Estava eu saracoteando num grande shopping de São Paulo. Precisava comprar coisinhas de chá de bebê e chá de cozinha - aparentemente todo mundo resolveu casar e ter filhos.
E eu pensando em arrumar um emprego. Timing, gente. Cada um tem um - e o meu é retardado.
Pois é, estava lá, lá lá lá, e então descubro que uma das minhas docerias preferidas foi substituida por uma casa de brownies. Casa de brownies, gente! Brownie clássico. Brownie com damasco. Com amêndoas. Com mix de castanhas. Com chocolate amargo. Com chocolate branco. Com frutas vermelhas. Basicamente, chocolate, açucar, e o que você quiser.
Beleza, vamos provar. Com café sem açucar, porque açucar engorda.
Pois estou eu acomodada numa mesa, suspirando entre garfadas, e do meu lado uma família: papai, mamãe e um casal de filhos, pequenos, lindos. Uns quatro anos, acho. Pulando pra cá e pra lá, cheios de energia. E eu de olho, porque, né, a vida alheia é bem mais interessante.
Daí os dois correram pra dentro da loja. Eu de olho - e os pais neeeeem aí. Eles escolhendo os doces. Eu de olho - e os pais neeeeeeeem aí. Os atendentes meio sem saber o que fazer até que o pai, dis costas, vira o rosto e diz "pode dar o que eles quiserem".
O pai disse "pode dar o que eles quiserem" - sendo eles duas crianças de uns 4 anos numa loja de doces no shopping.
Meu primeiro pensamento foi "nuossa, meu pai NUNCA fez isso comigo."
Segundo pensamento "ainda bem."
E finalmente, o terceiro pensamento "cada um, cada um. Quem sou eu pra julgar."
Com certeza! Limite é uma fronteira interessante, porque permite que a gente possa viver em sociedade e sem aquela noção egoísta que podemos tudo o que quisermos.
ResponderExcluirImagina... ninguém pode tudo que quiser nesta vida. e é bom que a criança saiba isso desde cedo, para quando crescer não passar por cima de todo mundo para conseguir o que quer!
Beijos