segunda-feira, 1 de março de 2010

Para Eli

Na janela o presente passa
o passado, roído, traça
meu coração, zumbido, marca
a cadência do trem na estação.

A angústia em minha garganta
agarra a carne, arranha
suspiro entre dentes, olhares furtivos
a vida segue sobre os dormentes.

A visão baça, a dor aguda
a voz acorda, tudo muda.
Abandono o corpo na estação
minha alma, nessas letras, no vagão.

4 comentários:

  1. Lindo isso. está a lapidar bem sua alma srta. a materializar belas noções do que há em ti.

    muito lindo

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  2. reli. impressionante. quadro belíssimo no lar sem paredes da sua alma amiga Dani

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  3. Salve Dani

    Lindo,

    E eu estou
    naufragado.

    beijos no seu heart

    Ale

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  4. Muito lindo!! Bjs, Gaby

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