Ela está parada em frente à janela, seus olhos acompanhando os movimentos da gota. Olha e não vê.
De repente um braço é erguido, suavemente tocando o vidro.Gelado.
De alguma forma ela sabe que deve abrir a janela, e o faz. Seu peito sobe enquanto inspira forte o vento, e o segura em seus pulmões. Abre os braços, os cabelos se agitam loucos, livres, mentirosos. Fecha os olhos e se deixa levar pela loucura... liberdade... mentira, mentira, mentira.
Agora é apenas vento, lambendo seus ombros, cabelos, pescoço, a ponta dos dedos. É apenas chuva explodindo no peito, inundando o umbigo, colando a roupa no ventre.
Ela sorrí, abre a boca e as gotas geladas estão em sua língua, num novo beijo.Ela sorrí.
Lentamente fecha a janela e abre os olhos. Está olhando para seus pés enquanto uma gota insiste em fazer cócegas em suas pálpebras, lutando para se desvencilhar de seus cílios e deslizar por sua face. Ela se assusta, lentamente se despe do sonho e volta à realidade ao perceber que a gota é quente.
Muito bom! Adorei!
ResponderExcluirPorque nao tivemos aula na quarta passada?
Nos vemos esta semana com a contista chilena!
Na terça temos o encontro do Vargas Llosa no clube de leitura! Nao quer vir com a gente?
Bjs, Gabriela
Q bom q gostou!!!! Gosto muito desse texto!
ResponderExcluirEntão, sobre a aula, 4a passada a professora tinha uma palestra... mas nessa 4a estaremos lá certeeeeeeeza!
Alphaville é muito longe pra mim... mas vou aguardar ansiosamente os comentários no seu blog!
Beijão e té 4a!