Então, como dizia, devorei "O natal de Poirot" ontem, enquanto a chuva batia copiosamente na janela da sala.
Trilha perfeita.
Véspera de natal e o velhinho escroto reune a família toda em volta de sí. A família toda quer dizer: o filho que mora com ele e a esposa dedicada, o filho político e mesquinho e a esposa perdulária, o filho artista renegado e a esposa forte e digna, o filho pródigo que fez um monte de estupidez mas não tem problema papai te ama, e como a filha morreu, chama a neta desconhecida.
E o velhinho junta essa galera pra fazer o quê? Escrotice! Passa a véspera de natal provocando todo mundo. Dizendo que são todos fracos, que todos puxaram a mãe (que tinha cabeça de amendoim). E o que acontece na noite de natal? Ele é assassinado.
Hum.. tá vendo só, um deles não era tão fraco assim.
A cena do crime é genial: o velho era inválido, nunca saía do quarto. Então foi lá que o crime aconteceu. Depois do jantar todo mundo escuta uma confusão e um grito horrendo, sobem para o quarto e a porta tá trancada. Arrombam a porta e tá lá o velhinho escroto boiando em sangue. Os móveis todos caídos e saaaaaangue pra todo lado! D. Agatha não brinca em serviço. E aqui rola uma citação de Shakespeare! A esposa dedicada olha aquela cena e diz "Quem jamais poderia imaginar que aquele velho guardasse tanto sangue dentro de sí?". Palavras de lady Macbeth, minha gente.
Sangue demais, as you asked for. Rs...
Entram em cena o superintendente da polícia local, o coronel, e Poirot. Papo vai, papo vem, e sou obrigada a dizer à vocês que as pistas são todas muito óbvias mas gente, quando o culpado é revelado levei um susto. Um susto tão grande quanto no dia em que eu li "A casa torta" ou "O caso dos dez negrinhos". Porque o culpado era a pessoa menos culpada possível!!!! Sacou? Não? Então vai ler e depois me diz se não concorda.
Este sim é extremamente Agathachristieniano!
O natal de Poirot
Editora Nova Fronteira
223 páginas
Nota: 10/ 10
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