quinta-feira, 30 de junho de 2011

Atenção passageiros para a próxima leitura:

"O caso dos dez negrinhos", que junto com "A casa torta" e o "Expresso do Oriente" formam a trilogia tem-que-ler da D. Agatha Christie, na humilde opinião desta que vos escreve.

Feliz com tão pouco!

Maluquices que vem com o frio

People´s beautifuls,
eu acho que meu sofá tem alguma droga atordoante que funciona melhor no frio. Posto isto, explico-me: tem dia que eu me encaixo aqui entre as almofadas, ligo este belo acessório que me conecta ao mundo, e fico. Horas. Dias. Meses. Tá bom, exagerei. Mas fico mais do que eu deveria. (E menos do que eu gostaria.)

Me pergunto se é porque tá um frio ártico lá fora...

E o pior (ou melhor) é que isso é legal! Descubro cada coisa nesse mundo internético! Agora mesmo fui párar no blog Respeite meus mullets. Bacana. Inteligente. Sagaz. E me deu um novo adjetivo: periculosa leitora. Sempre quis ser periculosa... mas o máximo que consigo é ser estabanada!

Mas o pior de verdade é que essa leseira engorda. Dá celulite. E dá mais preguiça ainda de sair daqui. Não façam isso em casa!!! Me dou esse luxo (as vezes) porque eu corro tanto tanto tanto todo dia que meu corpinho pede um break de puro ócio, sometimes.

É isso. Um post sobre nada. Só pra justificar minha presença momentânea neste sofá. Mas é que ele tá me agarrando, eu juro!!!

Aqui é o País das Maravilhas

"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada"
Clarice Lispector
ou, como diria o pai da Alice na versão de Tim Burton:

"Acredite em seis coisas impossíveis antes do café da manhã."

Pra ouvir com o umbigo!!!

Fácil fácil...

Que frustrante...

Depois de um livro todo sanguinolento, cheio de mistério... vem uma estória tão meia boca... sem Poirot, sem Miss Marple...

Daí que o ex-policial Luke Fishkhdafjkhfah tá voltando pra casa e no trem conhece uma velhinha fo - fa. A velhinha tá indo até a Scotland Yard pra denunciar uma série de assassinatos (disfarçados de acidentes) que tá acontecendo na vila onde mora. A fo - fa tá tão certa do assunto que até declara o nome da próxima vítima.

Quando chegam em Londres vão cada um pro seu canto. E a fo - fa morre num acidente de carro. E em seguida a próxima vítima declarada pela velhinha morre também. E o Luke Fahjhfapiuyhqag fica com a pulga atrás da orelha e vai até a vila pra ver o que tá rolando.

Aí a estória desce ladeira abaixo... tá certo que D. Agatha curte um clichêzim né... mas nesse ela colocou todos - e em estilo rococó!!! Tudo rebuscado demais. O personagem principal faz umas lambanças absurdas, umas conexões sem pé nem cabeça, sabe? Dá uma saudade das deduções lógicas do Poirot...

Tudo gira em torno do benfeitor da cidade, que acredita piamente que é Deus e que todo mundo que o ofende recebe um castigo divino. O que é verdade... e o Luke Foeuiaorefd demora um bocado pra reunir as pistas que nós incautos leitores precisamos pra ser feliz. Mas afinal de contas nem precisa porque o culpado tá gritando o livro todo "eu! Eeeeu! EEEEEUUUUUU!"

Ou seja, dessa vez eu acertei.

Que sem graça.

Me identifiquei com o benfeitor. Eu também sou assim, mimada e sofrendo da Síndrome de Peter Pan!

É fácil matar
Agatha Christie
Ed. Nova Fronteira, 8ª edição
192 páginas
Nota: 2/ 10 

terça-feira, 28 de junho de 2011

Escuta essa...

...a senhoura douna minha mãe não dormiu essa noite.

Não, ela não tem insônia. Nem tava com frio (essa madrugada bateu 3º) e graças aos céus não tava passando mal.

Ela não conseguiu dormir porque estava rindo. Crises de riso a noite inteira! Lembrando de coisas da vida e rindo até a barriga doer - e tentando fazer isso mais ou menos em silêncio pra não acordar todo mundo...

Aí, hoje pela manhã contando o ocorrido, ficamos todos rindo até chorar.

E é isso que eu desejo pra vocês! Que tenham tantas boas lembranças que, se quiserem, possam passar a noite inteira gargalhando!!!

Sem medo de ser feliz.

SEXO e sexo

Carpinejar cronicando sobre sexo... recomendo fortemente a leitura!

E tomei a liberdade de chupinhar a imagem do post dele. Borboletas... sabe como é....

Salvador Dalí

Lua Nova de Inverno

Amadas Salve Salve,
estamos iniciando o Inverno, período de recolhimento, de plantar e fortalecer a semente que nascerá na Primavera. Quando digo isso não é linguagem poética não, é literal mesmo!

A melhor época pra você sentar a bela poupança num lugar calmo e meditar sobre suas conquistas e desejos é agora. A natureza é sábia, ok? Siga o fluxo e não se arrependa.

Aí que sexta feira 1º de Julho vamos celebrar a Lua Nova, que já carrega em sí toda essa simbologia de morte, de noite escura, e renascimento. De acalento, de amor fraternal.

Vamos juntas, hermanas?

Leiam aqui sobre o movimento, e onde nos encontrar!

Big Hard Sun

Eu já compartilhei esse vídeo com vocês uma vez... mas sei lá, esse tempinho frio, esse momento de inverno tá pedindo demais essa música....

Enjoy!

Mais borboletas!

Borboletas amarelas têm me visitado constantemente! Cruzando meu caminho... dançando na minha frente! Ou simplesmente pousando na janela durante a aula de yoga...

Gostaria de saber se elas trazem algum significado... além do óbvio despertar dos olhos praquele momento de beleza e gratidão...

Compartilho uma borboleta com vocês também!


Nem mesmo o sol

Se o sol entrasse por aquela pequena fresta nas cortinas
e acendesse um sorriso em seu rosto,
talvez eu me iluminasse ao observar esta cena
e encontraria a minha inteireza brincando entre os seus dedos.

Ainda que o sol entrasse por aquela janela
e incendiasse todo esse quarto, ainda assim
eu ficaria esperando um movimento de seus lábios
um roçar da língua no céu da boca
um despertar suave depois da Noite Profunda.

Mesmo que o sol se faça presença neste momento
clareando todas as possibilidades, abrindo todos os caminhos
eu permaneço presa em seu encantamento
aguardando o momento
em que seus lábios derramassem sentido
em mim.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Eu, Tu

Eu, Mulher-Aranha
danço novos fios entre as rosas da minha vida
arranho os pés enquanto imprimo minhas pegadas nas pétalas perfumadas
e entre odores extasiantes sigo emaranhando os nós tecidos em seda.

Tu, Homem-Morcego
desfaz os nós das Almas alheias
e tece letras em estórias infinitas ao som da respiração
e da força que machuca as vértebras num espiral crescente.

Machucando, e tecendo, e fazendo e desfazendo teias,
vamos rindo.

E sorrindo com gosto lavamos a poeira do tempo
que se acumula nas esquinas do pensamento
e embota o gosto do novo, e amacia o pulsar dentro do peito
abrindo passagem na garganta, liberando a voz e a vida.

Vamos rindo, aliviando o pesar dos ombros
sentindo o coração que bate cada vez mais alto
mostrando o rosto cada vez mais limpo
e a Alma, descoberta.

Necessidades que vem com o frio

Mas esse frio tá danado hein?! Li hoje cedo no UOL que a previsão amanhã é chegar a 5 graus. Aff... minha pele é fininha e sensível e sofre demais com esse vento cortante. É, eu sou um bebê gigante.

Aí eu tava passeando numa drogaria (já falei isso pra vocês? Adoro uma farmácia. Drugstore Cowgirl) e vi esse hidratante aqui ó:


Johnson´s Nutrição Intensa, com manteigas de karité e cacau. Com tanta manteiga no nome resolvi dar uma chance pra ele... e achei muito bom! Daí resolvi passar a dica pra frente, porque vocês que ficam todos craquelentos no frio sabem como isso não é nada sexy...

Tem um cheirinho de doce, bom. Quer dizer, no fundinho rola um remember do Biotônico Fontoura, mas sem crise, não chega a incomodar não... se você tiver boa vontade!!!

O grande lance é que ele realmente resolve o problema da falta de hidratação da pele - coisa que eu não tava conseguindo...

Idéias que vem com o frio

Pão

Banana

Canela

 2 minutos no microondas e....
 Sanduba quentinho de pão com banana!!!!

Voltando à programação normal

Então, como dizia, devorei "O natal de Poirot" ontem, enquanto a chuva batia copiosamente na janela da sala.

Trilha perfeita.

Véspera de natal e o velhinho escroto reune a família toda em volta de sí. A família toda quer dizer: o filho que mora com ele e a esposa dedicada, o filho político e mesquinho e a esposa perdulária, o filho artista renegado e a esposa forte e digna, o filho pródigo que fez um monte de estupidez mas não tem problema papai te ama, e como a filha morreu, chama a neta desconhecida.

E o velhinho junta essa galera pra fazer o quê? Escrotice! Passa a véspera de natal provocando todo mundo. Dizendo que são todos fracos, que todos puxaram a mãe (que tinha cabeça de amendoim). E o que acontece na noite de natal? Ele é assassinado.

Hum.. tá vendo só, um deles não era tão fraco assim.

A cena do crime é genial: o velho era inválido, nunca saía do quarto. Então foi lá que o crime aconteceu. Depois do jantar todo mundo escuta uma confusão e um grito horrendo, sobem para o quarto e a porta tá trancada. Arrombam a porta e tá lá o velhinho escroto boiando em sangue. Os móveis todos caídos e saaaaaangue pra todo lado! D. Agatha não brinca em serviço. E aqui rola uma citação de Shakespeare! A esposa dedicada olha aquela cena e diz "Quem jamais poderia imaginar que aquele velho guardasse tanto sangue dentro de sí?". Palavras de lady Macbeth, minha gente.

Sangue demais, as you asked for. Rs...

Entram em cena o superintendente da polícia local, o coronel, e Poirot. Papo vai, papo vem, e sou obrigada a dizer à vocês que as pistas são todas muito óbvias mas gente, quando o culpado é revelado levei um susto. Um susto tão grande quanto no dia em que eu li "A casa torta" ou "O caso dos dez negrinhos". Porque o culpado era a pessoa menos culpada possível!!!! Sacou? Não? Então vai ler e depois me diz se não concorda.

Este sim é extremamente Agathachristieniano!

O natal de Poirot
Editora Nova Fronteira
223 páginas
Nota: 10/ 10

E essa agora...

Escuta só o prefácio desse:

"Meu querido James (...) queixou-se de que meus assassinatos estariam ficando refinados demais - na verdade, anêmicos. Demonstrou, também, o desejo de um assassinato dos bons, violento e cheio de sangue."

Promissor hein? Agora ela mata por encomenda.... rs......

Óbvio que tô falando da D. Agatha. Básico que num domingão chuvoso em que meu time(co) do coração leva um chocolate fiquei jogada no sofá lendo ávidamente. LOC = Leitora Obssessiva Compulsiva.

Hum... chocolate nesse frio é uma boa né... Peraí que já volto.

domingo, 26 de junho de 2011

Inspiração

Lendo na revista Nova Consciência:

"Saudade só se diz em português"

Quem não conhece ou já não ouviu os singelos versos com que Casimiro de Abreu (1839 - 1860) inicia e termina sua composição mais popular, Meus Oito Anos, escrita em Lisboa, em 1857, na flor dos seus 20 anos?

"Oh! Que saudades que tenho
da aurora da minha vida,
da minha infância querida
que os anos não trazem mais!"

(...)

Saudade, palavra tão estranha! Mescla amor com esperança, é dor feito lembrança, é retorno em sentimento e um voltar do pensamento que em sonhos se emaranha! Difícil definir saudade. Sentí-la tão pouco é fácil... Vejamos o que nos diz sobre isso o abolicionista Joaquim Nabuco (1849 - 1910):

"Entre todos os vocábulos não deve haver nenhum tão comovente quanto a palavra portuguesa saudade. Ela traduz a lástima da ausência, a tristeza das separações, toda escala de privação de entes ou de objetos amados; é a palavra que se grava sobre os túmulos, a mensagem que se envia aos parentes, aos amigos. É o sentimento que o exilado tem pela pátria, o marinheiro pela família, os namorados um pelo outro..."

(...)

E nosso mestre Camões (1524 - 1580), atento à imponderabilidade de se deter o tempo ou recuperar as coisas já vividas, diante da assombrosa brevidade da vida, num de deus sonetos não demonstra ser menor o grau de sua inconformada angústia:

"Que me quereis, perpétuas saudades?
Com que esperança ainda me enganais?
Que o tempo que se vai não torna mais,
e se torna, não tornam as idades."

E eu próprio, saudoso de tudo, de minha infância querida, dos anos que não voltam mais, dos entes queridos que se foram, das tantas esperanças vislumbradas pelo círio da saudade, ou pela luz que transpassa o vitral de minha vida, medito às tardes sob a sombra dos laranjais, que a saudade possa ser a mais suave flor, ou o mais invisível dos tormentos, e concordo com o sábio Menotti del Picchia (1892 - 1988), quando ele diz:

"Saudade, perfume triste de uma flor que não se vê"


Homero Pimentel
Historiador e autor do livro Santos Dumont, bandeirante dos ares e das eras, editora Madras, prêmio Clio pela Academia Paulista da História

Sábado cultural

Caminhando pelo centro da cidade fui párar no Centro Cultural Banco do Brasil. Fila gigante na porta. Gente, eu sou paulistana da gema, adooooooooooro uma fila. Nem sabia pra quê era mas já fiquei por lá!

Mentira, perguntei antes. Era pra ver Escher. Eu tava doidinha pra ver Escher. Acho bem legaus o mundo relativo que ele criou. Aliás "Relatividade" era a gravura que ilustrava a capa de um dos meus cadernos de abobrinhas adolescentes.

Relatividade
O que está em cima é como que está embaixo?

Aí juntou fila e Escher, juntei eu também né. E como tinha gente alí, viu? Sucesso a exposição. Um senhor que tinha montado algumas das instalações tava por lá, curtindo horrores... tipo um guia que a gente não pediu, desfilando todo o seu amor por Escher. Cool.

 Sen - sa- ci - o - nal

Uma das instalações era "A casa de Escher". Me deu até um comichão pra ir logo pra lá. Já imaginei uma casa do avesso, uma escada que subia pra baixo, coisas assim. Óbvio que me frustrei... era uma reprodução da sala dele, com a famosa bolota espelhada pra você fazer por sí próprio aquela gravura do autorretrato (ó eu na nova regra ortográfica!!!! Autorretrato... autorretrato... eu nunca vou me acostumar com isso!!!! Meu avô deve ter se sentido assim quando aboliram o ph - muito mais elegante por sinal. Diz aí se você não prefere comprar remédio na pharmácia... eu prefiro... E sim, viajei, voltando ao texto:).Então, pra quem não lembra a gravura é essa:

AutoRRetrato

Gente, de boa. Sentar numa cadeira e segurar a bolinha do Escher. Nem preciso fazer piada aqui. Não, obrigada.

 E já que eu tava lá e não tinha nada marcado com ninguém aproveitei pra assistir um dos filmes da mostra Hitchcock! Uuuuuuuu.... tinha meu preferido ever, "Um corpo que cai", e um que eu sempre quis ver mas não vi, "Marnie". Fiquei com o segundo. Muito bom.

Sábado delícia também teve escondidinho e chopp gelado no Salve Jorge. A felicidade custa R$ 40,00!

Auto conselho:

Você não será punido porque ficou com raiva. Você será punido pela sua própria raiva.
Supere a raiva por meio do Amor.
Buda

Muito.Mau.Humor

Meu P3 quebrou. Algo assim, inadmissível. Uma vida sem trilha sonora. Pois sim.

Aí peguei os P3 de maridón que tava dando sopa. E ontem passei algumas horas da minha vidinha humilde e solitária passando as músicas pra lá, organizando, catalogando, viajando. Ok, muitas horas. Eu me empolgo.

E quando termino o trabalho árduo acontece alguma coisa muito louca que eu não sei o que é e.... perco tudo! O P3 que tinha gravado tudinho do jeitinho que eu queria estava VAZIO.

Muito. Mau. Humor.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Lição de casa!

E aí nas borboletices da manhã eu achei um jogo de cartas no fundo da gaveta (ou do baú? Rs...). Chama-se "O jogo do eu", e foi bem famosinho no meu tempo de adolescente. Pra quem finge que não lembra eu explico: um conjunto de pequenas tarefas, com a intenção de trazer um pouco de encanto à vida. E tava matutando que a gente podia brincar todo mundo junto né? (Tempo livre é uma merd*&%#, dá essas idéias na cabeça desta que vos escreve)

Então vai ser assim ó: hoje eu tirei essa cartinha:

"Telefone aos seus amigos e combine um dia para jogar. Pode ser baralho, jogos de tabuleiro, de salão, mímica, etc. Se não tiver o hábito, pode ser um esporte também."

Fácil esse.

Aí eu nem pensei em colocar tempo pra completar a tarefa, porque, né, é pra ser uma coisa gostosinha, gente! Se você quiser fazer e compartilhar a experiência será bem vindo - posso divulgar seus comentários ou seu blog por aqui.

E eu acho que já começou legal... porque eu tinha uma galerinha que se reunia pra fazer tarde de jogos... era bem divertido! Vou ressucitar esse povo e depois eu conto pra vocês!!!!

Sol, tímido


Revelando sem agredir, iluminando sem queimar, espírito de Luz flanando pela janela do quarto...

...prometendo alívio às horas escuras, murmurando Vida em partículas que dançam ao som do vento. Desenhando na madeira clara mistérios de Sombra e Luz!

Borboletices

Hoje de manhã a Eletropaulo (fofa!) desligou a energia do quarteirão pra fazer alguns reparos na rede elétrica. E eu acordei cheia de graça, doidinha pra soltar um monte de abobrinhas aqui... veja que timing perfeito, meu com a Eletropaulo!

Não rolou blogagem. Aí fiquei borboletando pela casa... ontem eu briguei com a roseira porque ela tá se espalhando demais pelo jardim, espetando as outras plantas... aí hoje vou lá e descubro 9 novos botões! N - O - V - E. Diz aí se essa roseira não é malandra? Claro que não briguei mais com ela né.

 Danadinha!

 Meditei um cadinho (pouco porque hoje a mente tá em outra). Aguei as plantas. Varri a sala. Fiz café fresco - você não adora cheiro de café? Um amigo ensinou a colocar uma pitada de canela pra passar junto com o pó do café. Uma coisa.

E tava um solzim tão bom...  atravessando as cortinas... enchendo de vida os cômodos vazios. Nem solidão rola com um sol desses.

Som. Nada de som. Mentira. Dava pra ouvir toda a sinfonia dos moços pendurados no poste. Puxa. Puxa. PUUUUUUUUUXAAAAAAAAAA!!! NÃAAAAAAO, PÁAAAAAAAAARAAAAAAAAA!!!! Eita que eu quase fui lá puxar também. Eles estavam se divertindo bastante.

Então resolvi compartilhar o livro do Shakespeare com os transeuntes da casa. As obras completas e ilustradas, na própria língua do gênio. O livro é bonitão então é legal deixar assim, pro mundo. E agora ele tá disponível, sobre a mesinha da sala. Eu sou tão generosa. Ás vezes.

Ser ou não ser?

Aproveitei o tempo livre pra ajeitar a agenda de aulas na semana que vem. Vão rolar várias reposições por conta do feriado e vai ter noite de Lua Nova, a semana vai ser daquelas que passam rápido, já vi tudo.

Almocinho bom, dormidinha melhor ainda, caminhadinha pro sangue (voltar a) circular. Nessa ordem. A caminhadinha me levou à melhor sorveteria de São Paulo, na minha humilde opinião. Ops! Fui obrigada a tomar um sorvete né. Sabem, eu não resisto à certas tentações...

Não tinha o meu preferido ever (de pera! Sensacional!) então resolvi ousar: sorvete de gergelim. Éeeeee! Gergelim!!! E, posso falar? Tô apaixonada. Como eu vivi a minha vida até hoje sem ter tomado sorvete de gergelim?????

Perguntas que não têm resposta. 

Ficou com vontade? A sorveteria é essa aqui ó: Vipiteno. Na boa, se eu trabalhasse lá eu pediria meu pagamento em sorvete.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Hanuman Chalisa



As aulas de hoje são ao som de Krishna Das!

Flow in grace

Tem dia que o corpo não ajuda né? Faço algumas sequências de leve, só pra soltar os nós que faço nos ombros quando durmo. E nestes movimentos suaves o corpinho já reclama. Dói o pescoço. Dói atrás do joelho. A lombar. Dói especialmente o tornozelo direito que já foi quebrado e nunca mais voltou ao normal.

Até respirar é complicado. Inspira, barriga pra fora, expandindo costela, peito subindo. Expira sai tudo embolado. Meleca.

Mas tem dia.... ah, é por estes dias que eu me levanto antes do sol iluminar e criar vida em tudo!

Tem dia que o corpo se une à respiração numa graça absurda, num fluir tão tranquilo e conectado que a mente se cala. E a percepção faz com que cada célula, cada músculo, cada nervo tenha um sentido no asana perfeito. Entenda que quando digo asana perfeito não me refiro àquelas posturas lindas de capa de revista; digo no real sentido de asana: assento. 

Hein?!

É isso aê. Literalmente asana significa assento. E o que um assento deve ser? Estável e confortável! E pra quê? Pra você ter a condição ideal para apenas SER.

E aí fica fácil manter a coluna ereta, o corpo relaxado e a mente atenta. E o pranayama cria a condição perfeita para eu me libertar de tempo e espaço. E é exatamente nesse momento (que não é momento porque o tempo não existe) que as sensações criam informações absurdas: o corpo cresce, ou esquenta, ou esfria, ou sobe, ou desce. E eu percebo que não preciso de nada disso. E que eu preciso de tudo isso. E que eu não sou eu...

Louco né? Faz pra você ver como é. Em palavras é difícil passar a experiência. Mas é isso... tem dia que o corpo está predisposto a ser vencido. Aproveite bem esses dias.

Precisando de uma ajudadinha, mande-me um mail! Estamos aqui pra isso!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Fenômenos

E eu parecia saber o que exatamente esse movimento despertaria. Mas a prática e a teoria as vezes são tão distintas, tão inexplicavelmente incoerentes que não ouso enfrentá-las. Apenas observo, e permito que a sensação venha, derrubando todas as minhas frases de efeito, as minhas afirmações e expectativas.

Mas ela vem com a força de uma onda, arrastando pensamentos e o ritmo suave da respiração... e vem com a intensidade de um vulcão, destruindo princípios e verdades.

Pois que venha. E mais uma vez desperte a vida em meu sangue. Ferva. E me ensine que a realidade é a que vem pelos poros, que marca o corpo e faz o coração acelerar.

Venha e renove meus dias. Me ensine a aceitar as pernas amolecendo, o corpo vibrando e mente aplaudindo. Venha e desdobre minhas asas, apresente-me o céu que eu quero partir!

Aceito a surpresa, e o acinte. Enfrento teus delírios com minha lucidez, incentivo até. Afinal...

...se nada der certo pelo menos teremos estórias pra contar!

Vampiro

Morde minha boca.
Minha carne.
Deixa tua presença gravada na memória.
E o teu cheiro ansiado entre sonhos.
Desliza teus dedos em meus lábios.
E diz o que eu quero ouvir.
E eu suspiro no teu ouvido.
E esqueço do meu corpo.
E entrego minhAlma.

Encontro com a morte

Com a ajudinha de meu querido amigo Paulo Urban que descobriu o bendito livro da vez que estava escondido na última prateleira do último sebo que ele fuçou, apresento-lhes...

tcharaaaaam!!!!



Encontro com a morte! Ui.

Em Jerusalem. E Petra. Já imaginei as cenas daquela novela que passou na Globo. Da menina linda que sofria um acidente e ficava paraplégica. Era em Petra não era? Algo assim...

Volta Daniela.

Então! Era uma vez uma mãe mega controladora. Mais que a minha ou a sua. Que criou os filhos assim, em casa, sem nenhum contato externo, totalmente dependentes. E eles crescem dominados, passivos, sem iniciativa, sem gosto pela vida. Aí a mãe malucona resolve fazer uma viagem com todos eles, e vendo como era o mundão de Deus eles se revoltam mas não tem coragem de enfrentar a mãe... aí vira aquela situação estranha né? Na frente todo mundo fala amém, por trás todo mundo quer matar a véia. Si - nis - tro.

E em Petra a véia morre mesmo. De ataque "provocado" do coração. E aí?

E aí que Poirot tava por lá - o cara é mais viajado que as cinzas do vulcão chileno. Claro que ele se mete na história e em 24 horas descobre o que realmente aconteceu. Conversa aqui, conversa acolá, faz o perfil psicológico (perfeito) de todo mundo e encena o fato. E gente, de boa, não é quem você está pensando que é!!! Nunca é.... dona Agatha always wins!

Eu poderia contar o final porque esse livro é mega dificil de achar. Mas não vou. Porque eu sou ruim.

Ohohohohohohohohoho!!!! (risada maquiavélica)

Encontro com a morte
Agatha Christie
Ed. Nova Fronteira
149 páginas

Solsticio de Inverno

Quaaaaase que eu esqueço!!!

Hoje é Solstício de Inverno no Hemisfério Sul minha gente! Hein?!


Solstício de inverno é quando a noite é mais longa que o dia. Aí você me pergunta: e daí? E eu respondo, ó leitor: seguindo os ritmos da natureza aproveitamos o Inverno para refletir, purificar e nos preparar para o renascimento - a Primavera! E hoje, alem de ser oficialmente início do Inverno é também o auge da escuridão, este ano as duas datas coincidiram. Nas tradições pagãs comemora-se o renascimento do Sol. Solstícios e Equinócios são dias de poder.

Pretty.

Então aproveite esta noite para uma meditação simples e poderosa: acenda uma vela e faça uma oração, com muito amor e respeito. Perceba seu corpo quieto, a mente tranquila, e sintonize-se com o que precisa ser limpo e purificado na sua vida. Reflita sobre o que deve renascer na Primavera. Prepare o "terreno": seu corpo e sua mente, e principalmente, crie essas possibilidades no Universo.

Este ano realmente tem sido espetacular para mudanças... entre na Energia.

Entregue, confie, aceite, agradeça.

As datas se referem ao Hemisfério Norte ok? Para Brasil e afins considere o festival imediatamente oposto!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Mineirices

Tem coisa melhor do que cheiro de café numa tarde fria de Outono?



Utilidade pública!

Hoje começa a mostra Alfred Hitchcock em São Paulo!!!! Oportunidade única de ver na telona cráaaaaaaaassicos incríveis, tipo o meu preferido ever "Um corpo que cai".

De hoje até 24 de Julho, hein.

A programação completa você vê aqui. Clica aê!

Hoje acordei cantarolando essa...



Coisas Pequenas
Madredeus
Composição : Pedro Ayres Magalhães

Coisas pequenas são
Coisas pequenas
São tudo o que eu te quero dar
E estas palavras são
Coisas pequenas
Que dizem que eu te quero amar.
Amar, amar, amar
Só vale a pena
Se tu quiseres confirmar
Que um grande amor não é
Coisa pequena
Que nada é maior que amar.
E a hora
Que te espreita
É só tua.
Decerto, nao será
Só a que resta;
A hora
Que esperei a vida toda,
É esta.
E a hora
Que te espreita
É derradeira.
Decerto já bateu
À tua porta.
A hora
Que esperaste a vida inteira,
É agora.

Eclipssss

Meninada,
hoje vai rolar um eclipse total lunar, visivel em alguns pontos do Brasil - principalmente no nordeste. Massss pra quem fica mais aqui no rabicó do país, não se avexe... mesmo que você não consiga ver este belo espetáculo saiba que os efeitos do fenômeno também se estenderão à você!

A parte ruim é que os efeitos costumam ser catastróficos! ;)

As coisas tendem a se intensificar neste período. Rolam umas crises, uma inversão de valores, mudanças bruscas e inesperadas...

Ou seja, aproveite o momento para eliminar da sua vida tudo o que não te serve mais.

E relaxe. O que tiver que ser... será.

Jaya Chandra!

domingo, 12 de junho de 2011

Por onde minha mente passeou nestes dias

Assisti dois filmes por estes dias e ainda não tive tempo de comentar aqui. Bem, agora é meio tarde... mas lá vai:

Piratas do Caribe, 45B. Falando sério, alguém ainda acredita que haverá alguma novidade na série??? É bonzim. Como o primeiro. O segundo. O terceiro... vou entregar: nós mulheres vamos pelo Jhonny Depp! E só.

X Men, 1ª classe. Então... eu gostei... mas eu sou meio viciada em mutantes. Gostei de ver a versão de Hollywood para a amizade do Professor Xavier com o Magneto. E o motivo da cadeira de rodas. Não gostei da escolha dos mutantes... tem personagem muuuuuuuuuuito mais interessante. E amei ver o James Mcavoy. Hum... pensando bem acho que ultimamente meus hormônios estão meio malucos..... minhas resenhas cinematográficas estão cheias de referências masculinas!!!!

Relevem. Tô ficando velha, deve ser o corpo reajustando.

Danisofando

Vou contar uma coisa que vai fazer muita gente torcer o nariz. Não que eu realmente me importe... afinal cada um sabe o que fazer com o próprio nariz... mas tenta não fazer isso. Dói. E não vai mudar o que eu vou contar.

Mas sem crise.

Fui uma adolescente no sentido mais romântico da palavra. Daquelas que dançava de olhos fechados toda vez que tocava "Like a prayer" no rádio da sala. Isso no meio da lição de casa. Sensacional.

Daquelas que sofria intensamente as dores do mundo que eu nem sabia quais eram. Mas era bonito chorar escolhendo o melhor ângulo no espelho. E sofrer, sofrer, sofrer. Julieta Romeuless.

E eu tinha a mais absoluta certeza de que morreria aos 20 anos. Louco isso. E o mais incrível: achava lindo. Um quê de rebeldia pura. Eu, Janis, Jim "and let Jimmy take over".

Mas então, não morri. Pelo contrário! Comecei a tomar gosto em colocar os tijolinhos na construção esperada, sabe? Continuei dançando na sala, mas abaixei o volume pra não incomodar os vizinhos. Continuei sofrendo - mas propositalmente, pra render em textos que hoje sinto mais fluídos e consistentes.
Aprendi a cozinhar, costurar, pintar, escrever, ganhar meu próprio dinheiro. Tomei gosto por exercícios físicos, o que mantém meu corpo forte e a lei da gravidade longe - for now.

Mulé perfeita. Bom? Pode ser... pra quem tá enxergando de fora né? Pra mim a melhor parte, mesmo, é quando morro. É people beautiful, você leu certo. As vezes tenho a consciência de que morro. E recomendo. É li - ber - ta - dor.

Aí eu derrubo todos os tijolos que demorei tanto tempo empilhando. Aumento o som, converso com o jardim e atravesso a cidade a pé. Rio alto dentro do ônibus. Converso com desconhecidos sempre que possível. Vou de pijama na padaria (esse eu adoro).

Tem colhão? Demita-se. É humano mesmo? Mude de idéia. Reconheça que precisa de segurança. Eu preciso. E recoloco um tijolinho. Porque a vida é isso né? Uma sucessão de mortes e renascimentos, como o dia que vem depois da noite, a inspiração que vem depois da expiração, o vizinho enchendo o saco depois de ouvir Kings of Leon pela quadragésima nona vez.

Depois de alguns poucos anos de vida ouso dar um conselho: SAIA DO PILOTO AUTOMÁTICO. Nem que seja muito de vez em quando.

Well, well... hoje fico mais velha. De novo. Portanto não me dê ouvidos. Estou pelo menos 12 anos atrasada na previsão da minha morte!!! Parafraseando Sócrates: só sei que nada sei.

Conserta-se e desconcerta-se amigos

Pega aquela perna alí... não, essa não. Aquela que é igual à essa né, tá vendo? Isso, muito bom. Agora eu encaixo aqui... e a outra aqui... veja... ó, ficou ótemo!  Os braços agora. Os dois iguais, lógico! Passa eles pra cá, um de cada vez, com cuidado... pronto, pronto, encaixado. Tá ficando bom de novo. Ué... a cabeça não tava aqui em cima desta mesa??? Cadê a cabeça... ai... isso é um problema... veja se rolou pra debaixo do sofá... ah, essa mesma! Puxe com cuidado, não vai deixar cair alguma poeira nos olhos! Me dá aqui... calma, devagar... ai CUIDADO!!!! Falei pra tomar cuidado! Os pensamentos rolaram toooooodos pelo chão!!! E agora? Ai ai ai... bom, enquanto eu rosqueio a cabeça no pescoço veja se consegue juntar os pensamentos! Rápido antes que.... aff, esquece.... bateu o vento e levou tuuuudo pela janela!!!!

Bom, tá aqui. Amigo consertado. Muito bom. O único porem é que ele vai ter que pensar novos pensamentos!!!

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Ha quanto tempo você não vê uma borboleta?


Borboletas


Pele tão delicada, translúcida como uma gota d´água
num suave movimento de ir e vir,
como uma lágrima que desliza pelo rosto,
fina, doce, hipnotizando os olhares curiosos
que seguem a melódica dança de suas asas.
E vai colorindo os dias, flores que flutuam entre as brisas perfumadas
matizes que beijam pétalas virginais
um testemunho da inocência, da felicidade que existe nas coisas mais simples.
Pequenos milagres que confirmam a respiração divina.

Minha janela está aberta na espera desta presença ilustre.

terça-feira, 7 de junho de 2011

O valor dos insultos

Um rapaz, filho de um próspero e afortunado comerciante indiano, bem estabelecido em Calcutá, recusando-se a seguir com os negócios do pai, anunciou que tudo largaria para ser discípulo de um famoso mestre que vivia na cidade. Tendo procurado pelo guru, entretanto, este não o aceitou, por considerá-lo jovem ainda, bastante imaturo. Decepcionado, ao retornar para casa, foi alvo de chacotas e insultos de seus familiares, que passaram desde então a ridicularizá-lo em tudo aquilo que fazia ou dizia. O jovem, que se viu assim em constantes discussões com seus entes queridos, foi novamente ter com o sábio.

Tendo ouvido suas queixas, ele lhe disse: "De hoje em diante então, dê uma rúpia a todo aquele que o insultar; independentemente de quem seja seu ofensor, nada responda, apenas pague, e ainda, se o insulto lhe parecer muito grande, pague então cinco rúpias a quem o xingar assim".

O moço nada entendeu mas achou melhor fazer o que lhe recomendava o mestre. E passou a dar moedas aos que o ofendiam, sem nada responder diretamente a eles. Não tardou, os mendigos da região descobriram a brecha e passaram igualmente a dirigir todo tipo de impropérios ao jovem, que passava por eles dando-lhes suas moedas em troca de cada ofensa recebida. Com o espalhar da notícia, aglomerou-se às portas de sua bela casa uma pequena horda de vagabundos que simplesmente viram naquela prática uma maneira de ganhar moedas facilmente. E o rapaz, conforme lhe instruíra o mestre, pagava a todos que o insultavam uma rúpia, e dava outras cinco àqueles que o desmoralizavam mais  gravemente.

Houve um dia então em que o rapaz acordou incomodado com tudo aquilo e resolveu questionar o guru. Tendo ido à sua presença, assim se colocou: "Faz três anos que sigo estritamente vossa recomendação, amado mestre, mas nada entendo do porquê de estar dando moedas em troca de agressões, em todo caso... até quando devo continuar agindo assim?"

"Há três anos que faz isso? - exclamou o guru - nossa, nem me lembrava de ter-lhe dado tal tarefa, aliás, para ser sincero, já havia me esquecido de você. Em todo caso, continuo impossibilitado de acolher em minha escola novos alunos, contudo, creio que você agora esteja pronto a ser admitido no Templo Proibido de Daramshala. Libere-se desta tola tarefa que lhe dei, largue imediatamente tudo o que tem, disponha somente do necessário para viajar e siga para Daramshala na aurora”.

O jovem nem perdeu tempo. O Templo Proibido de Daramshala, situado no norte da Índia, nos altos montes dos contrafortes do Himalaia, era simplesmente o mais conceituado dos templos, lugar de privilégio dos grandes iniciados no esoterismo hindu. Despedindo-se definitivamente de seus familiares todos, que se mostraram atônitos com tal decisão, para lá se dirigiu o moço. Longa peregrinação!

Depois de dificultosa viagem, finalmente ao deparar-se com o Templo Proibido, viu o moço que seus grandes portões estavam cerrados, e que toda uma turba de mendigos vivia ali assentada, sobrevivendo de alguma comida que os monges lhes davam. Ao verem chegar o rapaz, tendo percebido que era alguém de posses, passaram a insultá-lo e a caçoar dele, galhofando: "Olhem só o idiota que chega para ser monge, jamais será admitido ao Templo Proibido". Outros diziam, "Só mesmo um trouxa chega até aqui pensando que os portões lhe serão abertos assim, à toa!" "Estamos mesmo diante de um jovem tão rico quanto imbecil", gargalhavam outros tantos. O rapaz, vendo o que lhe acontecia, caiu também na risada. E ria largamente quando um dos mendigos dele se aproximou, interpelando-o de modo a
intimidá-lo: "Por que é que ris assim destes todos que caçoam de ti?" Com toda serenidade do mundo, respondeu-lhe o jovem peregrino: "Ora, há três anos sou obrigado a pagar a todos os que me xingam, agora posso rir completamente à vontade disso tudo; rio desses pobres miseráveis e rio ainda de mim mesmo, só por constatar que estou sendo xingado de graça, que aquilo por que sempre paguei, em verdade, já não me custa nada. Bobagem a nossa levarmos as coisas todas para o lado pessoal, menos ainda creio seja importante dar atenção à opinião dos outros em detrimento da consciência que devemos ter de nós mesmos. E digo ainda que todos os problemas talvez possam ser solucionados se mudarmos apenas nosso modo de olhar para eles".

Tendo ouvido isso, o mendigo lhe respondeu: "Olha-me bem, olha nos meus olhos." Ao reconhecer o antigo guru de Calcutá, o jovem estremeceu. "Sim, sou eu, prosseguiu o mendigo, sou teu velho guru disfarçado de mendigo; acompanha-me que entraremos juntos e te iniciarei nos grandes Mistérios do hinduísmo. Vejo que estás definitivamente despido de teu ego e pronto para começares tua nova vida..."

Conto escrito e cedido gentilmente por Paulo Urban, amigo virtual, contador de histórias e irmão de letras!

Você encontra mais sobre ele aqui ó:   www.amigodalma.com.br


Valeu Paulo!!!!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Asas da borboleta

Na sexta feira te espero, para cuidar do meu jardim
mexer na terra, nutrir as flores, semear amor e atenção
permitir o nascimento e o crescimento pela ponta dos seus dedos
derramar sua alquimia entre o inspirar e expirar
nessa mágica que acontece quando se faz com o coração.

Na sexta noite tua presença será abençoada
pelos raios de uma lua timida, pelo brilho do meu olhar
e pelo encontro da minha vontade com a tua alegria
de fazer nascer a rosa, de sentir os dedos na terra
de saborear o tempo, no meu jardim.


India, sempre.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Como não amar

Noticias populares inglês

Well well Guilherme Tell, o tema do Desafio Literário (é, eu voltei, voltei para ficar!) desse mês é peça teatral. E quem é o gênio do teatro? Quem? Queeeeeeem???

Shakespeare, of course.

Lá fui eu me debruçar sobre Macbeth... mas gente! Faltou pingar sangue das páginas! E não sei se a tradução que peguei era ruim, mas parecia que faltava vários pedaços na estória...

Macbeth está passeando, la la lá, e encontra 3 bruxas. As bruxas, sabe-se lá porque, começam a fazer previsões, e dizem que ele será o rei da Escócia. Aí ele vai pro castelo e conversando com a digníssima esposa dona lady Macbeth os dois inventam de matar o rei atual. E pronto, Macbeth é aclamado rei no lugar do fofo assassinado. Essa parte não ficou muito clara... mas deu a entender que o traidor já tinha toda uma estratégia traçada pra culminar na sua coroação.

Aí, voltando às previsões, as 3 bruxas também disseram que ele seria o rei, mas o amigo dele seria o progenitor de uma linhagem de reis. Macbeth (que não é tonto) mata o amigo, pra não ter concorrência. Porém o filho do cara consegue fugir, e se une aos filhos do "rei posto rei morto" e voltam todos pra se vingar.

Nesse meio tempo dona lady Macbeth fica maluquinha, e se mata. Quer dizer, isso tambem não está claro... mas pela escolha de palavras parece que foi isso que aconteceu.

E chegam os soldados e os filhos órfãos e acabam com o tal do Macbeth. Fim.

Não é uma estória digna do Noticias Populares (pra quem não conhece era um jornal que se você torcesse saía sangue)?

Apesar de achar o enredo meio besta tem algumas passagens que vale a citação. Tipo essa, que transcrevo abaixo:

Teria de morrer alguma vez
chegaria a ocasião para a notícia.
Amanhã, e amanhã, e outro amanhã
rasteja dia a dia em miúdo avanço
até a última sílaba da história;
e os nossos ontens alumiaram, todos,
a estrada que nos leva, a nós, ingênuos,
ao pó da morte. Apaga-te, oh apaga-te,
precária vela! A vida é tão somente
uma sombra que passa; um pobre ator,
que no palco empertiga-se e entedia-se
em sua hora e depois não mais é ouvido:
é uma história narrada por idiota
cheia de som e fúria que não querem
dizer nada. (p. 120)

É... gênio é gênio. Mesmo em enredo besta.

Macbeth
Shakespeare
Ed. Circulo do livro
154 páginas

E quem precisa de carro?

Quem mora em cidade congestionada (80% da população, eu acho...) sabe como é difícil perder horas preciosas alí, vendo o sinal abrir, o sinal fechar, o sinal abrir de novo... e você parada.

Eu não uso carro. São Paulo não precisa de mais um veículo na rua. Vou a pé, de ônibus, de metrô, de bicicleta... aliás, li algumas noticias que quero compartilhar - daí essa introdução ao assunto.

A primeira é que a cidade está mapeando rotas mais seguras para ciclistas. Sensacional! Porque quem anda no meio do tráfego sabe que não é muito confortável disputar a faixa com um caminhão de refrigerantes... a noticia é do UOL, clica aqui para ler.

A segunda notícia é mais especificamente para mulheres. Como usar a bike para se locomover e continuar linda? :) um mistério da humanidade que está sendo solucionado por um grupo de ciclistas dispostas a discutir o assunto! Aqui a matéria, também do UOL, e o blog das Pedalinas aqui.

Muito bom... não polui, consome energia renovável, deixa as pernas lindas e faz você economizar tempo. And time is money, ladies.

A little help from my friends!

Pensamentos positivos!
Todo mundo junto!
Acreditando que a Roda tá virando, tipo, AGORA.

Mulher de fé.