Daí a Claire entrou em parafuso, sabe?
Porque ela tem que ser perfeita! Mulher perfeita, profissional perfeita, mãe perfeita. Acordar linda, preparar comidas orgânicas, entregar os projetos dentro do prazo, corresponder às expectativas da família e da sociedade.
Iniciada nos mistérios da maternidade há pouco tempo, nossa intrépida heroína resolve se entregar ao yoga em busca de um corpo mais forte e "daquele brilho místico do olhar dos yogues". Hum...
Mas o que ela não contava era que o yoga acabaria ajudando-a a confrontar suas escolhas na vida - principalmente essa necessidade absurda de ser da forma que as pessoas esperam que ela seja.
O livro é autobiográfico e vai costurando cenas da vida atual com suas lembranças de infância, justificando suas escolhas e encanações. E tome encanações! Resultado de uma das primeiras gerações de pais separados, o lema de sua vida é fazer de tudo para ter uma família feliz. Nem que pra isso ela não seja tão feliz assim...
E quando ela se vê imóvel em algumas posturas, bem, ela tem que enfrentar o corpo e a mente na permanência, numa jornada de descoberta pessoal. E nisso a autora vai mostrando a filosofia do yoga de forma descomplicada, clara, simples.
E as coisas começam a fazer sentido. E se não fizer sentido... qual o problema?
Fazendo pose
Claire Diderer
Ed. Sextante
333 páginas
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