sábado, 31 de março de 2012

E chega de Agatha este mês, né?

Eu tô impossível!!!! (Ou quem sabe com muito tempo sobrando...)

Sabe quando a Dona Agatha inventa intrigas internacionais? É, eu sei. Ela sempre exagera. Mas até que ficou bacana... a protagonista é tão... tão... fofa! O nome dela é Vitória e sua grande qualidade é inventar mentiras o tempo inteiro. E mente tão bem que quando fala a verdade, ninguém acredita!

Aí começa assim: Vitória é uma datilógrafa muito ruim, e o chefe a demite - mas não por isso. Ele manda ela embora quando chegao ao escritório e pega a moça o imitando. Essas coisas que a gente faz imaginando que ninguém tá vendo.

Andando pela praça e imaginando o próximo passo, Vitória é abordada por Edward. Trocam algumas palavras, o cara diz que tem que ir pra Bagdá mas que não gostaria porque gostou tanto dela... quem sabe ele poderia tirar uma foto pra levar a recordação?

Ela, toda inocente e romântica, mete na cabeça que tem que ir pra Bagdá também. E consegue um emprego de acompanhante de uma senhorinha de braço quebrado que precisa de alguém interessado somente na passagem de ida para o Oriente.

E em Bagdá rolam milhares de coincidências que levam a protagonista a ser recrutada pelo Serviço de Inteligência, pra ver se ela consegue descobrir quem está por trás de várias tentativas de incitamento à 3ª Guerra Mundial.

Gosto mais dos crimes aparentemente insondáveis que é mais a praia da autora, mas até que nesse ela se deu bem. Algo bem difícil quando ela pinta um cenário tão perfeito pra desfilar toda a sua megalomania...

Intriga em Bagdá
Agatha Christie
Ed. Nova Fronteira
236 páginas

A leitora

Eu ando tão prolífica nas leituras que nem me aguento! Segura aê mais uma fan - tás - ti - ca resenha:

Os moradores de uma pacata (eu sempre quis usar esta palavra!) cidade do interior da Inglaterra leêm a seguinte notícia no jornal local: "Convite para um homicídio. Os amigos serão aguardados em Little Paddocks, as 18h30".

Claro que todo mundo corre para Little Paddocks no horário citado. Até mesmo a dona da casa, ao ler a notícia, já foi se preparando para uma pequena recepção. Acreditando piamente que rolaria uma grande brincadeira (de mau gosto). E, as 18h30, as luzes se apagam, um estranho entra em cena ofuscando a todos com uma lanterna, dois tiros são disparados e o estranho, na fuga, tropeça e a arma dispara novamente, nele mesmo.

Promessa é dívida, né? Tá lá o homicídio anunciado. Todos os presentes acreditam que o cara posteriormente identificado como um golpista tinha armado o esquema para assassinar a dona da casa, que não cedeu à sua prévia chantagem. E acidentalmente se matou. Ou se suicidou. Fim de caso.

Oooooou será que não????

Os investigadores não ficaram muito convencidos disso... e Miss Marple aparece por lá, bem na hora, pra confirmar as suspeitas. O assassino é outro, não se enganem, mais gente vai morrer!

De quebra somos agraciados por um parágrafo como esse:

(...) Chama-se... deixe-me ver... Jane qualquer coisa... Murple... não, Marple. Jane Marple.
- Que o Senhor seja louvado! - exclamou Sir Henry - Será possível? Mas é a minha velhinha particular, rainha de todas as velhinhas geniais desse mundo! É a supervelhinha! (p. 84)

E morre mais gente mesmo, enquanto se desenrolam mil intrigas. É herança inesperada que vem de um ex-sócio. É primo distante que aparece do nada. É uma empregada sobrevivente de guerra que faz o maior escarcéu por nada. É gente fingindo que é viúva. É uma porta falsa que volta à ativa. Ou seja, mil detales importantíssimos que vai amarrando a leitura.

Aqui é Dona Agatha super em forma. História dinâmica, surpreendente e gostosa de ler. Foi um dos primeiros livros dela que lí - um dos primeiros da minha coleção particular, datado de Janeiro de 1996. Daqueles marcantes, sabe? Depois de tanto tempo me lembrava perfeitamente de tudo.

Pra ler sem medo de ser feliz.

Convite para um homicídio
Agatha Christie
Ed. Nova Fronteira
269 páginas
Nota: 9/ 10

sexta-feira, 30 de março de 2012

So my truth...

Ok, sou estabanada, confesso

Hum... há de se investigar a uruca...

... quebrei um dedo (que até hoje tá meio bambo), dei uma cabeçada num armário (o galo sumiu hoje), fui atacada por um vampiro (não perguntem), explodí o varão da cortina do estúdio.

Vai um sal grosso aê?

Tô comprando. Quem tem pra ceder?

quinta-feira, 29 de março de 2012

Vale compartilhar


O Silêncio é um aliado

Nós os índios, conhecemos o silêncio...
Não temos medo dele.
Na verdade, para nós ele é mais poderoso do que as palavras.
Nossos ancestrais foram educados nas maneiras do silêncio.
E eles nos transmitiram este conhecimento.
Observa, escuta, e logo atua, nos diziam.
Esta é a maneira correta de viver.
Observa os animais para ver como cuidam de seus filhotes.
Observa os anciões para ver como se comportam.
Observa o homem branco para ver o que querem.
Sempre observa primeiro, com o coração e a mente quietos.
E então aprenderás.
Quando tiveres observado o suficiente, então poderás atuar.
Com vocês, brancos, é o contrario.
Vocês aprendem falando.
Dão prêmios às crianças que falam mais na escola.
Em suas festas, todos tratam de falar.
No trabalho estão sempre tendo reuniões, nas quais todos interrompem a
todos, e todos falam cinco, dez, cem vezes.
E chamam isso de 'resolver um problema'.
Quando estão numa habitação e há silencio, ficam nervosos.
Precisam preencher o espaço com sons.
Então, falam compulsivamente, mesmo antes de saber o que vão dizer.
Vocês gostam de discutir.
Nem sequer permitem que o outro termine uma frase.
Sempre interrompem.
Para nós isso é muito desrespeitoso e muito estúpido, inclusive.
Se começas a falar, eu não vou te interromper.
Te escutarei.
Talvez deixe de escutá-lo se não gostar do que estas dizendo.
Mas não vou interromper-te.
Quando terminares, tomarei minha decisão sobre o que disseste, mas não te
direi se não estou de acordo, a menos que seja importante.
Do contrario, simplesmente ficarei calado e me afastarei.
Terás dito o que preciso saber.
Não há mais nada que a dizer.
Mas isso não é suficiente para a maioria de vocês.
Deveriam pensar em vossas palavras como se fossem sementes.
Deveriam plantá-las, e permiti-las crescer em silêncio.
Nossos ancestrais nos ensinaram que a terra esta sempre nos falando, e que
devemos ficar em silêncio para escutá-la.
Existem muitas vozes além das nossas.
Muitas vozes.
Só vamos escutá-las em silêncio.

O homem branco fala: penso, logo existo.
O xamã ensina: sinto, logo compreendo!

Anauê!

quarta-feira, 28 de março de 2012

Rapidinhas


La reina del crime veio de novo com rapidinhas... "Os três ratos cegos e outras histórias" são contos bem curtinhos, rápidos, fáceis e indolores.

Não dá tempo de se apegar.

Os primeiros são casos de assassinato e roubo, rapidamente desvendados - ou seja, nada muito complicado pra ficar queimando neurônios. A partir de "Os detetives do Amor" as estórias descambam para o sobrenatural, no estilo do Sr. Quim - aliás, ele aparece mesmo por aqui. Rádios que emitem sons do além, médiuns que materializam pessoas, fantasmas que mandam avisos aos vivos... etc etc. Apesar de bem escritos, não é muito a praia da autora. Tudo descamba pra um romantismo excêntrico demais.

Ah, e tem também uma outra versão da "Testemunha de acusação", com um final alternativo.

Bonzim. Mas nada de contar pra mãe.

Os três ratos cegos e outras histórias
Agatha Christie
Ed. Nova Fronteira
224 páginas
Nota: 5/ 10

The Addams family


Vou te dizer que a adaptação do musical da Família Addams que estreou por estes dias no Teatro Abril está a altura do americano, hein? Marisa Orth, Daniel Boaventura e toda a trupe mandando muito bem.

Aqui, um pedacinho e entrevistas.

Quem é vivo

Da última postagem até hoje já foram 2 livros lidos... a resenha ficou na vontade, né, porque esta que vos escreve estava impossibilitada.

Fui atacada por um vampiro.

Tô falando sério. Entre a falta de coragem e a falta de energia, o agravante foi ter ficado longe do meu computer. Vidinha safada essa off line, né não. Andei aprontando algumas coisas por aí... até o vampiro me atacar. O sacana.

Enfim, tô viva e voltei pra contar pra vocês o que é a maior obra prima da D. Agatha, na minha humilde opinião.

Sim, sim! Finalmente chegou a hora e a vez dA casa torta! Yessssssss!!! Gosto muito, de tantos, mas este é o meu preferido ever. E sabe por quê? Porque foi o primeiro que eu li da dona fofa que realmente me deu medo. De verdade. De terminar de ler com as luzes acessas e roendo as unhas.


Não tem Poirot, não tem Miss Marple, não tem Tommy, não tem Tuppence... e não fez falta. Uma família enorme vivendo na mesma mansão tortinha. Por dentro e por fora. O patriarca e a mulher nova, bonita e que tem um caso com o professor dos netos. O filho mais velho que é incompetente e sensível ao extremo, casado com uma cientista fria e calculista. O filho mais novo, frio e calculista, casado com uma atriz incompetente e sensível ao extremo. Três netos deste último casal, cada um com a sua forte personalidade. Uma tia avó que faz as vezes de matriarca.

Eis que o patriarca é assassinado... e todo mundo desejando abertamente que o culpado seja "a pessoa certa".

Gentem, esse é sinistro. Nessa altura do campeonato eu tenho lido muito enredo parecido, mas este é surpreendente e avassaladô. Nunca que alguém vai adivinhar o assassino. Never never. E não vou me estender muito pra não abrir demais a minha boca e contar detalhes que vão tirar a graça da surpresa!!!

A casa torta
Agatha Christie
Circulo do livro
193 páginas
Nota: 10/ 10

Quem não ouve a música...

 ... acha maluco quem dança!

Se você gosta de dança e curte um gênero documentário, não perca Pina.


É lindo de doer. Pina Bausch, magnífica.


sexta-feira, 23 de março de 2012

No palco

Dona Agatha, mulher prendada que só, apavorava também em outras vertentes. Este último livro lido, Testemunha de Acusação, é a transcrição de 4 peças para teatro. Hum... na verdade, 2 peças e 2 adaptações.

Coisa de leitura rápida, como nos contos. Os acontecimentos são apresentados rapidamente, seguido das soluções. Sem muita neura.

O primeiro, que dá nome ao livro, é o melhor. Um homem é acusado de assassinar uma senhorinha fofa, e o veredito depende exclusivamente do depoimento de sua mulher, uma personagem bem enigmática. A estória se passa toda entre o escritório dos advogados de defesa e o tribunal. Muito intenso, rápido e surpreendente. Curtí.

Hora H é uma adaptação de Hora Zero, livro que já passou pelo crivo resenhístico desta que vos escreve (resenha aqui). A autora passou um facão em vários detalhes, mas não perdeu em nada. Continua muito bom.

Veredicto é uma bobagem sem fim. Homem tonto e super apaixonado pela mulher inválida, que acaba sendo assassinada. Ele é um professor muito conceituado que foi expulso da terra natal por abrigar alguns refugiados. Agora vive de favor na Inglaterra, dando aulas particulares. Mora com a esposa, a prima da esposa que ajuda a organizar a casa e uma empregada aproveitadora. Mas como o cara é muito imbecil me irritou um pouco. Uma peça muito inocente e romântica, acho que deveria funcionar na Inglaterra vitoriana...

Agora, esse último me deixou ressabiada... Retorno ao assassinato conta a estória de Carla Crale. Aquela que vai atrás de Poirot para que ele investigue o crime cometido pela sua mãe, Carolina Crale. Olha só, tenho certeza de que já lí este livro para o Desafio Agatha. E também já ví essa estória num filme. Mas cansei de caçar a resenha aqui e não acho! Será que lí e não resenhei??? Ai Jesuissss....

Bom, se não resenhei antes, vai agora: Amyas tem a cara de pau de levar a amante, Elsa Green, para passar um final de semana junto com sua família na casa de campo. E acaba assassinado - o que eu achei muito bem feito (AHAHAHAHAHA - risada maquiavélica). Daí sua mulher, Carolina, é acusada, e aceita tudo passivamente. É condenada e alguns anos depois morre na prisão.

Ao completar 18 anos, Carla Crale recebe uma carta póstuma de sua mãe, em que esta afirma que é inocente. Daí a menina não sossega enquanto não descobre o que realmente aconteceu naquele final de semana. No livro original esta tarefa cabe à Poirot. Nesta adaptação quem a ajuda é Justin, filho do advogado que cuidou do caso na época. Muito bacana.

Nunca fui fã de ler peças de teatro. Acho um saco as marcações de palco - elas acabam com a maior graça de um livro: o trabalho de imaginação do leitor. Li este só por obrigação, mesmo. Mas pra quem gosta, é um prato cheio!

Testemunha de acusação e outras peças
Agatha Christie
Ed. Nova Fronteira
371 páginas
Nota: 6/ 10

terça-feira, 20 de março de 2012

Eu te disse, eu te disse

Não falei que a próxima resenha iria aparecer por aqui rapidinho? Ainda mais que esta não é nenhuma obra prima Agathachristiniana!

Mas não deixa de ser um clássico. É a velha estória do velho rico que se apaixona por uma moça estrangeira sofrida e linda linda linda. Daí o velho morre antes de fazer um testamento e toda a grana sai das mãos dos familiares e vão para a mão da golpista. Ou será que ela não é golpista?

Piora um pouco a avaliação de caráter da moça quando a gente descobre que tem um irmão abusado aê que não larga do pé dela, sempre cuidando de "seus interesses".

Então as coisas se enrolam um pouco. Descobre-se que todos os integrantes da família estão em dificuldades e a herança seria tão bem vinda... descobre-se também que a mocinha aventureira era viúva antes de se casar com o milionário e, bem, talvez ela não era tão viúva assim. E Poirot é, então, envolvido no assunto.

O primeiro assassinato a gente já sabe que vai rolar. Os outros é que são surpreendentes. Quando você pensa que descobriu a resposta, alguém morre e muda toda a teoria!

Seguindo a correnteza
Agatha Christie
Ed. Record
173 páginas
Nota: 6/ 10 


segunda-feira, 19 de março de 2012

Um minuto de silencio

Outono

O azul do céu no Outono é diferente... vocês conseguem perceber?

Adoro o Outono.

Sunny days are coming

Verdade, demorei muito. Mas quando o livro não é em português, eu posso tá? Tem que ler mais devagar... tem frase que tem que ser lida duas vezes pra dar sentido... e tem hora que o pai dos burros (vulgo dicionário) é convocado. Aprendizado, gente linda.

E ontem a noite, finalmente e com uma certa dor no coração, finalizei Solar, de Ian McEwan. Como já tinha disparado antes por aqui, me diverti demais. Realmente não conhecia essa ironia fina do autor. O estilão é o mesmo de sempre, bem construído, fácil de visualizar, enredo daqueles que agarram. Mas ao propôr um protagonista tão imperfeito, bem, você acaba torcendo por ele e se esquece um pouco da densidade toda.

Michael Beard é um cientista gordo, preconceituoso, machista, mulherengo, fraco. Ganhou um prêmio Nobel há muito tempo e vive desse reconhecimento. Segue numa vidinha medíocre, traindo a quinta esposa (como fez com as quatro anteriores) e existindo sem muitas ambições.

Daí a quinta esposa resolve pôr-lhe um belo par de chifres. Daqueles bem públicos e vistosos! Beard dá uma surtadinha básica e.... quebra! Ô homenzinho desprezível... enquanto decide o que fazer da vida ele começa a trabalhar num grande centro de pesquisas governamental, onde conhece Tom Aldous, um jovem e simpático cientista preocupado com o aquecimento global.

Beard, que segue vivendo da sua empáfia, recebe um convite para participar de um evento no Ártico e ao voltar encontra o jovem Tom Aldous de roupão na sua sala. Como é? Ooooh yeeeaaah, a quinta esposa ataca novamente! Quando ele ameaça o jovem de defenestração do centro de pesquisas governamental, Tom se desespera e, ao tropeçar no tapete de pele de urso, cai e bate a cabeça na mesa. E morre. Lascou-se.

Acha que o nosso herói assume isso? Claro que não! Rapidinho acha outro pra botar a culpa e se livra do "assassinato acidental". Espertinho. Além de mandar outro cara pra prisão (by the way, o outro amante da quinta esposa), Beard se apropria das pesquisas de Aldous e aqui o romance avança alguns anos, quando vemos nosso gordinho arrogante montando toda uma parafernália que irá gerar energia limpa e salvar o mundo do aquecimento global, se preparando para ganhar mais um nobel.

Dizendo assim não dá pra acreditar que cria-se empatia pelo cara, né? Mas a narrativa em 3a pessoa descrevendo os processos mentais do personagem, bem, ás vezes é tão absurdo que vai te fazer rir. Como quando ele diz que o sócio dele deve relaxar, porque a catástrofe mundial é inevitável - e os negócios deles irão prosperar por conta disso. Ou quando ele tece comentários absurdamente caricatos e machistas a respeito de mulheres na ciência e acaba sendo agredido por milhares de ativistas.

É um coitado, sabe. E Ian McEwan segue como um dos meus autores ingleses preferidos!

Solar
Ian McEwan
Vintage UK
283 páginas

Prometo que a próxima resenha vem mais rapidim. Afinal, é Agatha, minha gente!!!

domingo, 18 de março de 2012

Areal

Se você estiver de bobeira pela Paulista e passar na frente do Sesi, dá uma olhadinha na exposição Jóias do Deserto.

Segundo o site do Sesi, o "Acervo traz cerca de 2000 peças entre brincos, colares, braceletes, vestes, tornozeleiras e adornos peitorais e de cabeça do século XIX e início do XX, além de fotos de alguns dos principais desertos do mundo e de seus habitantes, reunidos e retratados por Thereza Collor em suas viagens"

Ouro, muito ouro!

Incomodada ficava a sua avó

Ontem fui no cine com a Gaby Colombo, uma das responsáveis por este projeto aqui ó.

E nós que somos lindas e intensas queríamos ver um filme do jeito que gosto do meu café:  forte. E a primeira opção foi o ganhador do oscar, A separação. Iraniano. Fazia tanto tempo que não via um filme iraniano... que alegria!!!


Quer dizer, que nervo. Sabe como são filmes iranianos, né? Não? Faço um resumo pra você: uma procissão de questionamentos éticos e religiosos sem fim.

A mulher quer ir morar nos estrangeiros pra ter um pouco mais de liberdade na educação da filha adolescente. O marido não quer ir porque o pai num estágio avançado de Alzheimer. Ela pede o divórcio por causa disso... e o juíz manda ela ir lavar um tanque de roupa que isso não é motivo pra se separar.

A partir daí se encadeiam acontecimentos que culminam com a separação real do casal.

Olha, eu fui crente que iria assistir um filme sobre relacionamento, e vou te contar que a crise do casal é o que menos importa na estória. O incômodo todo é causado pelas relações entre o homem que não quer se separar e a mulher grávida e devota contratada para cuidar da casa e do pai com Alzheimer. É daqui que vêm as questões ético e religiosas que ficam assombrando a gente o filme inteiro.

E gente, que dó de todo mundo. Quando você pensa que a coisa tá feia acontece alguma coisa que piora tudo. É o tipo de filme que me faz sentir o ser mais abençoado do planeta, sabe? Meus problemas não existem perto disso - e acredito fortemente que as situações alí mostradas não são tão distantes da realidade, não.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Pronto!

5 km, 29´, Maroon 5

Missão cumprida. Agora é só re - la - xaaaaar....


segunda-feira, 12 de março de 2012

Dark side of the moon

A visão é uma condição. Um dom com validade pré-determinada: nascemos com essa possibilidade e absorvemos absolutamente tudo, a partir da primeira piscada.

Tanto a ver e confrontar, julgar e nomear, catalogar. O tempo passa e o deslumbramento perde o espaço. A visão esmaece. O amarelo é sempre amarelo, o ouro entre os dedos não interessa mais e o piscar não nos salva de uma vida morna.

Uma luz que se torna útil, mas revela os segredos do espetáculo.

Imagine que a sina humana é a cegueira. Se houvesse uma escolha possível, você preferiria nascer cego ou perder a visão depois de alguns anos?

Sim, cruel demais.

 

sexta-feira, 9 de março de 2012

Uma flor pra outra flor

Hum... dia das mulheres... eu gostaria de escrever algo sobre isso, mas não sei bem o que dizer...

Na verdade eu acho uma ideia meio estúpida. Comemorar o quê, exatamente? Igualdade entre homens e mulheres?! Aí o buraco abriu... porque esse papo de igualdade é outra coisa que não entra na minha cabecinha.

Sou quase loira, minha gente. Devagar comigo. (E sim, eu sei que este é um comentário machista.)

Vejam vocês... não somos iguais! Então de onde veio esse papo de igualdade? Eu não quero ser tratada como igual! Quero ser respeitada na minha diferença - que vai além de ser mulher. Quero ser respeitada na minha diferença como ser humano, que teve uma criação específica, escolhas específicas, valores específicos.

Olha o buraco afundando mais...

Daí eu começo a divagar e digo que mesmo com toda essa diferença, em algum momento somos iguais. Homem, mulher. Idoso, criança. Negro, amarelo. Doido, são. Pais, filhos. Sentimos dor. Sentimos frio. Sede. Fome. Felicidade. Tristeza. Podemos não respeitar, mas sabemos que o nosso limite vai até onde se inicia o limite do outro - porque sentimos no âmago.

Então, em vez de dia das mulheres, eu gostaria de comemorar o dia do respeito. Respeito à minha (e à sua) condição de ser vivente neste tempo e neste espaço.

Tá, tô pedindo demais. Isso não vende flor, né messss?

Então pelo menos me deixem usar a roupa que eu quiser, sair a hora que eu quiser, beijar quem eu quiser, dizer o que eu quiser. E livrai-nos de todos os rótulos, amém.


segunda-feira, 5 de março de 2012

Vou abrir uma loja de quibes

Sabadão, depois do café da manhã (master) tardio e antes da baladinha, o que fazer? Ah, cineminha né. De leve. Com ar condicionado - believing or not isso tem sido critério de desempate para muitas decisões ultimamente.

E não precisa nem pensar duas vezes no que vai assistir. Meeeeu (Dani Neves trabalhada na paulistanidade), vai ver Drive. Sem medo de ser feliz.


Infelizmente as coisas demoram um bocado pra chegar nesse lado da Linha do Equador, né, então esse filme que é do ano passado só chegou agora por aqui. E eu, fuçadora nata de blogs alheios, já tinha lido muita gente comentando e falando e instigando, e tava malucona pra ver o tal do filme, o tal do Ryan Gosling dirigindo. Nem acreditei quando cheguei na entrada do cine e vi que, finalmente, estava em cartaz. Yessssss.

Seria o tipo de estória que eu não daria nem um quibe. Ainda bem que sou uma pessoa altamente influenciável!!! Pois vi e me apaixonei. É violento ao cubo - me lembrou até Tarantino, e é tão tão tão sensual a forma em que o protagonista é colocado que, meeeeeeeeeeeu, vai ver Drive.

E tem o Ryan Gosling. O loirinho por quem eu tambem não daria um quibe. Bem...


... quem quer quibe?

sexta-feira, 2 de março de 2012

Ai que calô

Peoples beautifuls,
não sei vocês, mas quando um sol pra cada um lá fora eu fico enfurnada na dani-caverna. Imaginem esta que vos escreve, dona de uma cor do pecado moreno jambo super sexy (#not!) derretendo sob um sol senegalês... não orna.

Daí que sexta é dia de madame. E já que não dá pra saracotear pela rua, vamos nos divertir por aqui mesmo... leituras, filmes e água com gás. Sou feliz com pouca coisa, vejam vocês.

Fuçando nas gavetas e armários de dvds encontrei vários filmes que ainda não tinha visto... e todos eles com algo que realmente me amarra em frente à tv. Tem certos coisos (leia-se diretores, atores e roteiristas) que conseguem despertar minha curiosidade, sempre.

Tempo livre, cabeça vazia, decidi fazer um listão. E apresento-lhes a seguirrrrrrr:

O fantástico "Listão-dos-seres-humanos-que-me-arrastam-pro-cinema-pra-ver-qualquer-coisa-mesmo-que-saiba-que-é-uma-porcaria"!!! Taí, abaixo, em ordem de lembrança:
  • Woody Allen (neurótico, sarcástico, inteligente, cruel. Quero ser igual ele, quando crescer.)
  • John Cusack (tem cara de coitadinho. Dá vontade de pôr no colo... e comer aos pedacinhos!)
  • Guy Ritchie (ele instiga meus neurônios com rapidez e trilha sonora correta.)
  • Kate Winslet (e não é por causa de Titanic!)
  • Johnny Depp (e porque outro motivo alguem assistiria feliz três filmes iguais? E de piratas???)
  • Rachel Weisz (a mina manda bem)
  • Charlie Kaufman (a mente por trás de "Quero ser John Malkovich", "Adaptação", "Confissões de uma mente perigosa", "Brilho eterno de uma mente sem lembranças")
  • Tilda Swinton (ela consegue se metamorfosear em qualquer coisa. Impressive.)
  • Irmãos Coen (já viram "O grande Lebowiski"? Pois é.)
  • Ricardo Dárin (hermano fantástico!)
  • Almodóvar (dramático ao cubo, colorido como uma drag queen.)
Hum... tem mais gente... mas por enquanto é isso aê que me recordo! Com o tempo vou completando esse listão...


Não que eu realmente me importe...