quarta-feira, 25 de maio de 2011

Trajetória

Estou um mês atrasada, quase nada... antes tarde do que mais tarde!!!

Acho que devido aos últimos acontecimentos que agitaram minha vida, minha cabeça e meus hormônios, 30 dias de atraso na leitura é perfeitamente aceitável...

Enfim, apresento-lhes a resenha de Abril (ficção): O pêndulo de Foucault, Umberto Eco - que não se limitou em ser apenas extremamente criativo, tambem tinha que ser italiano! Uuuuh... sexy!

Esse livro é uma provocação. Ele inicia moroso, prometendo nada, dizendo coisas que simplesmente não conectam. É um teste minha gente, não desistam. Porque quando você começa a "sacar" as coisas, pronto. A estória te agarra de uma forma que você começa a participar do Plano.

O Plano, a idéia central do livro. A obsessão dos três protagonistas - e logo a sua também. Mr. Eco é genial. Ele reconta toda a estória do mundo com uma pegada de conspiração mundial ocultista diabólica. E consegue enfiar todo mundo nessa: templários, cabalistas, árabes, russos, Hitler...

E fica tranquilo que vai ter um monte de passagem que você vai boiar. Noooooooormal. O cara é mestre em semiologia, entende master esse papo de objeto, signo, interpretante e por associação, simbologia e mitologia. Então relaxa, ele tem pelo menos uma vida a mais de conhecimento acadêmico do que eu ou você, reles mortal.

Eu resumo pra você não sofrer! Casaubon, Belbo e Diotallevi trabalham numa editora em Milão, e recebem todo tipo de textos e manuscritos para publicação. Aí num belo dia se deparam com uma mensagem que pode ser um grande segredo templário (ou rosacruciano, até agora não me decidi). E como eles não tinham nada pra fazer resolvem destrinchar o tal do mistério... e vão pesquisando, desenvolvendo, criando mesmo um plano que começou nos primórdios da humanidade e perdura até hoje.  Uma coisa meio Pink e Cérebro, vamos dominar o mundo. Mas o Plano começa a tomar vida e acaba engolindo eles todos. Sen - sa - ci - o - nal.

Pronto, basicamente é isso. É que Mr. Eco tem um jeito de narrar que é impossível não rir até doer a barriga em várias passagens. Sério.

"(...) No meio, um altar redondo, ornado de vários motos ou emblemas, do tipo NEQUAQUAM VACUUM...
- Né quá quá? Assinado Pato Donald?
- Isso é latim, está sabendo? Quer dizer o vácuo não existe." (p. 207)

O pêndulo de Foucault
Umberto Eco
Edições Bestbolso
676 páginas (isso mesmo, livro pra macho!)

Nenhum comentário:

Postar um comentário