segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Bolhas

Uma festa em que a homenageada morre, não é um evento bem animado? Eu achei.

O fofo vai e arma um jantar íntimo para comemorar o aniversário da esposa e depois do brinde a boneca fica roxa e cai durinha sobre a mesa... mais tarde descobrem um papel com traços de cianureto na bolsa dela, e na falta de evidências decidem que foi suicídio devido a uma depressão pós gripe.

Aparentemente os ingleses se matam depois da gripe.

Daí o viúvo é um parvo. Amava loucamente a esposa, que era linda, estúpida e gostava de variar as refeições - se é que vocês me entendem. E alguém manda uma cartinha pro tonto dizendo que a esposa havia sido assassinada. Tcharaaaaam!

E o imbecil tem a ideia brilhante de reproduzir a noite do crime. Não é um gênio? Chama os mesmos convidados que estiveram presentes na primeira ocasião, planejando uma armadilha para descobrir o provável assassino. O que vocês, incaulto leitores, acham que acontece?

Ele faz um brinde, fica roxo e cai durinho sobre a mesa. E nem tava gripado.

O grande mistério é que todo mundo tinha motivos pra matar nas duas ocasiões... dois ex-amantes (um deles com um passado escuso), uma esposa mega ciumenta, uma irmã pobretona que herdaria toda a fortuna deixada, uma secretária devotada pelo patrão. Quem teria a coragem de envenenar duas pessoas assim, da mesma maneira?

Quem? Queeeeeeeeeem?

Vou dar uma dicasinha pra vocês: dona Agatha não cria personagens à toa. Ou seja, presta atenção naqueles em que você não irá prestar atenção!

Um brinde de cianureto
Agatha Christie
Ed. Nova Fronteira
202 páginas
Nota: 7/ 10

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