quarta-feira, 30 de maio de 2012

Coisas que me acontecem

Continuo na esperança de que alguem passe por situações tão esdrúxulas quanto eu... e resolva contar, né, pra eu começar a me achar mais normal.

Fui ao médico hoje. Dermatologista. Cheguei cedo e tomei o tradicional chá de cadeira. Finalmente fui atendida por uma doutora muito simpática:

- Por favor tire a blusa e a calça para que possamos mapeá-la.

Pois não. Vai a perneta manquitola tirar a calça... poderia jurar que ouvi o tema de abertura dos Trapalhões, nessa hora. Toc toc, abre a porta, entra outra médica. Pós graduanda:

- Por favor, notei que o seu biótipo é o que estou procurando para a minha pesquisa de monografia. Você me autoriza acompanhar o seu caso?

Claro, fique a vontade, por que não. Novamente a porta:

- Ah, esta é a minha supervisora, preciso relatar o seu caso, e ela também irá examinar alguns pontos.

Enquanto ela explica o meu caso (que é muito simples, tenho pintas. Muitas pintas. E elas conseguiram dizer isso com 415 palavras. Impressionante o vocabulário médico!) novamente aparece alguem à porta:

- Olá, esse é o meu orientador de monografia. Olha esta voluntária, perfeita para a pesquisa.

Ou seja, em menos de cinco minutos estava esta que vos escreve pelada e esquecida num canto enquanto rolava um simpósio de dermatologia particular. Pensei em sugerir de fazer a consulta lá fora mesmo, né, assim todo mundo participava logo de uma vez.


Mas então ouvi de um deles: "vamos contar", e resolvi não dar ideia...

sábado, 26 de maio de 2012

Manquitola

A vida convalescente é tão... sem graça!

Esta semana tive a infelicidade de dobrar o joelho para o lado errado. É gente linda, isso é possível! Mas não é agradável, realmente não tente isso em casa.

Resultado: muitas aulas canceladas, muitos treinos perdidos e uma imobilidade forçada.

Daí lhes digo: coloque uma geminiana em início de TPM numa situação de imobilidade forçada e tente sobreviver ao maior ataque de mau humor da face da terra.

Se tens amor à vida, fique longe.
Inferno astral, sai de mim!!!

Hickory, dickory, dock

Achei realmente fascinante a forma como Poirot se enrolou numa série de pequenos roubos ocorridos numa república estudantil.

A secretária dele cometeu três erros numa carta. Não é um absurdo??? Poirot ficou tão intrigado, mas tão intrigado, que resolveu olhar pra ela! E percebeu que ela era gente humana como qualquer outra gente humana! E que talvez estivesse com alguma preocupação... e o que seria?

E o que seria é que a Sra Hubbard, irmã da srta Lemon (a secretária super eficiente de Poirot) está com algumas dificuldades na administração da pensão de estudantes. Coisas esquisitas estão acontecendo... sumiram lâmpadas, bijuterias, maquiagens... uma mochila e um cachecol foram encontrados aos pedaços...

Poirot, bruxo como ele só, escuta essa estória, pede a lista de coisas desaparecidas e já sabe que vai rolar um crime. Claro que não fala nada pra Sra Hubbard senão matava a véia, mas foi até lá pra conhecer os estudantes e deixar o seu recado: "se alguem aqui estiver pensando em cometer um crime, não cometa."

Você já falou com um adolescente? É mais ou menos assim:

- Coloca uma blusa que vai fazer frio.
- Tá bom.

E o cara vai embora sem a blusa. Porque ele sabe que não vai fazer frio nada. E depois faz frio e ele se ferra, mas c´est la vie. O que eu quero dizer é que assim que Poirot vira as costas, alguem é suicidado. E enquanto Poirot e o policial responsável pela investigação vão costurando a lógica dos pequenos roubos, mais alguns crimes acontecem. Mas no final tudo é revelado - como sempre. Um caso do passado e uma ousadia juvenil.

Tive a sensação de finalmente estar lendo algo "fresco", depois de tantos livros lidos seguidos, da mesma autora.

Morte na Rua Hickory
Agatha Christie
Ed. Nova Fronteira
150 páginas
Nota: 7/ 10

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Dani das cavernas

Eis que ontem, durante o jantar, uma amiga faz o seguinte comentário:

- Mas Dani, eles estão na mesma situação que nós: se você quiser um caso rápido, o mundo tá cheio de tranqueira pra isso. Mas uma mulher companheira, pra conversar e dividir a vida, tá difícil de achar...

Então essa verdade caiu que nem um tijolo na minha testa: eu que tanto desprezo o tal do preconceito, vivendo com uma visão sexista sobre relacionamentos. Shame on me.  Ainda bem que tenho amigos inteligentes e esclarecidos que, com uma simples observação, derrubam toda uma linha de pensamento obviamente ultrapassada.

Somos todos seres humanos buscando uma maior compreensão da felicidade, e essa busca fica um pouco mais fácil quando tem alguém do lado pra dividir as angústias e trocar experiências. E na verdade, gênero ou tamanho de roupa é o que menos importa aqui...

Pois então quebrei meu paradigma de balada: pra homem tá fácil, sim, pegar alguem na noite. E pra mulher tambem. Mas envolvimento tá difícil pra todo mundo.

"Tem que puxar pelos cabelos... senão enche de terra e estraga tudo!"

quinta-feira, 24 de maio de 2012

A primeira vez


Sim, é lindo. E não, não precisa chegar a tanto.

Daí você chega na sala de prática para a sua primeira aula de yoga. Fica alí no fundo, meio sem jeito, assistindo as outras pessoas fazendo movimentos fortes, lindos e, pra você, impossíveis. E a aula ainda nem começou...

O meu melhor conselho neste momento é: não se prepare. Vá de mente aberta e sem julgamentos. Não espere malabarismos, músicas devocionais, incensos exóticos. Mas se rolar isso tudo, não se espante. Tente relaxar e curtir, seguindo a sua respiração, obedecendo o seu corpo.

Saiba que aquela pessoa que está ao seu lado pratica segundo os princípios dela, as vontades dela, a respiração dela. E não tem nada a ver com os seus princípios, sua vontade, seu ritmo. Logo ela não serve de exemplo para você. Esqueça as pessoas à sua volta.

O que nos leva ao ponto principal: preste atenção somente em você. Não se preocupe se o pé não chega aonde o instrutor disse que poderia chegar... apenas observe as sensações enquanto se movimenta. E o que te parece aquele instante entre a expiração e a próxima inspiração? Tem uma voz berrando no seu ouvido, lembrando que é preciso comprar leite ou que ao chegar em casa não vai dar tempo de terminar um relatório?

A mente não curte ficar parada. E se você dá total atenção à ela perde grande parte da sua presença. E o tempo passa mais rápido, e chega-se ao final do dia com aquela sensação de que não se realizou nada.

Esses dias ouvi de uma aluna: "mexi partes do meu corpo que eu nem sabia que se mexiam!". Achei a coisa mais linda do mundo... quer prova mais real de atenção plena?

Toda prática de yoga tem por objetivo aquietar a mente. Alguns cansam o corpo pra isso. Outros cantam, fazem exercícios respiratórios, debatem conceitos... mas o foco é o mesmo: trazer a sua atenção ao presente, para que você aprenda a controlar seus pensamentos, e não o contrário.

Isso é meditação.

Ou você acha que só medita aquele cara esquisito, sentado em lótus, no alto do Himalaia? Meditar no Himalaia é fácil! Distração zero e nenhuma pressão. Quero ver é meditar no intervalo da novela!

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Onde foi todo mundo???

As vezes dona Agatha tem crises megalômanas e vem com esse papo de Pink e Cérebro, que, olha, só por Deus. "As mais brilhantes pessoas do mundo", "homem mais rico do universo", "centro de pesquisas perdido no meio do deserto" são frases lidas constantemente por aqui.

Ou seja, chato.

 A zona é mais ou menos a seguinte: os maiores cientistas da Terra (isso mesmo, do planeta inteiro) estão desaparecendo. Vão fazer um seminário em algum lugar e pluft! Nunca mais são vistos. Um agente da polícia britânica desconfia de que tem algo errado, né, e começa a seguir a mulher do último desaparecido. Acontece uma coisa incrivelmente incrivel pra ele, e péssima pra ela... e ele consegue substituí-la por uma agente infiltrada.

Mas a agente não é a Nikita, sabe? É uma mulé comum que agora tem que se virar pra fingir que está muito preocupada e com muitas saudades do maridinho desaparecido, enquanto vai seguindo as orientações da "organização" que ninguém sabe exatamente o que é. E essas indicações a levam até Marrocos... e de lá, pluft! Desaparece - para os outros, porque agora nós, insistentes leitores, sabemos o que realmente acontece. A esperta deixa algumas pistas, e finalmente chega no celeiro de gênios...

... que é praticamente o Admirável Mundo Novo, do Aldous Huxley. Todo mundo muito bem cuidado... desde que faça bem o seu serviço e não queira sair dalí. No meio do nada, sem nenhum contato externo... e agora, José?

Mas a polícia britânica é muito aplicada! Juntamente com um investigador francês recrutam bérberes pra varrer o deserto de Marrocos e encontrar as pistas deixadas pela agente dupla, que os levam até um leprosário no meio do nada. Hein? Melhor dar uma olhada de perto...

Neste enredo aqui não tem nenhum grande assassinato aparentemente sem solução. É apenas uma visão romanceada de uma mulher que perdeu tudo e tem uma segunda chance, cheia de aventuras e perigos. Muito feminino, nada radical.

Tem melhores, da autora.

Um destino ignorado
Agatha Christie
Ed. Record
242 páginas
Nota: 4/ 10

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Toda a vida está aqui



Me diverti demais vendo esse filme. Tem uma frase que um dos protagonistas diz que resume bem a experiência de se estar na Índia: um lugar que super estimula todos os seus sentidos.

sábado, 19 de maio de 2012

Água!



Assistindo a esta maravilhosa obra do cinema americano, algumas dúvidas pipocaram na minha rimbombante cabecinha:

1) Eram três barquinhos dentro do campo de força. Depois que os três afundaram, apareceu mais um. Que era uma peça de museu, de tão antigo. Mas... não eram só três lá dentro?!

2) Alem do barquinho de 1.715 ter aparecido magicamente dentro do campo de força, ele estava tripulado! Pelos seus operadores originais! Ou seja, marinheiros velhinhos! Mas... eles moravam dentro do barquinho?!

3) Os e.t.´s largaram uma peça em Hong Kong. Segundo os cientistas, era um aparelho para fazer comunicações extraterrenas. Só que toda a ação se passa no Havaí, porque lá ficavam os satélites que permitiriam enviar o sinal até o planeta dos invasores. Mas... pra que então deixar aquele telefone celular gigante em Hong Kong?!

E a dúvida que SEMPRE paira entre as minhas sobrancelhas, toda vez que assisto filme de alienígenas:

Por que todo e.t. do cinema tem dois braços, duas pernas, dois olhos, uma boca?!

Vibe 80´s

Tava eu, por estes dias, lendo Caio Fernando Abreu. E hoje, resenhando, ao som de Legião. Claro. Porque nada combina mais com aquele desespero oitentista, tão bem representado neste livro, do que Legião Urbana!


E que desespero, hein. Acho que a característica mais marcante do sofrimento dessa geração é a falta de esperança. Dá até uma dorzinha no coração, de ler, e relembrar. Porque esta que vos escreve cresceu por alí, sabe? Eu era uma lobisgirl juvenil... e algumas coisas que o cara escreve têm referência direta com algumas passagens na minha memória.

Nove contos para o "mofo". Oito para "morangos". E um último, apoteótico, para o câncer imaginário (imaginário?!), que dá nome ao livro. Uma coleção de frases que tentam de alguma forma dizer que lutaram tanto, engajaram, quebraram regras, e daí? Não tem nada além do som, dos cigarros, das paisagens, das tentativas de amor. Há uma necessidade louca de ser livre... mas quem entende essa liberdade? E o que é pior: o que não se entende, não se aceita.

"Chovia sempre e eu custei para conseguir me levantar daquela poça de lama, chegava num ponto, eu voltava ao ponto, em que era necessário um esforço muito grande, era preciso um esforço tão terrível que precisei sorrir mais sozinho e inventar mais um pouco, aquecendo meu segredo (...)"

É mais ou menos como se os personagens tivessem entendido como a própria vida limita. E desistiram de fazer diferente, de ser diferente, porque a diferença assusta e a agressão alheia dói. E ao mesmo tempo que entenderam os limites externos, o mundo interno explode... mas pra onde se espalhar?

Que angústia.

Mas Caio F. liberta, no final.

"(...) será possível plantar morangos aqui? Ou, se não aqui, procurar algum lugar em outro lugar? Frescos morangos vivos vermelhos. Achava que sim."

Não é um livro para momentos fracos, vai por mim.

Morangos Mofados
Caio Fernando Abreu
Ed. Agir
158 páginas

Pois hoje acordei com esta, entre as orelhas



Anos 80, baby. Alguma coisa salva.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

A relapsa

Cara, eu lancei um desafio há um tempo atrás e eu mesma não fiz necas. Veja só o tipo de gente que você lê, querido seguidor...

Mas antes tarde do que mais tarde! Estava eu limpando algumas gavetas e me deparei com as cartinhas mágicas.... sorteei, só pra ver assim o que rolava, e olha só o que saiu:
Rá. Macaco quer banana?

Como se eu precisasse de desculpas pra comprar livros... Preciso dizer que não tinha nem terminado a leitura da cartinha mágica e já estava dentro de um sebo, bem seboso?!

O resultado:


Dezessete livros. Dezessete. DEZESSETE. Pra quê ser normal quando você pode sair de um sebo tropeçando nas próprias pernas e tentando abraçar um monte de livros mofados, feliz e sorridente para a vida?

E olha como a vida é linda: vou lendo e contando, para que vocês, queridos leitores, não precisem passar por uma situação dessas! Eu sou tão fofa que não me aguento.

Então tá aí. Challenge accepted and destroyed.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

O cara

O cara das cores e das imagens fantásticas.

Steve McCurry,  no Sri Lanka...

... e no Rajastão. Olha essas cores!!!

Sempre fico extasiada olhando as fotos dO cara. Amazing.

domingo, 13 de maio de 2012

Conto da fada

A Casa da Mãe é um lugar mágico. Lá as feridas se curam e os problemas desaparecem entre afagos, beijos e bronquinhas. Porque na Casa da Mãe você perde a autoridade, a altura, o título. A Casa da Mãe não tem medo da diretoria.

A Casa da Mãe tem seu cheiro próprio - você abre a porta e já sabe que tem café fresco, bolo no forno, almoço de rei. Odor de presença, de limpeza, de realidade desejada.

A Casa da Mãe tem sempre uma cama quente, uma toalha limpa, uma comida da infância e uma lembrança de que já passou, já passou.

A Casa da Mãe é iluminada, mesmo que o sol tenha se escondido, mesmo que a chuva tenha caído. Tem um brilho que se esgueira pelos cantos e revela detalhes poéticos e saudades.

Saudades... a Casa da Mãe as vezes tá alí no peito, na moldura. E umedece os olhos, mas aquece o coração, porque reconhecesse a honra e o privilégio de um dia ter estado por lá.

A Casa da Mãe funciona como uma orquestra. A maestrina rege com o olhar e a sinfonia encanta pela simplicidade.

Só me resta fechar os olhos e absorver a obra com todos os poros.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Confissão

Gent´s,toda vez que abro este livro entro em depressão profunda e absoluta.

Sensacional!!!!!!!!!

Passionné....

Ben L´Oncle Soul

J'ai pas le regard de Spike Lee
J'ai pas l'génie de De Vinci
J'ai pas les pieds sur Terre, la patience de ma banquière
J'ai pas ces choses là
J'ai pas la sagesse de Gandhi,
L'assurance de Mohammed Ali
J'ai pas l'âme d'un gangster, la bonté de l'Abbé Pierre,
Ni l'aura de Guevara
Je ne suis qu'un Soulman, écoute ça, Baby
J'suis pas un Superman, loin de là
Juste moi, mes délires, je n'ai rien d'autre à offrir
Mais je sais qu'en fait c'est déjà ça
J'ai pas l'physique des magazines,
J'ai pas l'humour de Charlie Chaplin
Je n'ai pas la science infuse
Le savoir faire de Bocuse
Non je n'ai ces choses là
J'ai pas la chance de Neil Armstrong
J'ai pas la carrure de King Kong
Plusieurs cordes à mon arc, la ferveur de Rosa Parks
Ni le courage de Mandela
Je ne suis qu'un Soulman, écoute ça, Baby
J'suis pas un Superman, loin de là
Juste moi, mes délires, je n'ai rien d'autre à offrir
Mais je sais qu'en fait c'est déjà ça
x2
Moi j'aurais aimé être comme eux
Être hors du commun
J'ai bien essayé, j'ai fait d'mon mieux
Mais quoique je fasse à la fin
Je ne suis qu'un Soulman, écoute ça, Baby
J'suis pas un Superman, loin de là
Juste moi, mes délires, je n'ai rien d'autre à offrir
Mais je sais qu'en fait c'est déjà ça
x2
Juste moi, mes délires, je n'ai rien d'autre à offrir
Mais je sais qu'en fait c'est déjà ça


segunda-feira, 7 de maio de 2012

Alegria de gordo?

Olha, Jô Soares não é dos meus autores favoritos. Acho que ele escreveu livros bem divertidos, mas nada que seja de contar pra mãe.

Acho mesmo que ele escreve só pra todo mundo pensar "nossa, como ele é inteligente". Enfim, despeito meu.

A curiosidade me levou a ler O Xangô de Baker Street. Curtí. Um amigo indicou O Homem que matou Getúlio Vargas. Bacaninha. Resolvi ler também Assassinato na ABL. Oquei. Estou satisfeita, enough. É um autor de zona de conforto, se é que me entendem.

Eis que um amigo fofo me cedeu As esganadas. Vale uma resenha?

Não!

Talvez a escolha das suas referências tenha sido mau feita. Ou quem sabe, o autor perdeu o jeito. Porque esse aqui saiu muito, muito, muito chato.


terça-feira, 1 de maio de 2012

De uma cantiga infantil...

... veio a ideia dessa trama aqui, ó. Mr Fortescue toma uma xícara de chá e cai durinho no escritório, deixando sua secretária desnorteada. O cara vai para um hospital e lá vem a informação de que é caso de envenenamento. E que o veneno foi ministrado provavelmente durante o café da manhã, ou seja, a secretária se livrou.

Bora investigar quem participou do café da manhã, então. O investigador segue para o Chalé do Teixo, humilde mansão dos Fortescue, e lá descobrimos que:

a) Mr. Fortescue era um safado;
b) Mrs. Fortescue é uma safada;
c) Os filhos Fortescue são chatinho e safadinho, respectivamente.

Filho chatinho é casado com uma enfermeira bobinha, e o filho safadinho foi deserdado e mora na Africa Oriental. Segundo os testemunhos, Mr. Fortescue tava agindo de forma meio doida e o filho safadinho foi convidado a retornar à família. Ele e a esposa, Pat, uma fofa (segundo Miss Marple).

E no dia do retorno Mrs. Fortescue é assassinada. Cianureto na xícara de chá. No mesmo dia, a copeira é encontrada morta. Estrangulada com a meia de náilon e com um prendedor de roupas no nariz. Esse prendedor é crucial para nossa estória, uma vez que é este detalhe que traz Miss Marple à mansão.

Ela chega toda pimpona e se oferece para ajudar a polícia através de informações sobre Gladys, a copeira, que já tinha trabalhado para ela. E vocês conhecem a velhinha, né? Lógico que ela dá um jeitinho de ficar por ali - e resolver o crime.

Olha, milhares de dicas e poucas reviravoltas na estória. Muito bem bolado... e para variar o final não é nada disso que você está esperando! Ou seja, nem se apegue muito às dicas...
 
Cem gramas de centeio
Agatha Christie
Ed. Nova Fronteira
216 páginas
Nota: 7/ 10