.
Não boiei porque eu sou metida.
Daí temos Simonini e Dalla Piccola numa situação muito esquisita: quando um acorda o outro não está lá; quando o outro acorda, o um não está lá.... a casa de ambos é conectada por um corredor compriiiiiiiiido e escuro... e eles se examinam mutuamente e têm a leve impressão de que são a mesma pessoa! Hum, será?
Que tal usar a ideia de um tal de Doutor Fróide e escrever um diário retroativo para descobrir what the hell is going on? Assim Simonini começa a contar a sua vida. A infância pobre e o ódio pelos judeus herdado pelo avô paterno. O início de uma carreira promissora como falsário e a posterior associação com politicagem em geral que o leva à Itália de Garibaldi e à França napoleônica. Onde a memória falha, Dalla Piccola aparece e preenche as lacunas...
Simonini começa a escrever a sua grande obra: Os protocolos do cemitério de Praga. Um documento (falso, claro) criado para incriminar os maçons, e depois adaptado para ferrar com os judeus, e finalmente ornamentado para acabar com todos os inimigos dos cristãos. Enfim, um falsário bem versátil!
E os protagonistas vão contando todas as mentiras, assassinatos, conspirações em que estavam metidos, até chegar ao ápice! O ponto em que suas personalidades, antes única, se desdobraram em Simonini e Dalla Piccola!
Antes que vocês reclamem que estou contando a grande surpresa do livro, desencanem. Isso é óbvio desde o primeiro capítulo. Tem muitas outras coisas que irão surpreendê-los, fiquem sussu.
Olha, não justifica a ânsia que eu estava para comprar e ler este livro todim. Mas é Umberto Eco, vale o esforço.
O cemitério de Praga
Umberto Eco
Ed. Record
478 páginasquinta-feira, 19 de abril de 2012
Por que meditar?
Numa conversa de boteco eu ouvi a seguinte questão:
- Dani, estou muito feliz com a minha vida. Então, por que eu deveria meditar?
Sentar-se em silêncio, com a coluna ereta, é uma necessidade. Não saberia explicar exatamente quando ela aparece na vida de cada um. Não sei nem mesmo se é uma vontade que desperta em todo mundo. Mas se alguma vez você já se fez esse questionamento, bom, por algum motivo essa pulga se alojou na sua orelha. E vale uma investigação, não?
O que eu sei e afirmo aqui com todas as letras é que um pouco de silêncio faz bem pra todo mundo. Num tempo em que todos os seus sentidos são extremanente estimulados, ou seja, toda a sua atenção vai pra fora o tempo todo, luxo mesmo é se desconectar. Ir pra dentro, saca?
Mas o que é "ir pra dentro"?
É focar a atenção em você mesmo. Escutar a própria respiração. Perceber a onda de pensamentos. E com a prática, vai-se além. Começa-se a entender o que faz bem e o que perturba, e a partir daí, pode-se então fazer escolhas baseadas nas próprias percepções - inclusive manipular os próprios pensamentos.
O olhar muda. Nada de curtir o som do momento, vestir a roupa da moda, ver o filme que está em cartaz, andar com o rebanho. E mesmo tirando isso tudo, estar satisfeito - não feliz, entenda bem isso. Ninguém é feliz o tempo todo. E não há nada de errado nisso.
A grosso modo, ao meditar aprende-se a sair do piloto automático e parar de fazer as coisas só por que é preciso.
Enfim, se essa resposta ainda não tocar o coração, dou à vocês a mesma resposta que dei ao meu amigo, naquela mesa de boteco:
domingo, 15 de abril de 2012
Esteja vivo
Não assisto jornal. Acho o fim ficar vendo por livre e espontânea vontade detalhes das desgraças. É gente assassinada, guerra, catástrofes naturais... pra que ficar absorvendo isso, né não? Notícia importante eu acompanho pelo twitter (@Nopresente, bora seguir!) ou pela rádio Bandnews cedinho - que ainda fecha a programação com o Macaco Simão e dá uma espairecida... o resto, para euzita, dá pra viver sem.
Eis que estava com mamys e papys, e eles têm o hábito de ver o jornal a noite. Ouquei, vamos juntos. E entre as desgraceiras todas, uma notícia me chamou mais atenção: um enfermeiro (a) se enganou ao pegar uma ampola, injetou uma substância errada e matou algumas pessoas. Ou uma pessoa só. Ou talvez crianças (veja como eu presto uma super atenção). Triste, lamentável, inadimissível.
Dia seguinte ouvi uma estória de Zezé comentando como ela foi mau atendida no açougue, e o Francisco fechou o assunto dizendo que não só alí mas em muitas coisas percebe-se uma má vontade generalizada.
Óbvio que o caso relatado pelo telejornal não se compara com um mau atendimento no açougue; não é a comparação que nos interessa aqui.
Então o que tem a ver uma coisa com a outra, ó Dona Dani???
Falta de atenção e comprometimendo! O povo tá vivendo sem perceber que tá vivo!
Todo trabalho tem seu lado bom e ruim. Sempre sempre sempre você vai encontrar algo que goste de fazer e algo que não goste tanto assim, mas bolas, tem que ser feito. Então faça com amor. Coloque o seu coração nas pontas dos dedos e faça tudo como se fosse a coisa mais importante ever.
As vezes estamos tão infelizes com a rotina... mas acreditem, ela é necessária. E hoje eu sei bem que o que mata a gente não é a tal da rotina, mas sim o nosso olhar que se acostuma com tudo e perde o entusiasmo.
Outra notícia desta semana: na reforma de um hospital inverteram a tubulação de oxigênio e ar comprimido. Isso custou a vida de outras tantas pessoas. Agora pensem comigo: imaginem por quantas pessoas essa falha passou, e ninguém viu! O cara que fez, o engenheiro que atestou a reforma, o responsável que checou os aparelhos...
Errar é humano, fato. Mas dá pra minimizar os erros quando se presta atenção nos próprios atos.
Acho que é por isso que estórias de zumbis andam fazendo sucesso... rola uma identificação...
Então da próxima vez que tiver que atualizar aquele relatórioescroto trabalhoso, lembre-se das palavras de Martin Luther King:
Eis que estava com mamys e papys, e eles têm o hábito de ver o jornal a noite. Ouquei, vamos juntos. E entre as desgraceiras todas, uma notícia me chamou mais atenção: um enfermeiro (a) se enganou ao pegar uma ampola, injetou uma substância errada e matou algumas pessoas. Ou uma pessoa só. Ou talvez crianças (veja como eu presto uma super atenção). Triste, lamentável, inadimissível.
Dia seguinte ouvi uma estória de Zezé comentando como ela foi mau atendida no açougue, e o Francisco fechou o assunto dizendo que não só alí mas em muitas coisas percebe-se uma má vontade generalizada.
Óbvio que o caso relatado pelo telejornal não se compara com um mau atendimento no açougue; não é a comparação que nos interessa aqui.
Então o que tem a ver uma coisa com a outra, ó Dona Dani???
Falta de atenção e comprometimendo! O povo tá vivendo sem perceber que tá vivo!
Todo trabalho tem seu lado bom e ruim. Sempre sempre sempre você vai encontrar algo que goste de fazer e algo que não goste tanto assim, mas bolas, tem que ser feito. Então faça com amor. Coloque o seu coração nas pontas dos dedos e faça tudo como se fosse a coisa mais importante ever.
As vezes estamos tão infelizes com a rotina... mas acreditem, ela é necessária. E hoje eu sei bem que o que mata a gente não é a tal da rotina, mas sim o nosso olhar que se acostuma com tudo e perde o entusiasmo.
Outra notícia desta semana: na reforma de um hospital inverteram a tubulação de oxigênio e ar comprimido. Isso custou a vida de outras tantas pessoas. Agora pensem comigo: imaginem por quantas pessoas essa falha passou, e ninguém viu! O cara que fez, o engenheiro que atestou a reforma, o responsável que checou os aparelhos...
Errar é humano, fato. Mas dá pra minimizar os erros quando se presta atenção nos próprios atos.
Acho que é por isso que estórias de zumbis andam fazendo sucesso... rola uma identificação...
Então da próxima vez que tiver que atualizar aquele relatório
"Se alguém varre as ruas para viver, deve varrê-las como Michelângelo pintava, como Beethoven compunha, como Shakespeare escrevia"
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Macros de dente de leão, de Sharon Jonhstone.. amazing picture ever!!!
Clássico é clássico e vice versa
Uma prática clássica de yoga pode parecer enfadonha, vista de fora. É você, sua fé, e uma série fixa. Todos os dias, over and over, os mesmos asanas, pranayamas, bandhas e mudras.
Parece sacal pra você?
Pois pra mim, parece. Porque na minha mente ocidental e ávida por informações me parece um desperdício não aproveitar das milhares de variações que temos hoje em dia. Hatha, Vinyasa, Ashtanga, Liquid, Iyengar, Kundalini... isso tudo desenvolvido especialmente pra manter a minha mente interessada no assunto, não cair no marasmo do todo-dia-ela-faz-tudo-sempre-igual. Para esta que vos escreve, que deve querer corpo perfeito e saúde pra dar e vender, fazer uma série fixa todo santo dia é a visão do purgatório.
E é um purgatório.
Dia após dia, purgam-se. Os medos do silêncio, da solidão, da mesmice. Purga-se a auto imagem e abre-se o caminho para o auto conhecimento. Ritualiza-se um momento e aprende-se com a repetição. E quando se aprende isso, uau, quanto novidade na mesmice!
Uma rotina não é uma repetição absoluta - desde que você tenha total atenção na sua realização! Abra seus olhos pra dentro. Observe o que o seu corpo está registrando durante este momento. É a mesma sensação que você observou ontem? Não? O que mudou? Seu olhar ou o seu corpo? E esse silêncio, veio de onde - do intervalo da sua respiração? Do espaço criado entre os seus pensamentos?
O yoga transforma de dentro pra fora... então realmente, pra quem está assistindo, nossa, que chatice. Mas pra quem está vivendo, cada respiração é um mundo novo.
domingo, 8 de abril de 2012
Young adults
Eu sabia que me divertiria com o sarcasmo da Diablo Cody. Mas também sabia que neste filme eu teria um bocado mais pra pensar, comparando com Juno. Realmente dei várias daquelas risadinhas meio tortas do tipo "ah, sei bem como é"; e doeu um pouco.
A Charlize Theron é tão linda e perfeita que o mundo não merece sua atenção... daí a vida dela fica numa onda mais ou menos... é ghost writer de uma série de livros para adolescentes que já foi um sucesso, mora numa cidade que não é Nova Iorque, o casamento ruiu e agora ela vive num estado de tédio profundo. Tipo uma zumbizona.
Mas ela se vende como uma pessoa incrivelmente ocupada, super descolada, famosa e cidadã do mundo, e interage com o mundo através dessa verdade pessoal. Só que quando está sozinha é apenas uma pré-alcoólatra (existe isso?) entediada. Um projeto que fracassou por falta de empenho e pela comodidade de quem sempre recebeu todas as atenções...
Num desses dias mornos ela recebe um mail do ex-namoradinho do colégio, contando sobre o nascimento da filha. Na cabeça (vazia-onde-o-demônio-desenvolvia-vários-projetos) dela já veio uma ideia de que o cara estava miseralvemente infeliz e ela seria a solução dos problemas! Empacota inclusive o cachorro e volta pra cidadezinha do interior de onde saiu e não planejava voltar nunca mais.
O plano é ajudar o ex-namorado a se separar da esposa, largar a bebê recém nascida e ir pra cidade grande com ela. Pra ser feliz, né. Enquanto isso vai tentando escrever o texto para o último livro que já está atrasado, e é aqui que a gente percebe como funciona a cabeça da fofa: um misto de fantasias e fragmentos da vida dos outros que ora ela escreve, ora aplica na própria vida.
Bem triste, actually.
sábado, 7 de abril de 2012
Pobreza pega
Você sabe que fez pole dance na cruz quando está sob um sol senegalês esperando um ônibus que não chega nunca.
Então você desiste de esperar e pega qualquer um, porque, né, você tem o cartão mágico que permite pegar até 3 ônibus em sei lá quantas horas pagando apenas 1 passagem. Daí ao passar na catraca a porra o incrível cartão mágico não valida a sua passagem. Porque estava sem crédito. E o dinheiro que você deveria ter carregado no cartão foi usado numa festa na noite anterior. Ouquei ouquei, nada de pânico, é só raspar o fundo da bolsa e juntar os três reais pra pagar o outro busão.
Mas você não merece misericórdia do Universo. Não, não. You´re a bad girl, Gaga.
Tá, vamos caminhando que obviamente você encontrará um banco no caminho. Não perca as esperanças, continue caminhando... mais um pouco, você vai conseguir! Tenha fé! Vá! Siga o seu destino!
Merda, não tem um banco no meio do caminho. E você vai andar vinte quilômetros (não deve ter sido nem meio, mas estava quente e você odeia sol) e vai chegar ao seu destino igual a um maratonista em final de trajeto. Torcendo pela eficácia propagada pelo desodorante.
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Breathing in, breathing out
Quando comecei a praticar yoga, há alguns poucos anos atrás (mentira, lá se vai mais de uma década), era tudo muito diferente do que eu estava acostumada a fazer... então era uma curtição só.
Os asanas mexiam em músculos que eu nem sabia que existiam. Devagar o corpo foi destravando e ficando mais confortável naquelas posturas cada vez mais malucas e desafiadoras. E quanto mais você pratica, mais os seus limites se expandem e mais você quer puxar e torcer e virar. Pra ver o que acontece!
Então a prática chegava ao final. A professora acomodava os alunos para o yoganidra... e aí começava meu sofrimento. Gent´s, eu odiava o relaxamento. Ficar alí, uns 10 minutos (ás vezes nem isso) completamente imóvel... uma sensação absurda de perda de tempo! Minha vontade era inventar uma desculpa pra sair mais cedo em toooooodas as aulas.
Mas eu sou brasileira e não desisto nunca.
Eis que um dia eu decidí realmente relaxar. Tava alí deitadona, não dava pra fazer mais nada mesmo. Então tá. Solta uma perna. Solta a outra. Esquece dos braços no chão. A cabeça pesada... a voz da professora sumindo... a respiração suave... ôpa, acabou. Mágica! E voltando devagar fui percebendo que na verdade aqueles minutinhos eram muito bons!
Sabe, quando você se desconecta por livre e espontânea vontade, o corpo encontra espaço pra se reequilibrar. E 5 minutos desse sono consciente equivalem à algumas horas de sono profundo. De verdade.
Então fica aqui meu conselho: da próxima vez que o seu professor te convidar para se acomodar em savásana, faça como os poucos que sabem aproveitar o máximo do seu tempo: largue-se no chão. Não espere o relógio correr para perceber que na verdade este é o melhor momento da sua prática.
Siga o verdadeiro mestre!
quarta-feira, 4 de abril de 2012
Decifra-me ou devoro-te
Memes!!!! Faz tempo que não desfilo um por aqui, hein???
Eis que Jacques, amigote do Sul e dono do Relativa Seriedade convidou esta que vos escreve para se apresentar... challenge accepted!
Pega aê:
Sobre o Blog:
1) Quando surgiu a ideia de criar seu blog?
Sempre gostei muito de escrever e tinha milhares de textos salvos pelos computadores que ía usando... nunca me preocupei muito em organizá-los. Daí, fuçando nas internês, cheguei no Blogger... e Dani Neves viu que tudo era bom e resolveu juntar todos os textos num lugar só!
2) Origem do nome do
blog:
3) Você teve/ tem outros blogs além desse?
Tive o Cravo & Canela, que virou o No Presente. O anterior era mais poético, lá eu derramava toda minha veia romântica e diabética.
4) Já pensou em desistir alguma vez de seu blog?
Nops.
5) Mande uma mensagem para os seus seguidores:
Sobre a blogueira:
1) Uma música:
Hoje, Gold on the ceiling, The Black Keys2) Um livro:
Um só???? Ai Jesuis... Reparação, Ian McEwan.
3) Um filme:
Nove rainhas, genial!
4) Um hobby:
Ler.
5) Um medo:
De ficar presa em algum lugar. Também conhecido como claustrofobia.
6) Uma mania:
Checar o twitter de hora em hora, igual a telessena.
7) Um sonho:
Conhecer Paris.
8) Não consigo viver sem:
Água com gás.
9) Tem coleção de alguma coisa?
Coleciono imagens! E a última descoberta fascinante foi o Pinterest!
10) Gostaria de fazer alguma pergunta para os próximos participantes?
Sim! Quero que os próximos participantes nos descrevam uma arte que aprontaram quando eram crianças! Bora mostrar o diabinho que morava nestes corpinhos inocentes!!!
O Jacques quer saber o que eu mais sinto falta quando estou longe de casa:
Amigo, nada no mundo se compara ao meu banheiro! Meu chuveiro, meus sabonetes, meus cremes....
E abaixo, os convocados pra continuar este Meme (se quiserem, claro):
Alexa Violeta, da Violeta Dança
Monicat´s, sempre Em Construção
Juliette, do Love is a fast song
Eli, do Vinho da Vida
Hazel, da Casa Claridade
Espero que se divirtam!!!
terça-feira, 3 de abril de 2012
Zumbizona
Sabe aqueles dias em que você está tão cansado, mas tão cansado, que não consegue nem dormir?
Jesus, I need to shut down............. NOW.
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Do capeta
Muito bacana mesmo esse estudo feito pela DM9.
O que eu achei mais legal ainda é que a tecnologia fez a geração atual dar um pulo gigante em relação às anteriores. O que explica o fato da minha sobrinha de 5 anos saber mexer melhor no meu Android do que eu mesma... e eu ainda achar que o aparelho é coisa do capeta!!!
Tem mais 4 perfis digigráficos. Você vê os imersos aqui, os emparelhados aqui, os fascinados aqui e os ferramentados aqui.
Eu tô me encaixando no ferramentados, by the way.
O que eu achei mais legal ainda é que a tecnologia fez a geração atual dar um pulo gigante em relação às anteriores. O que explica o fato da minha sobrinha de 5 anos saber mexer melhor no meu Android do que eu mesma... e eu ainda achar que o aparelho é coisa do capeta!!!
Tem mais 4 perfis digigráficos. Você vê os imersos aqui, os emparelhados aqui, os fascinados aqui e os ferramentados aqui.
Eu tô me encaixando no ferramentados, by the way.
domingo, 1 de abril de 2012
Pra fora
Não sou das que falam. Acho até que por isso escrevo tanto. Então, eu ouço.
Todo mundo quer falar... pôr pra fora o que pensa, como se sente, como entende as coisas. Ter opinião, ter assunto, expandir expandir expandir. Reclamar da vida, da corrupção, da falta de valores. Importantes demais para ficarem calados.
E as vezes querem falar difícil! Procurar versinhos ou expressões pouco usadas.... falar uma coisa simples dando milhares de voltas, usando 415 palavras diferentes...
Daí que hoje me peguei pensando que, finalmente, cansei de ouvir. Puta preguiça de gente chata e prolixa.
Não larga do meu pé!
Mas eu não consigo parar de ouvir isso!!!
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