Corta o pensamento como o fio da navalha... essa dor aguda, fina, impessoal. Aquela fenda que surge, a carne aberta arde em fogo, o sangue vermelho brilhante jorra.
Traz à realidade como o choque provocado pelo contato frio do metal, a lâmina que reflete a primeira e única lágrima derramada.
Toma do corpo como um assassino que vislumbra em sua vítima a possibilidade da vida e da morte.
Entrega o corpo com a doçura dos inocentes, com a alegria mórbida dos encantados pela serpente.
Toma o meu corpo com a responsabilidade dos culpados.
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