domingo, 18 de março de 2012

Incomodada ficava a sua avó

Ontem fui no cine com a Gaby Colombo, uma das responsáveis por este projeto aqui ó.

E nós que somos lindas e intensas queríamos ver um filme do jeito que gosto do meu café:  forte. E a primeira opção foi o ganhador do oscar, A separação. Iraniano. Fazia tanto tempo que não via um filme iraniano... que alegria!!!


Quer dizer, que nervo. Sabe como são filmes iranianos, né? Não? Faço um resumo pra você: uma procissão de questionamentos éticos e religiosos sem fim.

A mulher quer ir morar nos estrangeiros pra ter um pouco mais de liberdade na educação da filha adolescente. O marido não quer ir porque o pai num estágio avançado de Alzheimer. Ela pede o divórcio por causa disso... e o juíz manda ela ir lavar um tanque de roupa que isso não é motivo pra se separar.

A partir daí se encadeiam acontecimentos que culminam com a separação real do casal.

Olha, eu fui crente que iria assistir um filme sobre relacionamento, e vou te contar que a crise do casal é o que menos importa na estória. O incômodo todo é causado pelas relações entre o homem que não quer se separar e a mulher grávida e devota contratada para cuidar da casa e do pai com Alzheimer. É daqui que vêm as questões ético e religiosas que ficam assombrando a gente o filme inteiro.

E gente, que dó de todo mundo. Quando você pensa que a coisa tá feia acontece alguma coisa que piora tudo. É o tipo de filme que me faz sentir o ser mais abençoado do planeta, sabe? Meus problemas não existem perto disso - e acredito fortemente que as situações alí mostradas não são tão distantes da realidade, não.

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