quarta-feira, 4 de maio de 2011

Arejar atrás dos olhos, a alma

Dirijo o olhar escuro para o canto da parede
umedecido pelo esquecimento
pelas horas que passei projetando idéias (sem sentido) em minha cabeça.
E agora me vejo só, nessa esquina sem janelas
entregue ao som do bater incansável do relógio,
e tentando decifrar o sabor daquela mancha.
Um odor acre arde nas narinas e me desafia a ficar um pouco mais
a entregar um pouco mais
a entreter um pouco menos.
Ouço a minha própria voz e me assusto
sinto que meus olhos clareiam pouco a pouco...
e enxergo além dessa parede manchada pelos meus sentidos.

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