Devagar colocou-se ao meu lado. Uma presença serena e tranquila e a certeza de que os dias terão sentido.
Ameaçou tolher a selvageria dos meus cabelos. Arrependeu-se. E assim imprimiu o contorno do seu corpo em minha casa. Trouxe mimos que faziam explodir contentamento em meus lábios, e o encanto de seus olhos enterneceram meu coração. Beijou-me sofregamente, registrando em minha cintura sua fome e sua sede. Quer megulhar, mas tem medo. Quer respostas para perguntas que não fazem sentido. Quer entender do passado e do futuro, quando só posso oferecer o presente.
Mas em suas dúvidas, ele me compraz. Quando hesita (seus olhos marejados) minhas mãos procuram seu rosto e meu vazio transborda sonhos infinitos. E ao mostrar o que vai na alma, eu que sou toda vento, só posso descansar a cabeça em seus ombros e ser remanso sobre o Chão.
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