terça-feira, 28 de agosto de 2012

Por isso que não jogo tênis

Esse é daqueles que eu já tinha lido, sabia que era batuta, mas não lembrava de necas... daí eu lí e vi já tinha lido mesmo, nem é tão batuta assim e eu lembrava de quase tudo.

Hum, hello Alzheimer.

Daí é mais ou menos assim: um príncipe das Arábias prestes a enfrentar uma revolução consegue contrabandear para fora do país um montante considerável de pedras preciosas muquiado numa raquete de tênis.

Sabe o que é muquiado?

Pois então, pedrinhas desejadas muquiadas no cabo da raquete da sobrinha do seu piloto. A menina volta pra Inglaterra sem saber que está de posse de alguns milhares de milhões de dinheiros. E vai pra escola levando sua raquete... que agora tá bichada com o peso extra.

O que ela faz? Troca de raquete com uma amiga.

É óbvio que alguem viu a raquete sendo remexida, liga os pontos e tenta se apoderar da raquete. E aqui as coisas ficam sanguinolentas... morre um... morre outro... e mais outro! Mas o povo é meio leso e é só lá no finalzim que alguem lembra do super Poirot.

Que é um gênio em forma de belga e resolve tudo em três páginas. Pra que mais, não é mesmo?

Moral da estória: da próxima vez que inventar de muquiar pedras preciosas na raquete de alguem, feche a janela antes.

Um gato entre os pombos
Agatha Christie
Ed Nova Fronteira
251 páginas

domingo, 26 de agosto de 2012

Cry, baby

Derramando-se entre meus lábios o gosto da penumbra

tenta matar a sede e despir o desejo dessa ansia que me persegue

sempre que o seu perfume instiga a minha cintura.

Entre sombras e lençóis vou perdendo e encontrando a fúria

a loucura e o calor da sua pele revelada inteira

deslizando suave na palma da minha mão.

A sua entrega me liberta e o seu sorriso provoca o meu

E é tenso, forte, suave e doce

Especial, único e lindo.


terça-feira, 21 de agosto de 2012

domingo, 19 de agosto de 2012

Um livro duro, duro, duro.

Me enrosquei na personagem, Eva, mulher que levou o termo "independente" ao máximo grau, cidadã do mundo todo, não querendo pertencer a lugar algum... e mesmo assim, tãaaaaao americana. Um tanto quanto vazia, insolente, boba até.

Talvez por isso queira enraizar uma família e decide ter um filho. Ainda por isso, quando o primeiro filho demonstra-se inadequado ao seu conceito de "filho", decide - contra a vontade paterna, ter mais um. Uma menina, agora. Delicada demais, singela demais, vítima perfeita.

Anos criando um pequeno monstro e sendo confrontada pelo pai que não quer enxergar. Até o massacre final, a revelação do óbvio.

Precisamos falar sobre o Kevin é surpreendente, mesmo a gente já sabendo como tudo vai acabar. Pretende-se entender os sentimentos de uma mãe que se considera imperfeita, e vai além: tenta-se dar um propósito ao ato kamikase de seu filho. Que não é louco, nem desequilibrado, mas sim extremamente inteligente, e desafiador.

A autora foi muito feliz ao contar o drama do embate entre mãe e filho através de confissões, cartas endereçadas ao tonto do pai. Nas cartas Eva vai retratando o filho como ele é, e sua forma de testar os limites do permitido com requintes de crueldade, que vão se tornando cada vez mais perigosos e sinistros com o passar dos seus anos. Kevin pode até atinge o alvo, mas não quebra a frieza materna.

Através dessas cartas sabemos de toda a conivência do pai, que veste a camisa do paizão e segue num teatro ainda mais bobo que na solidão de sua vida anterior. Cada golpe de Kevin é amortecido e torcido, e o menino segue sem rédeas, cheio de raiva e numa angústia muda.

Depois de tudo, fui absolvida pela própria Eva, tão imperfeita, dura, e perfeitamente mãe.



Precisamos falar sobre o Kevin
Lionel Shriver
Ed. Intrínseca
463 páginas

domingo, 12 de agosto de 2012

Homem morcego

Muita gente torceu o nariz. Mas eu gostei.

Adorei aquele monte de destruições catastróficas, achei o máximo aquele "vô num vô" xexelento do personagem principal, amei a belíssima bolota radioadiva, também conhecida como bomba atômica.

Curtí especialmente a obviedade do vilão.

E ó, nem vou reclamar do fato do Bane ter quebrado a coluna do Batman e ele ter chacoalhado o esqueleto e voltado ao normal (e se você é ou foi viciado em quadrinhos como esta que vos escreve, sabe que isso nãaaao é um spoiler. É um fato. Bane deixou o fofo tetraplégico, get over it.) Também não vou dizer nooooossa-que-chato-mais-um-filme-Deus-é-americano. 

Tá bom, já disse.

Mas acredite, nem liguei mesmo. Fui pra me divertir, e me diverti de verdade. É uma estória muito bem contada e ponto.

Pois nem se preocupe de ser o último filme da trilogia, que tô achando que logo logo vem uma "segunda" trilogia por aê. Fazer o que né... aparentemente todas as estórias já foram contadas em Hollywood... o negócio é ficar se repetindo ad eternum.

Enfim, enquanto estiverem ME divertindo, nem te ligo.

Morcegoman, RISE!