terça-feira, 29 de setembro de 2009

Azedo

Som, som! Duff - "Mercy"
http://www.youtube.com/watch?v=KE2orthS3TQ

Hoje dei por falta do tempo da semana passada... se eu tivesse mais uma semana eu teria lido o livro do Julian Barnes completamente. E teria me deparado com o conto "O reviver" antes de finalizar o trabalho de pós graduação que foi entregue sábado passado. Certamente teria trabalhado com ele... que se analisa por si só!
Absorva esse parágrafo: "(...) Nossa era bem informada rejeita a que a precedeu por seus lugares-comuns e evasivas, suas centelhas, suas chamas, seus ardores imprecisos. O amor não é uma fogueira, pelo amor de Deus, é um pau duro e uma vagina molhada, rosnamos diante dessas pessoas que desfalecem e renunciam. (...) Quando foi a ultima vez que você teve as suas mãos beijadas? E se teve, como soube que ele era bom nisso? (Indo mais longe, quando foi que alguem escreveu sobre beijar suas mãos?)"
O velhinho sofre e se debate com seu próprio tempo! O tempo em que ele era escritor e tudo era comedido e insinuado, e o tempo atual prático e despachado ao que ele deve adequar a sua obra.
E o melhor de tudo, ele traz à nossa consciência que devemos "nos preparar para as zombarias de um século posterior" (p. 119). Talvez o amor romântico volte à moda... até ombreira volta à moda, por que não?
Em "As coisas de que sabemos" participamos de um café da manhã de duas velhinhas viúvas e fooooooofas. Merril acha que o marido de Janice era gay, Janice acredita que o marido de Merril era um garanhão descontrolado. E agora elas se suportam porque uma acha que tem que cuidar da outra, veja só a situação.
Elas direcionam suas vidas por conta de seus pensamentos, que para elas é a realidade.
Todos os contos falam sobre as reações diversas diante da finitude da vida.
Fiquei fã.
"Um toque de limão", Julian Barnes, Ed. Rocco.

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