Well well Guilherme Tell, o tema do Desafio Literário (é, eu voltei, voltei para ficar!) desse mês é peça teatral. E quem é o gênio do teatro? Quem? Queeeeeeem???
Shakespeare, of course.
Lá fui eu me debruçar sobre Macbeth... mas gente! Faltou pingar sangue das páginas! E não sei se a tradução que peguei era ruim, mas parecia que faltava vários pedaços na estória...
Macbeth está passeando, la la lá, e encontra 3 bruxas. As bruxas, sabe-se lá porque, começam a fazer previsões, e dizem que ele será o rei da Escócia. Aí ele vai pro castelo e conversando com a digníssima esposa dona lady Macbeth os dois inventam de matar o rei atual. E pronto, Macbeth é aclamado rei no lugar do fofo assassinado. Essa parte não ficou muito clara... mas deu a entender que o traidor já tinha toda uma estratégia traçada pra culminar na sua coroação.
Aí, voltando às previsões, as 3 bruxas também disseram que ele seria o rei, mas o amigo dele seria o progenitor de uma linhagem de reis. Macbeth (que não é tonto) mata o amigo, pra não ter concorrência. Porém o filho do cara consegue fugir, e se une aos filhos do "rei posto rei morto" e voltam todos pra se vingar.
Nesse meio tempo dona lady Macbeth fica maluquinha, e se mata. Quer dizer, isso tambem não está claro... mas pela escolha de palavras parece que foi isso que aconteceu.
E chegam os soldados e os filhos órfãos e acabam com o tal do Macbeth. Fim.
Não é uma estória digna do Noticias Populares (pra quem não conhece era um jornal que se você torcesse saía sangue)?
Apesar de achar o enredo meio besta tem algumas passagens que vale a citação. Tipo essa, que transcrevo abaixo:
Teria de morrer alguma vez
chegaria a ocasião para a notícia.
Amanhã, e amanhã, e outro amanhã
rasteja dia a dia em miúdo avanço
até a última sílaba da história;
e os nossos ontens alumiaram, todos,
a estrada que nos leva, a nós, ingênuos,
ao pó da morte. Apaga-te, oh apaga-te,
precária vela! A vida é tão somente
uma sombra que passa; um pobre ator,
que no palco empertiga-se e entedia-se
em sua hora e depois não mais é ouvido:
é uma história narrada por idiota
cheia de som e fúria que não querem
dizer nada. (p. 120)
É... gênio é gênio. Mesmo em enredo besta.
Macbeth
Shakespeare
Ed. Circulo do livro
154 páginas