domingo, 13 de novembro de 2011

Ruminantes

Eu sou um ser que abusa do direito de ir e vir. Venho e vou o dia inteiro. A pé, geralmente - andar é um excelente exercício!

Mas não era isso que eu queria dizer, péra.

Ah não, era sim. Queria dizer que estava eu andando pela avenida Ibirapuera (aquela mesma do dia da roupa ridícula), andando muito, sob um sol deveras caliente, tipo, fritando ovo na testa. Desidratando a cada passo. Considerando mudar para o Pólo Sul. Invejando os mortais sob um teto. As velhinhas sob um guarda sol. Os ricos e famosos em seus caixotes condicionados. Tá, essa parte é mentira. Odeio ar condicionado com todas as minhas forças.

Mas o que eu vejo?


Uma mulher de biquini! E não é miragem, não. Uma mulher de rua trajando um biquini cortininha e chinelo havaianas. Outfit esquisito pra São Paulo e perfeito para o clima.

E eu, que além de andarilha sou pensadora sem noção, me pego na seguinte elocubração:

A mulher não tem absolutamente nada. E neste minuto as pessoas olham pra ela querendo estar como ela está. Ou seja, neste momento, neste espaço, ela tem tudo.

2 comentários:

  1. Muito bom, Dani.
    Cérebro é igual paparazi: nos pega desprevenidos quando menos esperamos.
    Dê uma passada neste site
    http://retalhosdoquesou.blogspot.com/
    que tu vai gostar, já que tens alma de poeta.
    Ainda que engraçadinha.
    Ha, Ha, Ha, Ha, Ha!
    Eu disse que a vingança era minha...
    Abraço e bom feriado.

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