E hoje mais do que nunca convivemos com o estranho, o improvável, como se fosse natural.
Ser normal é reclamar do calor que sobe do asfalto e faz o vento derrubar folhas, derrubar sonhos. É explicitamente natural ver o rio enchendo e levar metade de nossas vidas.
Aceitável ser roubado diariamente, descaradamente, dar de ombros e dizer que não se pode fazer nada, a vida é assim, sempre foi assim.
Natural puxar tapetes, pegar o que não é preciso, desperdício.
E vamos vivendo num mundo falso que se esgota minuto a minuto, gozando a felicidade de não se estar aqui quando tudo mais se explodir.
Essa é a morte de Gregor Samsa. O inexplicável que tomamos por normal.
C´est la vie.
Nenhum comentário:
Postar um comentário