Passei pelas crônicas ácidas de David Sedaris, radialista e comediante estilo stand up comedy nos Estados Unidos.
São textos rápidos e de pouca consistência. O grande lance é a ridicularização de sí e da própria família, dando a impressão de que são todos meio desajustados. Mas... quem não é?
O uso de drogas na adolescência, o homossexualismo, a morte da mãe, preconceito contra estrangeiros, tudo vira piada. Situações constrangedoras são descritas impiedosamente - como quando foi confundido com um "sacana batedor de carteira" no metrô de Paris.
A primeira parte do livro trata de fatos de infância e adolescência nos Estados Unidos. A convivência com o pai que queria que os filhos fossem músicos, a mãe escandalosa e mais cinco irmãos. Daqui sairam as crônicas mais divertidas... como quando ele vai aprender a tocar guitarra e queria batizar o instrumento de "Oliver" assustando o professor (que era anão). Ou quando ele resolve virar artista e se matricula em uma escola de desenho só para ver os modelos pelados.
A segunda parte o autor dedicou ao período em que viveu na França com o namorado. Mais chatinho e com alguns erros crassos de revisão. É nessa segunda parte que está a crônica que dá nome ao livro, a respeito da sua dificuldade em aprender o francês.
Um livro dispensável.
Eu falar bonito um dia
David Sedaris
Companhia das Letras
245 páginas
Nota: 4/ 10
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