sábado, 16 de outubro de 2010

Crescente vermelho

Teus olhos verdes, quando nervoso. Nublam meus pensamentos... tão belos e frios...
Firmo os pés na terra, cruzo os braços - uma falsa proteção ao coração. De onde vem tanto rancor?
Ah... se eu soubesse... cavaria em tuas carnes até tocar teu âmago, torcer teu ventre e fazer-te sangrar, sangrar, esvaziar todo o fel que envenena.
Sentiria-se melhor? Eu, exausta. Tu, vazio.
Eu esconderia minhas mãos tingidas de dor e amargura e encostaria meu nariz em tua face salgada... e seríamos felizes novamente.

Mas estes teus olhos traiçoeiros... talvez eu apenas me cale.

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